XIV - Fluência

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Pov Sirius

- Eu... eu não sei. Eu não sei por que eu sou assim com você. Eu sempre fui assim, desde que eu te conheci. Eu não consigo controlar o que eu sinto quando você está perto de mim.

- Entendi agora. - Diz ela em resposta, se virando para a janela, olhando para fora.

- O que você entendeu? - Pergunto com a voz suave.

Não quero ler em sua mente, quero ouvi-la me dizer.

- Não importa.

Teimosa!

- Por que você está agindo assim comigo? Por que você sempre tem que ser tão difícil? - Coloco uma mão no pequeno e delicado ombro dela, para que Ruby olhe para mim.

- Porque eu te odeio!

Fico em silêncio por um momento, sentindo a dor em suas palavras. Eu sei que ela me odeia, mas dói saber disso.

- Eu sei que você me odeia. E eu mereço. Eu te machuquei muito, e não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

Ruby fica em silêncio, olhando para a janela, outra vez. Eu também fico em silêncio, a observando de perto, apreciando alguns segundos de paz. Quero dizer algo e busco em minha mente as palavras corretas. Ruby olha para mim, se aproximando. Ela olha em meu rosto e então toca meus lábios com o polegar.

Quando sinto o toque, fecho os olhos, deixando meu rosto um pouco mais perto do dela. Coloco então, uma mão na cintura de Ruby, a puxando para perto de mim.

- O que está fazendo? - Ela não me responde, apenas acaricia meus lábios, rosto e cabelo. Me permito aproveitar do toque, sentindo certa paz e conforto, como se ela fosse minha casa, meu lar. - Por que está fazendo isso?

Abro lentamente os olhos e a percebo encarando meus lábios. Suas mãos passeiam por meu peitoral, o que me deixa ofegante.

- O que você quer, Little Girl? Sabemos o que eu quero, mas me diga o que você quer!

- Não é o que eu quero - Ruby diz, de forma suave, se aproximando do meu pescoço - mas sim o que eu vou fazer.

- Então o que você vai fazer? Você não vai me dizer, não é? Você me deixa aqui à mercê das suas ações.

Ruby da um sorriso maquiavélico.

- Quem está submisso agora? - Então ela beija meu pescoço.

Suspiro ao sentir seus lábios em minha pele. Como eu queria senti-los ao redor do meu...

- Eu não sou submisso! - Digo, tentando fugir da minha imaginação. Preciso resistir. - Você só está tentando me irritar.

- Está submisso sim, Sirius. - Diz ela, soltando um leve gemido, beijando meu pescoço outra vez. Porra! Vou enlouquecer!

- Não vou deixar você me vencer.

Ela acaricia meus lábios novamente, deixando minha respiração extremamente difícil. A outra mão dela, desce por meu corpo, alcançando meu membro que ela acaricia levemente, subindo ao meu peitoral outra vez. Sinto meu corpo se arrepiar.

- Você está me provocando. - Falo rouco.

- Diga o que você quer.

- Eu... eu quero você. Eu quero você aqui, comigo. Eu quero você perto de mim, sempre. Mas eu não sei como pedir isso.

- Peça e eu te dou o que quer. Eu sei que quer que eu te beije, mas não vou, ate que me peça.

Fecho os olhos, sentindo a frustração aumentar com suas palavras. Estou quase implorando, mas não quero parecer desesperado. Respiro fundo e abro os olhos, olhando para Ruby, com uma expressão desesperada.

A Escuridão Que Me Atormenta Onde histórias criam vida. Descubra agora