Cookies'n'Cream - The Heavy Bakery Kengan Fanfic Series 2

17 - Vortex

– Por favor...

– Não.

– Qual é, cara, por favor!

– Eu já falei que não, caralho!

– Mas que merda, velho! – Lihito vocifera, jogando os braços para cima em frustração, fazendo alguns pombos que ciscavam na calçada levantarem voo no susto – Quando é pra ajudar Okubo vocês se viram do avesso, mas quando chega a minha vez, vocês dão o dedo do meio e saem cagando!

– E como diabos a gente vai te ajudar se você se recusa a dar o primeiro passo, seu idiota? – Himuro rebate com impaciência, rapidamente afastando seu celular das garras de Lihito, que esticara as mãos na tentativa de agarrá-lo a força – Sabe o que tem que fazer, se quer tanto assim o contato dessa garota.

– Não! Nem ferrando que eu vou criar um Instagram só pra conseguir o contato de uma mina – Lihito torce o rosto inteiro numa expressão enojada. Kaneda suspira pesadamente.

– Qual é o seu problema com o Insta, exatamente? É só uma rede social...

– Uma rede social de baitola onde você só encontra fotos de comida, de gatinhos e frases motivacionais pra adolescentes emocionados. Eu tenho respeito demais pela minha hombridade pra me sujeitar a isso – Lihito revira os olhos, e isso provoca um coro de grunhidos.

– Você fala isso, mas tá aí, me infernizando pra usar o meu Insta pra caçar o perfil dessa garota – Himuro guarda o celular no bolso da camisa – E por que tem que ser justo o meu, afinal?

– E você ainda pergunta? Não tá lembrado de como teve umas cinco ou seis minas pedindo pelo seu perfil depois de a Uta-san ter postado aquela foto? Essa sua cara de zé bonitinho entojado é um ímã de gostosa, por mais que eu odeie admitir.

– Você quer praticar catfishing usando a minha lata? Pode esquecer! E se insistir vai tomar porrada – Himuro ameaça, ao que Lihito coloca os braços na frente do rosto em uma posição defensiva, rangendo os dentes.

– Porra, eu não acabei de falar pra vocês que eu sai de uma partida Kengan? Eu ganhei, mas a troco de levar umas bordoadas que me deixaram dolorido, então não tô podendo sair no braço com nenhum de vocês agora!

– Frescura do caralho, maluco. Se não queria tomar um sacode, então que não desse nos nervos de todo mundo tão cedo – Okubo, que andava mais atrás, brinca. Lihito dá o dedo do meio para ele, ignorando os olhares desaprovadores dos transeuntes que passavam por eles na calçada.

– Cala a boca que você é outro amigo da onça! O que te custaria pedir para a Uta-san me dar uma colher de chá e ceder o número da amiga dela?

– Me custaria o que eu venho ralando pra manter durante todas essas semanas, seu obcecado! Tá achando que eu tô em posição de pedir algo assim a ela?

– Mais do que qualquer um de nós, ô! Vocês saíram outras vezes desde aquele segundo encontro, já dá pra ter uma intimidade se estabelecendo – O loiro dá de ombros enquanto os quatro param diante do sinal vermelho para pedestres – Sinceramente? Tu só não comeu ela ainda porque é trouxa mesmo. Se já tivesse comido, podia pedir qualquer coisa que ela diria sim.

– Vai se ferrar, velho – Okubo resmunga enquanto Himuro revira os olhos e Kaneda coça os cabelos com cansaço – Tá achando que meu pau faz milagre, é? E de qualquer jeito Tomori-chan é bem protetora com essa amiga dela, pelo que eu entendi. Eu respeito isso. Só faz o que Himuro e Kaneda disseram e cria logo a porra de um perfil.

– É só isso que você tem pra me dizer? Tu é um ingrato do cacete, maluco...

– Caralho, Lihito, o que tu quer que eu faça, hein? – Okubo abre os braços em frustração, quase acertando o nariz de Kaneda, que precisou se esquivar com uma expressão irritada – Que eu vista a minha melhor cara de pau e peça o número da amiga dela pra você na lata? E se ela se irritar, como fica o meu lance com ela? Vai querer estragar algo que você mesmo ajudou a construir?