30 - Coração Frágil

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– Aí pô, ele disse... e eu não tô brincando... "se comportem". "Se comportem", caralho! – Okubo abre os braços, indignado – Como se aquilo fosse a porra de um convento e ele fosse a madre superiora! É de cair o cu da bunda ou não é?

As risadas dos quatro ecoaram no apartamento de Kaneda, quando Okubo contou a história que aconteceu no apartamento de Tomori. Lihito já não se aguentava e segurava a barriga, grasnando, enquanto Himuro esmurrava o sofá, com lágrimas nos olhos.

– Ai... aaai, caralho, eu tô passando mal... – Lihito geme entre risadas – Eu já ouvi falar de umas empatadas de foda cabulosas, mas isso aí é ridículo, velho! O irmão dela? Tá falando sério?!

– Parece até que foi premeditado – Himuro comenta, enxugando as lágrimas com as costas da mão direita – Ele percebe quando a irmã dele tá recebendo um trato ou coisa assim? Tipo sentido aranha?

– Naah, ele que é um bicudo do cacete mesmo. Tomori falou que ele aparece sem avisar na casa dela de vez em quando – Okubo bufa – A gente só não 'tava esperando que fosse bem na hora H!

– Bem, ainda bem que isso aconteceu com a porta já muito bem fechada, do contrário essa teria sido a apresentação de cunhados mais constrangedora do mundo – Kaneda ri baixo, servindo saquê nos copos de todos os quatro. Okubo faz uma careta.

– Nem me fale, ainda bem que Tomori me deu um toque e eu corri pro andar de cima pra esperar pelo sinal dela. Mais um pouco e ele teria me perguntado se eu 'tava me mudando para lá.

– Ué, por quê?

– Porque eu já 'tava com o malão pronto pra descarregar.

Eles estouram em gargalhadas de novo, o que só se intensifica quando Lihito chega a cair do sofá. Depois de finalmente se acalmarem, Lihito se senta no chão e limpa o rosto.

– Então quer dizer que agora vocês tão namorando e já tá de encontro marcado com os pais dela? – Himuro quem diz – Caramba, isso escalou bem rápido.

– Né! Tipo, eu não tenho muita experiência nesse departamento aí, mas não tem todo um processo? – Lihito completa, ao que Kaneda deixa escapar outra risada.

– Eu tô é achando que, depois de todo esse tempo, os dois já estão meio cansados de tantos processos, hahaha!

– Mais um processo e esse cara acaba na cadeia – Himuro solta e Lihito bate na mão dele em um high five, ambos estourando em risadas novamente.

– Pior que eu nem posso discordar com essa – Okubo ri um pouco, sem graça – Mas é, galera, eu sinceramente não me importo. Eu gosto dela a esse ponto, mas que eu tou achando meio rápido, tou. Eu queria curtir isso um pouco mais também... mas o bicudo apareceu e é essa a música que tá tocando. Tem de dançar de acordo, né.

– É, quando a vida te dá limões... – Kaneda assente – Ao menos você está com a vantagem aí. Se os pais dela são tão fanáticos por artes marciais quanto ela, vão te receber com a maior empolgação do mundo.

– Mano, isso seria meio constrangedor também.

– É, mas a filha tem que ter puxado a maluquice de algum lugar, né? Haha!

– Justo – Lihito ri também – Tu só tem que tomar cuidado pra não falar alguma merda, velho, aí tu sai no lucro. Mas puta merda, eu teria ficado putasso pela interrupção...

– Ah mas eu fiquei. – Okubo sorri malicioso – Tanto que eu fiquei toda hora xingando e zoando ele nos pensamentos. Tomori até entrou na brincadeira também, principalmente quando eu disse que amo qualquer coisa que ela faz pra mim, tanto que quero retribuir de acordo.

Cookies'n'Cream - The Heavy Bakery Kengan Fanfic Series 2Onde histórias criam vida. Descubra agora