– Ei, Okubo...
– Cala a boca, Lihito.
– Porra, eu só quero te fazer uma pergunta!
– Eu não tô respondendo suas perguntas hoje!
– Quando você vestiu aquela fantasia de palhaço-
– Kuidaore Taro!
– Você se manteve no personagem e armou a lona ao invés da barraca?
– Maluco, eu juro que vou te atirar da sacada! – Okubo dá um murro no balcão da cozinha, fazendo os petiscos na bandeja que Lihito, Himuro e ele montavam saltarem feito pipoca na panela – Eu já falei que não é nada disso que vocês 'tão pensando!
– Você tá na defensiva demais pra gente conseguir acreditar – O loiro sorri debochado enquanto Himuro ria de se acabar, apoiando os braços no balcão de mármore e escondendo o rosto neles.
– Pois é! Tipo, o que a gente ia pensar se visse um cara vestido de palhaço, na companhia de namorada que não é namorada, de chamego no meio da sala?
– A gente não 'tava de chamego! ... Pelo menos não naquela hora. Argh, parem de rir! – Ele rosna quando os dois estouram de novo – Eu só vesti a fantasia pra ela se sentir menos ridícula com aquela camisa! Eu não tenho culpa se vocês são uns bicudos que aparecem sem ser convidados, na hora mais inconveniente possível.
– A gente já pediu desculpas. Não sabíamos que a Uta-san ia passar a noite aqui contigo – Kaneda, que estava terminando de preparar a pasta de wasabi caseiro, se justifica – A gente só achou que você ia ficar feliz de rever o Kanoh, já que ia fazer um ano que ele não aparecia aqui em Tóquio...
Kanoh levanta a cabeça ao ser mencionado, sentado no sofá – sim, eu quis rever o Mestre Katahara e os outros. Também fui ver o Kazuo e olhar a minha licença, aí encontrei o Lihito lá. É bom te rever, Okubo. E eu não sabia que tinha um par agora... eh, como se diz? Parabéns.
– Ahh... eu, ah, obrigado – Okubo cora, coçando a nuca – não faz muito tempo, então não perdeu muita coisa.
– É, foi uma aquisição bem recente, né? – Lihito dá um tapa estalado nas costas do careca – Nosso cabeça de ovo ainda tá todo deslumbrado com o fato...
– Lihito, acho que já está bom de seção de tortura por hoje, né? – Kaneda coloca a pasta na bandeja enquanto Himuro só ria, abrindo uma lata de refrigerante – Vamos ser respeitosos porque a Uta-san já ficou constrangida o bastante.
– É, ela não saiu do quarto até agora – Himuro se inclina para espiar o corredor mais adiante – A gente não afugentou ela de vez, né? A luta do Sekibayashi vai começar em uns quinze minutos...
– Eu não ficaria surpreso se ela corresse – Agito sorri – mas ela é amiga de vocês, não é? Então provavelmente tá tranquilo – ele olha para a tevê e a estante – o que é aquilo ali?
– O quê? – Okubo olha para onde o amigo apontava – Ahhh, mano, são óculos de realidade virtual.
– Realidade Virtual...? – o grandalhão pisca, confuso – Como é a realidade se é virtual?
– Ah, é tipo... é uma categoria de jogo em que você parece que tá dentro do jogo, sabe? Parece até que você é o personagem em primeira pessoa, só que ainda mais real. Se quiser a gente bota pra jogar.
– Okay, estou curioso para ver isso – ele sorri, interessado.
– Sim, a gente pode jogar depois da luta! Você vai curtir demais, cara, matar zumbis em primeira pessoa é simplesmente épico! – Lihito ergue um punho no ar. Kaneda e Himuro trocam olhares meio preocupados.
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Cookies'n'Cream - The Heavy Bakery Kengan Fanfic Series 2
RomanceObra feita em collab com @HeloZolla No universo de Kengan Ashura, Okubo Naoya sempre lamentou sua falta de sorte com o sexo oposto. Todo o prestígio que possuía como campeão de MMA e atleta consagrado no país parecia não ser o suficiente para class...