El Imitador - KTH × JHS

Um | El principio

Hey
Who are you?

Mi memoria ha conservado
lo que se ha llevado el viento
Y yo estoy estancado
en esos tiempos
Cuando tú me amabas y
con gran fulgor
sentía tus besos

Imitadora - Romeo santos

Jung Hoseok★

    
     Eu ainda conseguia me lembrar da primeira vez em que ouvir minha mãe me dizer que eu tinha um compromisso marcado com a família. Eu devia ter uns catorze anos de idade, e fiquei apavorado quando as palavras "casamento arranjado" saíram da boca da minha mãe. Como se o casamento já não fosse algo complicado o suficiente, o fato de que eu não teria escolha alguma com quem isso iria acontecer, era ainda mais assustador. Principalmente para um garotinho, que mesmo jovem já sabia muito bem do que não gostava.

    E bem, eu não sentia a mínima atração por garotas. Sempre as vi como via qualquer outra coisa que entrasse pelo em caminho, como nada além de um objeto, ou um impecilio, talvez até uma distração, se a garota fosse interessante o suficiente para me fazer querer ser amiga dela. Afinal, nunca fui muito bom em ter amizades, e sempre fui alertado pelos meus pais que qualquer um a minha volta poderia ser um ambicioso ignorante, que não pensaria em mim como um ser humano, e sim, uma carteira aberta cheia de notas de cem.

   Então, quando a frase "Uma garota de boa índole e caráter" saíram da boca do meu pai, eu tive a certeza absoluta de que aquilo não daria certo, e que eu teria que ser sincero. Talvez eu conseguisse empurrar aquele fardo para meu irmão, Jung Jimin. Que ao contrário de mim tem a facilidade absurda de ser amigável. Rodeado de pessoas legais e divertidas, assim como ele é, com todo mundo. E olha que nessa época ele tinha apenas doze anos..

   Porém esse meu plano não deu certo, já que para a minha surpresa meus pais foram super receptivos com o fato de eu ser gay. Na verdade, parecem ainda mais animados com esse fato. Talvez não existisse muitas garotas de família milionária, e de boa índole em Los Angeles. Ou talvez minha mãe se considerasse nova demais para ter netos. De qualquer forma, eu havia percebido que não tinha para onde fugir, e que aquela era a minha sina, e que eu não tinha direito algum, sequer havia escolha. Eu iria me casar.

    Aquela ideia me assombrou por toda adolescência, enquanto meus pais procuravam por um par perfeito para eles. Até porque era disso que se tratava, manter a riqueza da família, o glamour e o status. Afinal, como nossa família perderia a coroa se casasse com outra monarquia? Eu ainda tive sorte deles me permitirem escolher o gênero da pessoa com quem me casaria. Poderia ter sido bem pior. Mas na época eu apenas via aquilo como uma terrível e horrenda situação, a qual eu queria fugir a todo custo. Sempre tentando empurrar aquele fato para cima de Jimin. Me odiando eternamente por ter sido o primogênito.

   Porra, meu pai não poderiam ter gozado dentro mais vezes antes da minha concepção? Eu adoraria ser o irmão do meio! Seria sempre esquecido em algum canto da enorme mansão que chamamos de casa, e só seria lembrado nas reuniões de família, e nas viagem para a terra natal da minha mãe. Mas não, os filhos da puta dos meus pais tinham pensado em tudo. Desde os números de filhos, até os nomes dos futuros netos.

    E foi só com meus dezessete anos que eu conheci o meu pretendente. Meu futuro marido, que eu teria que compartilhar o resto da vida com: Kim Taehyung.