— Xeque-mate.Olho para o tabuleiro de xadrez, indignado.
— Não é possível!
Ann abre um sorriso largo, se vangloriando da sua vitória — mais uma vez.
— Eu já joguei partidas de xadrez com pessoas ruins antes, mas você, Wes, é uma desgraça — constata ela, em tom risonho.
Bufo.
— Você está trapaceando.
— Você é péssimo, cara. Só aceita.
Ouço uma risadinha atrás de mim, e vejo a Dra. Moore nos observando com um sorriso no rosto.
— Ah, você tá achando isso engraçado? — resmungo.
— Você perdeu cinco partidas seguidas, meu caro. Está ficando meio humilhante — brinca ela, com um sorriso discreto e uma expressão cansada.
— Ok, eu desisto — jogo minhas mãos para o alto, um sinal de rendição. — Está claro que não sirvo pra esse jogo.
— Vai amarelar? — Ann provoca.
— Um homem decente sabe a hora de parar.
— Podemos tentar cartas da próxima vez. Você não deve ser ruim em todos os jogos.
Estreito meus olhos para ela, e a pentelha sorri daquele jeito falsamente doce.
— Dra. Moore — ela se volta para Juliette com aquela expressão de súplica que eu conheço bem. — Será que eu posso passar um tempo lá fora?
Olho para a minha colega de trabalho, esperando a resposta. Vejo hesitação no rosto dela, mas sei que nem mesmo ela, tão rigorosa, pode negar um pedido desses. Ann melhorou bastante nas últimas semanas.
Ela suspira, resignada.
— Muito bem, então. Meia hora lá fora não vai fazer mal — seus olhos se voltam para mim. — Pode cuidar disso, Weston?
— Claro — respondo na mesma hora, e Ann me lança um sorriso cúmplice.
— E Weston? — A Dra. Moore me chama mais uma vez, com uma expressão mais dura em seu rosto. — Posso dar uma palavrinha com você lá fora?
— Claro — concordo.
Acompanho Juliette para fora do quarto.
— Algum problema? — pergunto.
Ela me lança aquele olhar que é capaz de perfurar uma alma.
— Weston, você é um dos enfermeiros mais dedicados do nosso hospital, e por isso gosto muito de você. Sua presença, carinho e atenção torna os dias dos nossos pacientes um pouco mais suportáveis, mas acho que você está indo um pouco longe demais.
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QUERIDO VIZINHO
RomantizmQuinn Hart não é o tipo de pessoa que perde o controle, mas isso não se aplica quando o seu vizinho de porta enigmático, Weston Wade, está na jogada. Eles nunca se encontraram pessoalmente, mas as "atividades" barulhentas de Weston, principalmente...