Quinn Hart não é o tipo de pessoa que perde o controle, mas isso não se aplica quando o seu vizinho de porta enigmático, Weston Wade, está na jogada.
Eles nunca se encontraram pessoalmente, mas as "atividades" barulhentas de Weston, principalmente...
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É oficial: eu ferrei com tudo.
Não era minha intenção beijá-la. Juro que não. Na verdade, eu estava mais do que decidido a enterrar esse desejo sombrio que sinto por Quinn, mas ela estava parada ali, parecendo tão frágil, e tudo em que eu pensava era descobrir qual sabor tem os seus lábios. Eis a resposta: é um sabor viciante, e agora não consigo parar de pensar naquele momento de despedida que me deixou com uma dolorosa e interminável ereção.
A forma como nossos corpos se encaixaram perfeitamente foi um assombro. Eu não me sentia tão excitado assim desde… na verdade, não lembro quando foi a última vez que desejei tanto assim transar com alguém. E quando ela passou aquelas pernas grossas ao redor dos meus quadris… estive a um fio de perder totalmente o controle, e comê-la bem ali, no corredor.
Que diabos eu tenho na cabeça? Eu não sou assim… mas Quinn… caramba, ela me faz perder todo o controle. É divertido desfrutar da companhia dela, temos uma conexão incrível, e sinto como se eu pudesse ser totalmente sincero com ela em relação aos meus sentimentos, apesar de não me sentir muito animado para fazer isso.
Mas não importa, não é mesmo? Eu ferrei com tudo, e é meio óbvio que agora ela está me evitando. Decidimos ser amigos, mas eu estraguei as coisas antes mesmo de poder usufruir desse novo status. Trocamos poucas mensagens ao longo da semana, todas as conversas iniciadas por mim, mas ela sempre arranjava uma desculpa para ir embora. Acho que quer se manter afastada, e mesmo que isso não me agrade, eu a entendo…
Aquele beijo foi… assustador. Não fico com ninguém desde a minha ex, e achei que estava estragado para qualquer outra mulher, mesmo de forma sexual, mas Quinn provou exatamente o contrário. Fico duro só de pensar nela, e não faço ideia de quantas vezes bati uma no chuveiro, tentando aliviar minha frustração. Não adiantou, pra ser sincero, e agora estou com um mau humor dos infernos.
Talvez seja melhor assim. Tá na cara que não posso ser amigo de uma mulher como aquela sem pensar em transar com ela. Quinn é incrível, e merece muito mais do que um cara quebrado.
Mas parece que o universo não está ao nosso favor, porque dou de cara com ela na sexta-feira, depois de voltar do trabalho em uma noite particularmente chuvosa. É um choque quando a vejo sentada ao lado da porta do seu apartamento como alguém abandonado, usando roupas de ginástica e com o rabo de cavalo ensopado.
— Oi — cumprimento, a uma porta de distância.
Ela sorri muito sem graça.
— Oi.
Silêncio.
Limpo a garganta e pergunto:
— Dia ruim?
Quinn suspira.
— Eu estava voltando da caminhada, não tive como escapar da chuva — ela faz uma pausa e depois me lança um olhar avaliativo. — Você não está molhado — seu tom é quase acusador.
