Enfermeiro particular, capítulo 13

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Victoria enche o meu copo com prosecco barato que compramos no supermercado antes de virmos para o seu apartamento, como se isso fosse me incentivar a soltar a língua e lhe informar todos os detalhes desde a minha primeira interação com Weston até...

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Victoria enche o meu copo com prosecco barato que compramos no supermercado antes de virmos para o seu apartamento, como se isso fosse me incentivar a soltar a língua e lhe informar todos os detalhes desde a minha primeira interação com Weston até agora. Mas não preciso da ajuda do álcool para abrir o bico; eu estava mesmo querendo conversar com alguém, pedir alguns conselhos, e nada melhor do que a pessoa que mais confio na cidade, a minha única e fiel amiga.

— Ok, deixa eu ver se entendi — diz ela, parecendo estupefata. — Você está saindo com o seu vizinho…

Bebo um longo gole de prosecco — que negócio horroroso! — antes de lançar um olhar enfadado para ela.

— Sim — afirmo.

— O mesmo vizinho que você estava reclamando comigo sobre todo aquele barulho…

— Não era ele que estava fazendo todo aquele estardalhaço — lembro-a. — Era o irmão dele.

— E ele, na verdade, era o cara do aplicativo com quem você tinha um encontro marcado — continua, me ignorando totalmente.

— Foi apenas uma coincidência.

— E mesmo ele sendo quem é, vocês decidiram continuar saindo pra ajudar uma garota que está com o pé na cova…

— Vicky, por favor, não fale desse jeito.

— Caramba, Quinn! — Ela arregala os olhos, entendendo a complexidade da coisa. — Tem noção do quanto isso é…

— Esquisito? — sugiro.

Bizarro — corrige ela.

Dou de ombros.

— Ele usou uma criança doente contra mim, Vicky, não pude dizer não.

Seus olhos se estreitam.

— Tem certeza que esse é o único motivo?

— E por qual outro motivo seria, então? — retruco.

— Ele é bonito?

Bonito é um eufemismo, porque o cara é espetacular. Tem um rosto marcante, que parece ter sido esculpido por anjos, e olhos intensos e gentis que são capazes de te deixar hipnotizada e te induzir a fazer coisas que seria inadmissível em juízo perfeito. E o que falar daquele corpo másculo, viril e atraente?

Weston não é bonito, Weston é sensacional, mas é claro que não digo isso pra ela, porque sei aonde a minha amiga quer chegar com esse papo.

— Dá pro gasto — digo, tentando soar desinteressada.

— Mentirosa! — ela grita, e quase derrubo o meu copo com o susto. — Ele deve ser uma delícia, dá pra ver no seu rosto!

— E daí? Isso não significa nada.

— Bom, se ele for um gatinho, não deve ser um sacrifício tão grande assim sair com ele. Se ele for um idiota, pelo menos você tem pro que olhar.

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