Quinn Hart não é o tipo de pessoa que perde o controle, mas isso não se aplica quando o seu vizinho de porta enigmático, Weston Wade, está na jogada.
Eles nunca se encontraram pessoalmente, mas as "atividades" barulhentas de Weston, principalmente...
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Por um momento sinto como se estivesse flutuando. Não existe nenhum sentimento além do vazio, e meus pensamentos parecem um eco distante que não faz o menor sentido. Então eu sou arrastada por uma sensação de desconforto que surge de repente, e meus olhos se abrem lentamente, encontrando uma luz ofuscante que me faz querer permanecer adormecida para sempre.
— Oh. Você acordou.
Tento abrir os olhos mais uma vez e viro a cabeça na direção da voz. Encontro um rosto masculino bonito, maduro, mas estranho. Tudo ao meu redor parece muito estranho, e demora um tempo para eu me dar conta de que não estou em casa, e sim em um quarto de hospital.
— Quinley? — A voz dele é suave, quase melodiosa, e isso me causa uma leve sensação de conforto, apesar de eu sentir um cansaço sobrenatural; meu corpo pesa feito chumbo.
— Hum? — murmuro.
— Consegue me ouvir com clareza? Consegue me entender?
— Sim — minha voz sai arranhada, um pouco aguda, como se eu não a usasse há tempos.
— Ótimo — o sorriso dele fica maior, satisfeito. — Eu sou o Dr. MacRae, e você está no hospital, sob meus cuidados. Consegue se lembrar do que aconteceu?
Franzo o cenho, tentando me concentrar, mas o eco na minha cabeça fica ainda mais intenso.
— Não — respondo.
— Tudo bem, isso é completamente normal. Você foi trazida ao hospital com a imunidade significativamente baixa e febre alta, além de sintomas de desidratação. Felizmente conseguimos controlar a situação antes de você sofrer qualquer dano preocupante, mas foi por pouco, mocinha.
Ainda estou com a testa franzida, tentando me lembrar de alguma coisa.
— O que aconteceu? — quero saber.
— Foi apenas uma virose — tranquiliza-me. — Às vezes não damos a devida atenção às doenças que parecem banais, mas uma coisa pequena pode se transformar em um grande problema se não cortarmos o mal pela raiz.
Engulo em seco.
— Quando vou poder ir embora? Há quanto tempo estou aqui?
— Você foi trazida ontem à noite — o Dr. MacRae verifica o relógio ao redor do seu pulso. — São oito e quinze da noite agora.
Solto uma exclamação.
— Quanto a ir embora — prossegue —, se estiver tudo ok com você, posso te liberar pra terminar de se recuperar em casa. Então, que tal você me dizer o que está sentindo para eu poder fazer uma avaliação?
Respondo às perguntas do Dr. MacRae, informando sobre a dor nas costas e o enjoo permanente, além da dor no estômago, e ele me diz que isso é completamente normal por causa da virose, e que preciso me alimentar bem, beber bastante água e tomar algumas vitaminas para recuperar a minha força e energia.