Capítulo 45 🦋

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Dois meses se passaram e a minha barriga tá normal, não parece que estou grávida. Eu não queria barrigão, mas pensei que ia aparecer pelo menos um ovinho.

Ia deixar para descobrir o sexo do bebê na hora do parto mas hoje de manhã acordei chorosa, querendo saber e lá vai eu atrás de fazer um ultrassom pra descobrir. O pai adorou por que só eu que quis descobrir depois, quando eu disse que acordei querendo saber ele apareceu aqui correndo pra me levar.

Na sala de espera fiquei me tremendo agoniada ele falando pra eu me acalmar pra não passar mal. Mas era inevitável, todo mundo deu palpite mas eu tava super leiga, não sabia se era menina ou menino, o pai acha que é menina, o avô também, já minha vó e dinda acha que é menino. MT e minhas amigas acham que é menino também. E eles falando direto que eu devia sentir se que mãe sempre sabe e eu não tinha o sentimento de ser nada.

Emerson fofoqueiro contou logo pro pai que viemos fazer ultrassom e ele já arrumou uma feijoada lá na minha dinda, diz ele que vai ser almoço/revelação.

Emerson: Calma amor, não fique ansiosa se não vai passar mal, lembra o que a médica disse? - ele não para de me chamar assim.

Thalia: E eu já disse para você parar de me chamar assim, não temos nada. - peguei um copo de água, negócio particular e uma demora pra chamar.

Assim que eu terminei me chamaram, fizeram perguntas lá por que não é aqui onde faço meu pré natal, quiseram saber motivo se a médica tinha passado, quantas ultras eu já tinha feito esse mês. Uma burocracia da porra, falei logo que a médica deixou e o motivo aí me mandaram deitar na maca, médico querendo dizer que não podia acompanhante mas foi só o outro dá uma encarada que liberaram.

Ficou segurando a minha mão enquanto a moça tava arrumando tudo pra começar, levantei a blusinha que eu tava usando, e abrir o short, a moça ficou até besta que ja tô com cinco meses e nada de barriga.

Primeiro veio o gel gelado e depois máquina, demorou nada depois que o médico apertou uns botões lá a zoada do coração apareceu.

Médico: A mãe e o pai têm algum palpite do sexo?

Thalia: Não tenho nenhum doutor, tô mais perdida que cego em tiroteio. – médico deu uma risada, o outro fechou a cara.

Ciúmes uma hora dessa não vale.

Emerson: É menina, tenho certeza. Vai ser igual a mãe e eu tô ferrado.

Médico: Se puxar a beleza você vai tá mesmo meu amigo, muito linda com todo respeito.

O médico tava me cantando na cara dura mesmo, não gostei. Mesmo não estando oficialmente com meu bofe, ainda o amo, e não gosto de gente atirada ainda mais no trabalho. Ele percebeu que não gostamos e começou a falar o peso, os centímetros, e mandou a gente se preparar pra grande notícia.

Médico: Batendo os tambores. – fez uma zoada na parede. – É uma menina. Parabéns vão ser papais de uma garota.

Lágrima começou a cair, continuei apertando a mão do bonito que se abaixou e colocou a testa na minha, tava chorando também.

Emerson: Uma menina vida, eu disse que era uma menina. – esse homem até umas bonecas já comprou, acredita?

Desde quando a médica disse que já podíamos saber o sexo que ele vem dizendo que é menina, e acertou. Ele já queria mandar no grupo o vídeo que fez da gente, parece influencer agora, todas as consultas ele filma. Só não posta, mas deixa tudo guardado.

Não deixei, disse logo que vamos fazer umas brincadeiras com nossa família.

Saímos do consultório e partimos para o shopping, queria comprar umas coisas e acabou que nos empolgamos, compramos várias coisas. Até a saída da maternidade comprei, lá tudo rosinha e branco, sapatinhos, tiara. Saímos de lá cheios de sacolas, o povo olhando com certeza tava na cara que somos pais de primeira viagem.

Achei até uma loja que vendia coisas de aniversário, chá revelação, essas coisas, comprei uma vela, a moça disse que na metade do pavio sai a cor, espero que seja verdade isso. Lá na doceria pedi um bolo pequeno só pra isso mesmo, decoração branca de chantyninho. A menina disse que ficaria pronto umas três horas e íamos enrolar até lá.

Passei em casa, tomei banho antes de ir pra minha dinda, coloquei um vestido branco pra não anunciar nada, Emerson também de branco, um gostoso, hormônios galera. Como demoramos muito no shopping, chegamos já era duas horas, e ouvimos muito.

Helenita: Caralho demora é essa vocês dois, tavam fazendo as pazes ou o quê? – nem fala com a gente, passa direto pra barriga invisível, beijar e conversar.

Emerson: Tô bem também mãe, parece que não tem filho, só quer saber do bebê agora. – drama é de família.

Nito: Fala vocês, minha neta tá bem. Apostei com a velha que é menina, tô querendo meu dinheiro. – ele me abraçou e entramos.

Thalia: Não vou dizer ainda vai ter chá revelação para vocês, vão dando seus palpites aí, e mais tarde vamos revelar.

As meninas aqui, MT, minha vó, pedaço com a mulher dele. Emerson que deve ter chamado ele ou meu dindo, a ex amante e a fiel no mesmo lugar, só Deus mesmo.

Lais: Fizemos um bolão querendo saber se é medido ou menina, quem deveria tá ansiosa é você. – sentei aí lado delas falando com todo mundo.

Glória: É menino, olha essa carinha dela, a cara de mãe de menino. – copinho de cerveja na mão, não larga.

Emerson: Eu ia mandar o vídeo que fiz na hora mas ela não quis, bagulho de surpresa. A gente já passou no shopping, comprou quase o enxoval todo. Falta pouca coisa. – que língua grande.

Helenita: Isso é sacanagem, eu avisei que iria dar de presente o enxoval. – na emoção nem lembramos.

Thalia: Desculpa dinda, nem lembramos, saímos de lá e fomos correndo comprar as coisas. Mas falta, berço, cômoda essas coisas assim se quiser pode dá. – isso seria a gente que já compra, e o enxoval ela.

Yasmin: Lembre que a bacia, balde, banheira, lixeira eu e Laí vamos dar nem inventar de comprar antes. – o pratinho de comida na mão, deu água na boca.

A mulher do pedaço falou algo e eu já cortei né, briga aqui não e fora que veio por que quis, já que sabe que ando com a garota.

Thalia: Se for pra ficar de graça pode sair daqui, viemos celebrar não brigar. E lembrar que tem que respeitar a casa dos outros é bom.

Olha povo sem noção, posso discutir, brigar, qual quer coisa mas não dentro da casa dos outros. Se queremos respeito dentro da nossa casa temos que respeita as dos outros também.

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Thalia 🦋Onde histórias criam vida. Descubra agora