Nesta coletânea, mergulhe em histórias emocionantes com os personagens de Cobra Kai e Karatê Kid. Explore suas vidas, desafios e conexões em uma série de momentos que revelam suas verdadeiras emoções e relações. Uma jornada de descobertas e sentimen...
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Eli Moskowitz estava sentado no canto da cafeteria da escola, observando os outros alunos enquanto mastigava lentamente o seu sanduíche. Seus olhos se fixaram em um grupo que estava no centro da atenção: era Emily, sua melhor amiga, rindo e conversando com seus amigos. Ela era popular, conhecida por sua simpatia, inteligência e, claro, por sua beleza. Eli nunca entendera por que alguém como Emily se importava tanto com alguém como ele, mas era grato por sua amizade.
Emily era o tipo de pessoa que iluminava qualquer ambiente. Seu sorriso era caloroso, e sua presença era contagiante. Eli sempre se sentia especial quando estava com ela, como se o mundo ao seu redor desaparecesse. Hoje, ela usava um vestido florido que a fazia parecer uma personagem saída de um conto de fadas. Eli sentiu um calor no peito ao vê-la sorrir para ele de longe.
Ela acenou para ele e começou a caminhar em sua direção. Ele sentiu um nervosismo familiar crescer dentro de si. Emily sempre fazia isso, atravessava a cafeteria lotada só para sentar com ele. Ele não sabia como reagir ao olhar curioso das pessoas, questionando por que alguém tão popular como ela passava tanto tempo com alguém tão tímido e “invisível” como ele.
"E aí, Eli!" Emily disse animadamente, sentando-se ao lado dele. "Eu estava procurando por você."
Eli deu um sorriso tímido, tentando não parecer tão nervoso quanto se sentia. "Oi, Em. Como foi sua manhã?"
Emily deu de ombros. "Nada de muito emocionante, só o de sempre. Mas agora que te encontrei, minha tarde já melhorou."
Ele corou um pouco, desviando o olhar. "Você é sempre tão gentil."
Ela riu suavemente. "Só estou sendo honesta. E você? Como foi sua manhã?"
Eli deu de ombros. "Foi boa. Nada de mais."
Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas apreciando a companhia um do outro. Emily começou a mexer no cabelo dele de maneira brincalhona, como fazia sempre que queria provocar um sorriso dele. "Você sabe, Eli, você deveria me deixar te levar para sair qualquer dia desses. Ir a um lugar legal, só nós dois."
Eli sentiu o coração acelerar. Era difícil para ele acreditar que ela estava sugerindo algo assim. "Eu... eu adoraria isso."
Emily sorriu, seus olhos brilhando de satisfação. "Ótimo! Está combinado, então. Vou te mandar uma mensagem mais tarde para acertarmos os detalhes."
Enquanto conversavam, um grupo de alunos populares passou por eles, trocando olhares e sussurros. Um dos garotos, Mike, parou e olhou diretamente para Emily. "Ei, Emily, por que você sempre anda com ele?" ele perguntou, sua voz cheia de desdém. "Você poderia andar com qualquer pessoa, mas escolhe o... 'boca de leporino'?"
O rosto de Eli ficou pálido. Ele sentiu como se o chão tivesse se aberto sob seus pés. A cicatriz em seu lábio, resultado de uma cirurgia corretiva de fenda labial, sempre fora uma fonte de insegurança para ele. Ele se encolheu, esperando que Emily concordasse com Mike ou, pior, risse com ele.
Mas Emily não riu. Em vez disso, ela se levantou de repente, seu olhar firme e cheio de determinação. "E por que eu deveria andar com alguém como você, Mike? Alguém que só sabe julgar os outros pelo que eles parecem por fora?" Ela deu um passo à frente, encarando-o. "Eli é dez vezes mais legal e interessante do que qualquer um de vocês. E se vocês não conseguem ver isso, o problema é de vocês, não meu."
Mike e os outros ficaram em silêncio, claramente não esperando aquela resposta. Eles se entreolharam antes de se afastarem, murmurando algo entre si.
Eli olhou para Emily, os olhos arregalados. "Emily... você não precisava fazer isso."
Ela se sentou novamente ao lado dele, sorrindo suavemente. "Claro que precisava. Ninguém tem o direito de falar de você assim, Eli."
Ele a olhou, ainda surpreso pela defesa calorosa dela. "Obrigado, Emy. Eu... eu realmente aprecio isso."
Ela tocou suavemente o braço dele, um toque cheio de carinho. "Você sabe que eu me importo com você, Eli. Muito. Não vou deixar ninguém te derrubar assim."
Eli sentiu uma onda de emoções passando por ele. Ele sempre soube que tinha sentimentos por Emily, mas momentos como esse apenas intensificavam esses sentimentos. "Eu me importo com você também, Emily. Mais do que qualquer coisa."
Ela sorriu novamente, mas havia algo de diferente em seu sorriso agora. Algo mais suave, mais íntimo. "Eu sei, Eli. E isso significa muito para mim."
Os dois passaram o resto do almoço juntos, conversando e rindo, como sempre faziam. Mas algo tinha mudado. Havia uma nova compreensão, um reconhecimento silencioso de algo que ambos sentiam, mas que nenhum dos dois tinha coragem de admitir completamente.
Enquanto a tarde passava, Eli não conseguia parar de pensar nas palavras de Emily, em como ela o defendeu, em como ela sempre estava lá para ele. Ele sabia que havia algo mais entre eles, algo que talvez um dia eles fossem corajosos o suficiente para explorar. Mas, por enquanto, eles estavam felizes assim — dois amigos, extremamente carinhosos um com o outro, sem a necessidade de rótulos ou confissões.
O sinal tocou, indicando o fim do intervalo. Emily se levantou e estendeu a mão para Eli. "Vamos? Temos aula de história agora."
Ele pegou a mão dela, sentindo a suavidade de seu toque. "Claro."
Enquanto caminhavam juntos pelos corredores, Eli sentiu uma calma se instalar sobre ele. Talvez ele não fosse o garoto mais popular da escola, e talvez ele tivesse suas inseguranças, mas ele tinha algo que muitos não tinham: uma amizade verdadeira e genuína com alguém que realmente o via pelo que ele era.
E, naquele momento, isso era mais do que suficiente.
