Nesta coletânea, mergulhe em histórias emocionantes com os personagens de Cobra Kai e Karatê Kid. Explore suas vidas, desafios e conexões em uma série de momentos que revelam suas verdadeiras emoções e relações. Uma jornada de descobertas e sentimen...
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Era um final de tarde ensolarado, o tipo de dia perfeito para uma pausa na vida caótica de Dutch. Ele havia passado a maior parte da semana com os amigos, envolvido em suas brigas e treinos de karatê, mas hoje, ele queria algo diferente. Algo que, ultimamente, se tornara mais valioso para ele do que qualquer luta: um tempo com Stacy.
Stacy e Dutch se conheciam desde a infância, mas só começaram a namorar recentemente. Ela sempre foi a única pessoa capaz de fazer Dutch baixar a guarda, mesmo que ele nunca admitisse isso abertamente. Ele gostava de ser o cara durão, o "bad boy" do grupo, mas com Stacy... era diferente. Ela via além de sua fachada impenetrável e enxergava o cara sensível por trás da bravata.
Naquele dia, Stacy chegou à casa de Dutch pouco antes do pôr do sol. Ela trazia um sorriso nos lábios e uma sacola de compras nas mãos, planejando preparar algo especial para o jantar. Quando ela entrou, Dutch estava jogado no sofá, com uma expressão de cansaço, mas seus olhos brilharam quando a viram.
"Trouxe comida?", ele perguntou com um meio sorriso, tentando parecer desinteressado.
"Sim, mas você vai me ajudar a cozinhar", respondeu Stacy, puxando a sacola para cima da mesa.
Dutch fez uma careta. "Cozinhar? Achei que eu só precisava comer."
Ela riu, aproximando-se dele e sentando-se ao seu lado. "Sabe, você poderia aprender algumas habilidades além de quebrar tábuas e dar chutes. Cozinhar pode ser útil um dia."
"Eu sobrevivo de pizza e cerveja, Stace", ele retrucou, mas logo se levantou, sabendo que no fundo, adorava passar esse tipo de momento com ela.
Na cozinha, Dutch tentou acompanhar Stacy enquanto ela começava a separar os ingredientes. Ele observava atentamente seus movimentos, como ela cortava os vegetais com facilidade, e, em algum momento, ele tentou imitar, só para quase cortar o dedo.
Stacy riu alto. "Talvez a faca não seja a melhor ideia pra você. Que tal mexer o molho?"
"Mexer o molho eu consigo", ele respondeu, um pouco envergonhado, mas com um sorriso no rosto.
Enquanto eles cozinhavam, a atmosfera na cozinha era leve e despreocupada. Dutch fazia piadas sarcásticas sobre sua falta de habilidade, e Stacy ria, corrigindo-o pacientemente. Ela sabia que, por trás daquele jeito durão e brincalhão, havia um cara que estava tentando de verdade agradá-la.
Quando o jantar finalmente ficou pronto, eles arrumaram a mesa na pequena sala de jantar de Dutch, que raramente era usada. Ele não era exatamente o tipo de cara que fazia refeições à mesa, mas com Stacy ali, parecia o certo. As velas que ela insistiu em acender iluminavam a mesa de maneira suave, criando uma atmosfera inesperadamente romântica.
Enquanto comiam, Dutch mantinha uma conversa leve, brincando sobre como tinha "dominado" a arte de mexer o molho, mas Stacy notou algo diferente em seu comportamento. Havia uma vulnerabilidade em seus olhos que ela não via com frequência.
"Dutch, tá tudo bem?", ela perguntou, pousando o garfo no prato.
Ele olhou para ela por um momento, antes de soltar um suspiro. "Sabe, eu sempre fui aquele cara que não se importava com ninguém. Fazer o que eu quero, quando eu quero, sempre foi o meu estilo. Mas com você… é diferente."
Stacy sorriu suavemente, deixando que ele continuasse.
"Eu acho que nunca pensei que poderia ter algo assim, sabe? Alguém que me faz querer ser um cara melhor... Mas você faz isso." Ele desviou o olhar, claramente desconfortável com a direção da conversa, mas continuou. "Eu nunca te disse isso, mas eu me importo com você. Muito mais do que eu achei que era capaz."
Ela estendeu a mão para segurar a dele sobre a mesa, seus olhos encontrando os dele de uma forma reconfortante e cheia de carinho. "Você não precisa dizer nada, Dutch. Eu sei."
"Não, eu preciso. Porque eu nunca disse isso pra ninguém antes." Ele segurou sua mão com mais força, suas palavras carregadas de sinceridade. "Você é importante pra mim. Mais importante do que qualquer outra coisa na minha vida agora."
Stacy sentiu seu coração derreter ao ouvir aquelas palavras. Ela sabia que para Dutch, expressar sentimentos como esses era um passo gigantesco. Ele sempre foi aquele que mantinha as emoções trancadas a sete chaves, escondidas sob camadas de sarcasmo e rebeldia.
"Eu também me importo muito com você, Dutch", ela respondeu suavemente, seu coração transbordando de afeto. "Você não precisa mudar pra mim. Eu gosto de quem você é, até com todas as suas bagunças."
Ele riu, relaxando um pouco. "Eu sou uma bagunça, né?"
"Às vezes, sim. Mas uma bagunça que eu adoro."
Depois do jantar, os dois se dirigiram de volta para o sofá, agora com a noite já avançada e as estrelas brilhando lá fora. Stacy se aconchegou ao lado de Dutch, e ele passou o braço ao redor dela, puxando-a para mais perto.
"Você sabe que, se alguém descobrir que eu sou assim com você, minha reputação vai por água abaixo, né?" Ele disse, brincando.
"Ah, claro", ela respondeu com um sorriso. "O grande e durão Dutch, sendo fofo com a namorada. Um escândalo."
Eles riram juntos, e então ficaram em silêncio novamente, simplesmente aproveitando a companhia um do outro. O mundo lá fora, com todas as lutas e dramas, não importava naquele momento. Tudo o que importava era que, de alguma forma, apesar de todas as barreiras que ele havia erguido, Dutch havia encontrado alguém com quem ele poderia ser ele mesmo. E isso era tudo o que ele precisava.
Quando Stacy finalmente fechou os olhos, descansando no ombro dele, Dutch olhou para ela, sentindo algo que ele não experimentava com frequência: paz.
Ele não precisava dizer nada. No fundo, ele sabia que com Stacy ao seu lado, tudo estaria bem.
