Daniel larusso

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Era uma tarde ensolarada de verão, e Daniel LaRusso estava animado para sua primeira visita à praia desde que se mudara para o sul da Califórnia. Vestindo um calção de banho, ele se juntou a alguns garotos que conhecera recentemente no condomínio onde morava, tentando enturmar-se em seu novo ambiente. Entre eles estava Mary, uma garota que chamara sua atenção desde o primeiro momento em que a viu. Ela tinha um sorriso encantador e um brilho nos olhos que era difícil de ignorar.

Eles haviam trocado poucas palavras até então, mas Mary parecia ser amigável e fácil de conversar. Quando os meninos decidiram ir à praia juntos, ela fez questão de convidar Daniel para se juntar ao grupo, algo que o animou mais do que ele gostaria de admitir. Ao chegar à praia, ele observava Mary enquanto ela se distanciava um pouco para se sentar com suas amigas. Daniel tentava não ser óbvio, mas era impossível não notar a forma como ela parecia se divertir com o simples fato de estar ali, sentada na areia, ouvindo o som das ondas e rindo com as outras garotas.

O grupo começou a jogar uma partida de futebol americano na areia, e Daniel rapidamente se envolveu, mostrando sua habilidade e energia. A bola ia e vinha, com risadas e gritos enchendo o ar, e, ocasionalmente, ele trocava olhares com Mary, que assistia de longe com um sorriso no rosto. Era como se cada vez que os olhares se cruzassem, algo não dito fosse compartilhado.

Conforme o sol começava a se pôr, pintando o céu em tons de laranja e rosa, o grupo fez uma pausa para descansar. Daniel aproveitou a oportunidade para se aproximar de Mary, seu coração acelerando um pouco mais do que o normal.

— Então, você vem muito aqui? — Daniel perguntou, sentando-se ao lado dela, tentando soar casual.

Mary riu, seus olhos ainda brilhando. — Na verdade, sim. Esta é uma das minhas praias favoritas. E você? Está gostando da Califórnia até agora?

— Estou, sim. Ainda me acostumando com o jeito das coisas por aqui, mas está sendo divertido. — Ele sorriu, um pouco envergonhado. — Especialmente quando pessoas legais como você fazem eu me sentir em casa.

Mary sorriu, claramente gostando do elogio, mas antes que ela pudesse responder, o som de motores interrompeu o momento. Daniel virou-se para ver um grupo de motocicletas se aproximando pela areia. O ruído dos motores ecoava alto no ar, e a tensão entre os meninos era palpável. Era o grupo de Johnny Lawrence, o garoto que Mary costumava namorar, e seus amigos do Cobra Kai.

Daniel imediatamente sentiu a mudança na atmosfera. Os olhares que Johnny lançou para Mary eram carregados de ciúme e possessividade, e ele não estava disposto a ignorar o fato de que ela estava conversando com Daniel. Johnny parou a moto, tirando o capacete com um movimento brusco, enquanto seus amigos faziam o mesmo, rindo e provocando uns aos outros.

— Ei, Mary — Johnny chamou, sua voz carregada de um tom possessivo, enquanto se aproximava com passos firmes. — Faz tempo que não nos vemos.

Mary se levantou, cruzando os braços e dando um passo para trás, desconfortável com a presença de Johnny. Daniel se colocou de pé também, tentando não demonstrar o nervosismo crescente que sentia. Ele sabia que Johnny não era alguém fácil de enfrentar, mas também não gostava da maneira como ele falava com Mary.

— Não estamos mais juntos, Johnny — Mary respondeu, sua voz firme, mas o desconforto era evidente em sua postura.

Johnny riu, balançando a cabeça. — É, parece que você encontrou outro perdedor pra perder tempo.

Os amigos de Johnny riram em uníssono, mas Daniel permaneceu firme, encarando Johnny diretamente. Ele podia sentir o olhar de Mary sobre ele, e sabia que não podia recuar. Mesmo que as chances não estivessem a seu favor, ele não ia deixar Johnny intimidá-lo.

— Não precisa ser assim, cara — Daniel disse, sua voz firme, mas ainda tentando manter a calma. — Se ela não quer falar com você, é melhor deixar isso pra lá.

Johnny deu um passo à frente, seu sorriso desaparecendo e seu olhar se tornando mais ameaçador. — E o que você vai fazer a respeito?

A tensão crescia rapidamente, com os amigos de Johnny se aproximando também. A brisa fresca da praia já não parecia tão reconfortante, e Daniel sentiu o suor começar a se formar em sua testa. Ele não queria brigar, mas também não ia dar as costas.

— Johnny, por favor, deixa isso pra lá — Mary interveio, sua voz agora mais séria, tentando evitar que a situação saísse do controle.

Mas Johnny, alimentado pelo orgulho e pela raiva, ignorou completamente suas palavras. Ele empurrou Daniel com força, fazendo-o tropeçar na areia. Daniel quase caiu, mas conseguiu se equilibrar antes de encará-lo novamente, o coração batendo rápido no peito. Ele sabia que precisava agir.

— Não encosta nele, Johnny! — Mary gritou, agora visivelmente irritada.

Mas o aviso de Mary apenas alimentou a raiva de Johnny, que deu mais um passo na direção de Daniel. O momento parecia esticar-se, como se cada segundo fosse mais longo que o anterior, e Daniel, sem opções, tentou mais uma vez manter a calma.

— Eu não quero brigar, Johnny. Só deixa a gente em paz — Daniel falou, respirando fundo.

Johnny, no entanto, não estava interessado em ouvir. Ele preparou-se para mais um ataque, mas antes que pudesse agir, um dos seus amigos o chamou.

— Johnny, a polícia! — gritou um dos garotos, apontando para a estrada.

Com relutância, Johnny olhou ao redor, percebendo que o risco de continuar era maior do que ele gostaria. Com um último olhar de desdém para Daniel, ele se virou para Mary.

— Isso não acabou — ele murmurou, antes de voltar para sua moto. Seus amigos o seguiram rapidamente, e logo o grupo desapareceu, deixando apenas o som distante de motores.

O silêncio reinou por alguns instantes depois que eles partiram. Daniel, ainda sentindo a adrenalina em seu corpo, olhou para Mary, que o observava com uma mistura de preocupação e gratidão.

— Você está bem? — ela perguntou, dando um passo na direção dele, seus olhos cheios de preocupação genuína.

Daniel sorriu, ainda sentindo o coração acelerado, mas aliviado por tudo ter acabado sem maiores problemas. — Sim, estou bem. Você?

Mary assentiu, claramente ainda um pouco abalada pela situação, mas tentando disfarçar. — Eu estou. Desculpa por isso. Johnny... ele não consegue aceitar as coisas.

Daniel balançou a cabeça. — Não foi culpa sua. Ele só precisa aprender a respeitar as pessoas.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, ambos ainda processando o que havia acontecido. O céu agora estava completamente escuro, com as estrelas começando a aparecer. O grupo de amigos de Daniel, que havia se distanciado durante a confusão, começou a voltar, mas ainda mantinha certa distância, como se não quisessem interromper o momento entre ele e Mary.

Ela sorriu para ele, com um olhar que misturava gratidão e admiração. — Obrigada por não ter desistido. Eu sei que Johnny pode ser intimidador, mas você... foi corajoso.

Daniel deu de ombros, sentindo-se um pouco envergonhado pelo elogio. — Eu só fiz o que achei que era certo. Não ia deixar ele te tratar assim.

Mary deu um passo à frente, seu rosto agora iluminado pela luz suave da lua. — Acho que devemos fazer isso de novo. Só... sem a parte do Johnny.

Daniel riu, relaxando um pouco mais. — Com certeza.

Ela sorriu, e por um momento, o tempo pareceu desacelerar novamente, mas dessa vez de uma forma completamente diferente. Havia uma conexão entre eles que ia além das palavras, e Daniel podia sentir isso. Enquanto os amigos chamavam para ir embora, ele e Mary trocaram um último olhar.

— Até mais, Daniel — Mary disse, acenando para ele antes de se juntar às amigas.

— Até mais, Mary — ele respondeu, observando-a se afastar, já pensando na próxima vez em que a veria.

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𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀-𝐜𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐤𝐚𝐢 𝐚𝐧𝐝 𝐤𝐚𝐫𝐚𝐭𝐞 𝐤𝐢𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora