Nesta coletânea, mergulhe em histórias emocionantes com os personagens de Cobra Kai e Karatê Kid. Explore suas vidas, desafios e conexões em uma série de momentos que revelam suas verdadeiras emoções e relações. Uma jornada de descobertas e sentimen...
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Era uma tarde ensolarada de 1984, e Emma, como de costume, estava na lanchonete local depois da escola. Ela estava sentada na mesma cabine de sempre, comendo uma porção de batata frita e bebendo um milkshake de chocolate. A lanchonete era o ponto de encontro dos jovens da cidade, e sempre havia música tocando na jukebox ao fundo. Naquele momento, tocava *Footloose*, de Kenny Loggins, e as pessoas conversavam animadamente.
Enquanto Emma distraidamente mexia no canudo, o som da porta abrindo fez seus olhos se voltarem para a entrada. Para sua surpresa, Tommy entrou com seus amigos do Cobra Kai — Johnny, Dutch e Bobby. Eles estavam rindo e fazendo piadas, claramente cheios de energia e confiança. Mas Tommy, ao contrário do habitual, parecia um pouco diferente. Seus olhos pareciam vagar pela sala, até que eles se encontraram com os de Emma.
Ela e Tommy nunca haviam sido amigos próximos, mas havia uma espécie de reconhecimento entre eles, uma faísca que surgia sempre que seus olhares se cruzavam. No entanto, o fato de ele ser tão envolvido com as brigas do Cobra Kai e sempre andar com Johnny Lawrence, que tinha uma rivalidade declarada com Daniel LaRusso, mantinha Emma à distância.
Tommy acenou brevemente para ela, algo que ele nunca fazia. E, antes que ela pudesse reagir, ele se despediu dos amigos e caminhou em sua direção.
"Oi, Emma", ele disse, com um sorriso um tanto nervoso, mas ainda cheio de charme.
"Oi, Tommy", ela respondeu, um pouco surpresa com a abordagem. "Você não vai sentar com seus amigos?"
Ele olhou para onde Johnny e os outros estavam sentados, já no meio de uma conversa animada, mas deu de ombros. "Eles vão ficar bem sem mim por um tempo. Posso me sentar aqui?"
Emma hesitou por um segundo, mas fez um gesto com a mão, indicando que ele podia sentar. Tommy deslizou para o banco à sua frente, apoiando os cotovelos na mesa e a observando com um sorriso despreocupado. Era estranho, mas havia algo mais suave nele naquele dia, algo diferente da habitual intensidade com que lidava com as coisas.
"Eu te vejo aqui toda semana", ele comentou, pegando uma batata frita da bandeja dela. "Por que nunca falamos antes?"
Emma deu uma risadinha. "Talvez porque você estava muito ocupado batendo nos caras com o Johnny Lawrence."
Ele riu, e Emma ficou surpresa com o som. Não era uma risada arrogante, mas uma verdadeira expressão de divertimento. "É, pode ser", ele admitiu. "Mas nem todo mundo no Cobra Kai é o que parece."
Emma arqueou uma sobrancelha. "É mesmo? O que você quer dizer com isso?"
Tommy ficou em silêncio por um momento, como se estivesse escolhendo as palavras certas. "Eu sei que o Cobra Kai tem essa reputação. E, sim, às vezes a gente faz algumas coisas das quais eu não me orgulho. Mas... nem todo mundo quer ser o valentão da escola, sabe? Às vezes, é só uma maneira de se defender."
Ela olhou para ele por alguns instantes, percebendo que havia mais em Tommy do que ela imaginava. Ele não era apenas o cara que sempre seguia Johnny, pronto para uma briga. Havia uma vulnerabilidade ali, escondida sob a fachada de durão.
"Talvez você devesse encontrar uma maneira diferente de se defender", ela sugeriu, tomando um gole de seu milkshake.
Tommy sorriu de lado. "É, talvez você esteja certa. Mas e você? Nunca pensei que veria você sozinha aqui."
Emma deu de ombros. "Eu gosto de ter meu tempo sozinha às vezes. Mas, normalmente, fico com minhas amigas. Hoje, elas estão ocupadas."
Eles passaram o resto da tarde conversando sobre coisas simples — a escola, a cidade, as festas que aconteciam nos finais de semana. Tommy, para surpresa de Emma, era engraçado e envolvente, sem a arrogância que costumava demonstrar perto dos amigos. Ele parecia genuíno, e ela se pegou sorrindo e rindo mais do que esperava.
Quando o sol começou a se pôr e a lanchonete começou a esvaziar, Tommy se levantou, colocando as mãos nos bolsos da jaqueta de couro. "Foi bom conversar com você, Emma. Talvez a gente possa fazer isso de novo?"
Ela sorriu, sentindo o coração bater mais rápido. "Talvez."
Tommy acenou, ainda com aquele sorriso despreocupado, e voltou para junto de seus amigos, que pareciam não ter notado sua ausência. Emma ficou ali, olhando para o lugar onde ele estava sentado e pensando no quanto aquela breve conversa havia sido surpreendente.
Ela sempre o viu como um garoto problemático, mas agora via algo mais — uma pessoa em busca de algo maior do que as brigas e rivalidades que pareciam definir sua vida. E, por um momento, ela se perguntou se ele realmente queria mudar, se havia algo mais por trás daquele sorriso charmoso e da atitude despreocupada.
Enquanto Emma saía da lanchonete, ela olhou para trás e viu Tommy rindo com seus amigos. Mas seus olhos encontraram os dela uma última vez antes de ela ir embora, e havia algo ali, algo que a fez acreditar que aquele não seria o último encontro deles.
