dutch

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Dutch estava na academia de karatê Cobra Kai, assistindo aos seus colegas de dojo praticarem seus golpes com intensidade. A respiração pesada e o som dos punhos cortando o ar ecoavam pelo espaço, criando uma energia pulsante. Ele estava de mau humor, o que não era incomum para ele. Dutch sempre parecia carregar uma fúria dentro de si, algo que ele nunca conseguia saciar, não importa quantos socos desse em um saco de pancadas ou quantas vezes vencesse um combate.

Mas hoje era diferente. Hoje, o que o incomodava não era a necessidade de liberar sua raiva em alguém ou algo. Era ela. Zoe.

Zoe era diferente de qualquer pessoa que Dutch conhecia. Ela era forte, confiante, e não se intimidava com sua atitude durona. Na verdade, era a única que parecia não se incomodar com sua presença, o que deixava Dutch intrigado e um pouco irritado. Ela era nova no Cobra Kai, mas já tinha mostrado que não era qualquer uma. E, de alguma forma, ela conseguia vê-lo de um jeito que ninguém mais via.

Ele a viu entrando na academia, e, como sempre, ela chamou sua atenção. Seus cabelos escuros estavam presos em um rabo de cavalo desleixado, e ela usava o uniforme do dojo com uma naturalidade que o impressionava. Ele sabia que ela estava ali para treinar, mas também sabia que ela sempre prestava atenção nele, mesmo que tentasse disfarçar.

Dutch decidiu que era hora de confrontar seus sentimentos. Ele sempre fora direto, e isso não mudaria agora. Ele atravessou a academia com passos decididos, parando à frente de Zoe. Ela estava ajustando as faixas nas mãos, mas ergueu os olhos quando percebeu a presença dele.

“Dutch,” ela disse, com um leve sorriso nos lábios. “Está com vontade de me bater hoje?”

Ele cruzou os braços, tentando não sorrir. “Talvez. Mas não aqui.”

Ela arqueou uma sobrancelha. “Ah, é? E onde seria isso?”

“Lá fora,” ele respondeu, apontando com a cabeça para a saída. “Eu quero conversar com você.”

Zoe hesitou por um momento, mas algo em seus olhos mostrava que ela estava curiosa. Ela assentiu, e eles saíram juntos, o ar fresco do lado de fora da academia de repente parecendo mais pesado, cheio de palavras não ditas.

Eles caminharam até a parte de trás do prédio, onde não havia ninguém. Dutch encostou-se na parede, observando-a. “Por que você sempre me encara?” ele perguntou abruptamente.

Zoe deu de ombros, seu olhar desafiador. “Eu acho você interessante.”

Ele soltou uma risada seca. “Interessante? Você é a primeira pessoa a dizer isso.”

“Bem, talvez as pessoas ao seu redor sejam cegas,” ela retrucou. “Ou talvez eu apenas veja algo que elas não veem.”

Dutch sentiu seu coração bater um pouco mais rápido. “E o que você vê, Zoe?”

Ela deu um passo à frente, seus olhos fixos nos dele. “Eu vejo alguém que quer ser visto de verdade. Alguém que está sempre lutando contra algo... talvez até contra si mesmo.”

Ele a encarou, sem saber o que dizer. Ela o entendia de uma forma que ninguém nunca havia entendido. E isso o assustava, mas ao mesmo tempo o atraía. Ele deu um passo em sua direção, fechando a distância entre eles. “Você não tem medo de mim?”

Ela sorriu. “Não. Eu acho que você quer que as pessoas tenham medo de você, mas não acho que seja assim tão assustador.”

Dutch sentiu um impulso súbito, um desejo que ele não conseguia mais controlar. Ele queria mostrar a ela que não era apenas uma fachada. Que ele era mais do que o valentão que todos achavam que ele era. Ele se inclinou para frente, seus lábios quase tocando os dela. “E se eu te beijasse agora?” ele sussurrou.

Zoe não recuou. “Então, você deveria parar de falar e fazer isso.”

Sem mais hesitação, Dutch fechou a distância entre eles e a beijou. Seus lábios se encontraram em um toque suave, mas logo se tornaram mais intensos. Ele sentiu a mão dela subir pelo seu braço até seu pescoço, puxando-o mais para perto. Havia algo nesse beijo que era mais do que apenas desejo — era necessidade, era um pedido silencioso para ser compreendido.

Quando eles finalmente se separaram, ambos estavam sem fôlego. Zoe o olhou com um sorriso suave. “Viu? Não foi tão difícil.”

Dutch sorriu de volta, algo dentro dele mudando. “Não, não foi.”

Eles ficaram ali por um momento, apenas aproveitando a proximidade um do outro. Pela primeira vez em muito tempo, Dutch sentiu-se calmo. Zoe o fazia sentir que ele não precisava lutar contra o mundo o tempo todo. Talvez, ele pensou, ela era a luta que ele estava disposto a perder.

“Vamos voltar para dentro?” ela sugeriu finalmente.

Dutch assentiu, ainda sorrindo. “Sim, vamos.”

Enquanto eles voltavam para a academia, Dutch se sentiu diferente. Talvez não fosse o garoto perfeito, e talvez ainda tivesse muito a aprender sobre si mesmo. Mas, com Zoe ao seu lado, ele estava disposto a tentar. E isso era um começo.

𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀-𝐜𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐤𝐚𝐢 𝐚𝐧𝐝 𝐤𝐚𝐫𝐚𝐭𝐞 𝐤𝐢𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora