A estátua do general

Cap 17

Cyno havia mandado uma carta ao Tighnari que ia demorar pra visitá-lo na vila Gandharva por causa de um fugitivo que se foi descoberto por ter quebrado uma das regras e agora tá no deserto.

Claro que ele se lembra daquela noite que passou junto do Tighnari depois de encher a cara de vinho, mas estranha o Tighnari está tão distante dele, será que ele o forçou ou não gostou da noite e agora quer distância?

Muitas perguntas vinham em sua mente, mas nesse momento ele não podia se distrair, pegando suas coisas, foi em direção ao deserto.

Essa lembrança veio em mente enquanto ele olhava para o templo que apareceu na frente de seus olhos.

Tighnari:- Cyno?

Cyno:- Desculpe...... só me veio uma lembrança..... falou algo?

Tighnari:- Vamos entrar?

Alhaitham:- As lembranças deve estar vindo enquanto entramos.

Andarilho:- Vou esperar aqui, se esse templo sumir, não quero estar aí dentro pra saber se fico vivo ou não.

Cyno:- Medo?

Andarilho:- Medo? Há. Estou aqui apenas pra cuidar seu amiguinho feneco na volta, se algo acontecer com vocês ai dentro, apenas vou rir de quão patético vocês foram.

Alhaitham:- Infelizmente ele está certo, se o templo apareceu só a noite, pode sumir durante o dia.

Enquanto entravam, Cyno sentia que o ambiente é familiar, era quase como se já estivesse ali. E algumas lembranças vieram a tona.

Enquanto o Cyno vasculhava as redondezas do ambiente no qual foi visto a última vez o fugitivo, ele viu um templo misterioso no meio do deserto e o fugitivo entrando com algumas ampulheta de cores diferentes.

Não perdendo tempo, Cyno adentrou o local e ficou abismado com o templo, era tão grande por dentro que podia se perder lá dentro, mas Hermanubis se ativou sozinho e o Cyno pode ver as armadilhas espalhadas pelo local.

Cyno não esperava por isso, mas ouviu pela primeira vez a voz do Hermanubis "Cuidado criança, esse é um dos meus templos esquecidos, vamos pegar rápido o fugitivo antes do amanhecer".

"Já esta perto do amanhecer" Pensou o Cyno e uma risada foi acompanhada.

Cyno foi acordado por um par de mãos enluvadas em seu rosto e um olhar preocupado, assim que o Tighnari nota que o Cyno voltou ao normal, tira as mãos do rosto.

Tighnari:- Está tudo bem? Você ficou andando em silêncio com seu poder ativado, parou aqui e desativou o poder, achei que tinha acontecido algo.

Cyno:- Esse é um dos templos do silêncio feito pelo próprio Hermanubis, fiquem atrás de mim porque tem armadilhas.

Tighnari:- E só agora nos avisa?

Cyno:- Recém estou lembrando do que aconteceu comigo antes de virar estátua.

Tighnari:- Ok. Só não avisa depois, ok?

Cyno:- Vou manter isso em mente.

Cyno diz isso, mas não lembra de ter ido tão afundo do local, talvez pra poupar tempo o Hermanubis os guiou.

Chegando numa sala, eles veem vários desenhos e ampulhetas espalhadas pelo grande salão e Cyno sente uma dor de cabeça e acompanhado com algumas lembranças.

Enquanto caminhava pelo templo usando Hermanubis, ele vê o fugitivo com várias tatuagens e algumas ampulheta em locais diferentes.

Assim que entra no local, o fugitivo percebe a presença do General, eles trocam algumas palavras e antes do Cyno se aproximar, 3 invocações são lançados em sua direção, um crocodilo, abutre e a cobra.

A batalha demora mais do que imaginava e quando menos espera o fugitivo que estava mais perto do centro começou a sumir e o Cyno que estava próximo da saída, percebe que o templo está sumindo novamente e corre em direção a saída.

Chegando perto da saída, Cyno percebe que tem um grupo de 10 pessoas trancados numa jaula e alguns símbolos estranhos, então usando o poder do Hermanubis, Cyno quebra a jaula e ajuda as pessoas a sair.

Porém, havia uma que ficou presa e ficou pra trás e o tempo estava acabando, mesmo assim o Cyno vai até essa pessoa e a desprende do local, mas infelizmente assim que ele vê aquela parte sumindo, ele só empurra a pessoa pra continuar correndo e aceita o destino de sumir pra sempre até o momento que sentiu um golpe forte e ver um guardião das ruínas o atacando, assim que o destrói vê o Tighnari com roupas diferente sentado no chão e com orelhas baixas e assustado, a única coisa que conseguiu dizer foi "Tighnari " antes de sua visão escurecer novamente.

Cyno é acordado com um estalar de dedos na sua frente, Alhaitham estava na sua frente olhando-o e percebendo que o Cyno recobrou a consciência, se afastou e foi em direção ao Tighnari que estava distraído olhando o local.

Alhaitham:- Pode explicar o motivo de ficar num estado de sonambulismo?

Cyno explica o mais resumido que conseguiu o motivo de ficar num estado de transe enquanto entravam no templo.

Alhaitham:- Então estamos correndo um risco de morrer aqui? Tighnari, converse com um dos seus ancestrais ou o Cyno peça ajuda pro Hermanubis pra você voltar logo.

Tighnari:- Não posso simplesmente convocar meus ancestrais assim do nada.

Cyno:- Hermanubis só vai ajudar com o poder dele nas armadilhas, ele desconhece esse local.

Tighnari:- Ótimo, então viemos aqui atoa, apenas pra admirar o templo do Hermanubis enquanto corremos o risco de morrer aqui? Vamos embora então.

Alhaitham:- Tighnari, sou uma pessoa cética, mas o pouco que aprendi, posso afirmar que esse local é ativado com ampulheta.

Tighnari:- Como sabe?

Alhaitham:- Você está tão cego pra não deixar o Cyno ir que nem notou quando ele falou das ampulhetas e tem um imenso símbolo de ampulheta no chão.

Tighnari e Cyno olham pro chão e percebem um grande desenho e o Tighnari lembra de quando estava saindo do banheiro do museu ouviu a voz "areia do tempo...... roxo, vermelho e branco"

Tighnari viu o Cyno o encarar, já sabia que não adiantava esconder por muito tempo e também aquele olhar de "não adianta esconder de mim" e então respirou fundo e foi em direção ao Cyno.

Tighnari:- Areia do tempo, roxo, vermelho e........ branco.

Cyno:- ............... Areia do tempo?

Alhaitham:- Vamos rápido que eu não estou a fim de sumir nesse templo.

Tighnari:- Ou virar estátua.
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