Cap 19

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Depois que saíram do templo, Tighnari estava num estado de transe e o silêncio na volta reinou da saído do deserto até o apartamento.

Assim que chegam, Tighnari sai do carro e o Alhaitham foi sair quando é parado pelo Andarilho e então recebe uma carta amarela, velha e parecia que a muito tempo foi escrita.

Andarilho:- Entregue pra ele. Foi um pedido do próprio Cyno pra Nahida guardar e entregar pra ele.

Alhaitham:- Por que não entregou antes?

Andarilho:- Porque a Nahida disse pra entregar depois. Enfim, fiz o que tinha que fazer.

Andarilho flutuou no ar e foi embora em alta velocidade, deixando o Alhaitham um pouco curioso em saber como o Andarilho voava.

Entrando no local, percebe que o elevador não foi usado, ou seja, Tighnari usou as escadas, Alhaitham não estava a fim de subir a escadaria, então usou o elevador e foi até o andar pra esperar o Tighnari.

Tighnari chegou e o Alhaitham notou suas orelhas baixas e um transe que a única coisa que veio em mente e funcionava muito bem pro Kaven era um abraço.

Quando chegou perto, Alhaitham puxou o Tighnari pra um abraço, fazendo o Tighnari desabar em choro e agarrar com força a camisa, fazendo o pobre Alhaitham se arrepender um pouco dessa ideia por causa das garras que estavam o fincando mesmo com as luvas.

Alhaitham passou uma das mãos na cabeça do Tighnari, sentindo o quão macias são suas orelhas, fica mexendo nelas até o Tighnari se acalmar.

Depois de um longo abraço, Tighnari se afasta, limpando os olhos e se desculpando por ter sujado a roupa do Alhaitham.

Alhaitham:- Toma, é uma carta do Cyno. Vou deixá-lo sozinho enquanto eu vou mudar de camisa.

Tighnari pegou a carta e colocou no peito e entrou no apartamento dele. Mesmo um pouco longe da porta, ouve o Alhaitham.

Alhaitham:- Vou trazer o kaveh, ele é melhor pra essas coisas sentimentais do que eu.

Tighnari largou a carta na cama e foi direto no banho, sem se importar com as roupas que tava usando, e ficou olhando pro chão e vendo a areia escorrendo no ralo por causa do acúmulo que ficou na cauda.

Ele não sabe quanto tempo ficou, mas sentiu alguém desligar o chuveiro e abraçá-lo com uma toalha, desejou internamente que fosse o Cyno, mas pelo cheiro e pelas palavras de carinho, era o Kaveh preocupado com ele.

Kaveh:- Tigh, vem, senão vai se resfriar se ficar todo molhado e sei que vai ficar irritado com a cauda úmida.

Tighnari:-.............

Kaveh:- Que tal assim, tome um banho e eu te ajudo a secar a cauda, ok?

Tighnari não disse nada, mas começou a tirar a roupa molhada enquanto o Kaveh vai até o guarda-roupa e tira uma muda de roupa e deixa encima da tampa da privada e fica sentado na cama esperando o Tighnari sair do banho.

Aproveitou que o Tighnari estava demorando, ficou no notebook fazendo um novo projeto de arquitetura, até ouvir a porta do banheiro abrir e o Tighnari sair com a toalha na cabeça e uma maior segurando nas mãos enquanto pingava água da cauda.

Kaveh largou o notebook encima da cabeceira da cama, pegou o secador e fez o Tighnari sentar na cama e começou a secar a cauda.

Kaveh enquanto escovava e passava um óleo na cauda do Tighnari, percebeu ele ficando inclinado pro lado, quase caindo da cama.

Kaveh percebendo essa inclinação, apenas o fez deitar na cama, colocou um travesseiro embaixo da cabeça do Tighnari, arrumou o cobertor encima dele, pegou o notebook e saiu do quarto, tomando um susto com o Alhaitham parado do lado de fora do quarto.

Alhaitham:- Como ele ?

Kaveh:- Shhh.......*sussuro* Ele dormindo.

Alhaitham:- Ele está nos ouvindo de qualquer jeito.

Kaveh:- Quieto. Eu sei, mas ele muito caído e cansado..... o que aconteceu? Cadê o Cyno?

Alhaitham apenas o pegou pelo braço e foram até o sofá do Tighnari.

Alhaitham:- Voltou pro tempo dele.

Kaveh:- Sério? Nossa......... isso explica porque ele está tão caído.

Alhaitham:- Ele vai superar isso.

Kaveh:- Agora explica tudo, tudo mesmo, sem poupar detalhes.

Alhaitham:- Depois que eu descansar e dormir um pouco.

Kaveh:- ALHAITHAM.

Alhaitham levantou do sofá e foi até o quarto aonde moram, com o Kaveh irritado.

Tighnari estava muito cansado, mas deu um leve sorriso ouvindo os dois brigando. Assim que se virou, ouviu o barulho de papel, levantou o cobertor e pegou a carta e abriu ela.

" Oi Tigh, é estranho escrever uma carta pra você com o Tighnari esmagando algumas plantas do meu lado.

Assim que voltei com o fugitivo amarrado, vi o Tighnari todo machucado e o General que ficou no meu posto esperando apenas o fugitivo voltar, não contava comigo voltando junto e acabei com a festa deles.

Agora estou no meu posto novamente, Hermanubis esta calmo e obrigado por tudo, Tigh.

Agora vai uma piada: Sabe qual doença afeta os carros? É a pneumonia."

Ass: Cyno, General Mahamatra.

Tighnari agarrou a carta no peito e chorou até adormecer.

O sonho que teve, foi algo completamente diferente, como se fosse uma memória adormecida.

Estava ajoelhado no chão, todo ferido e com uma leve protuberância na barriga que se mexia, viu um brilho forte e então o Cyno apareceu com uma pessoa amarrada.

Nunca viu tanta fúria nos olhos do Cyno quanto viu nesse momento que ele olhou pro estado do Tighnari.

Estava desidratado, com marcas de queimadura do sol e com clara expressão de cansaço e vários roxos no braço e alguns machucados no rosto.

Assim que todos estavam praticamente feridos, Cyno agarrou o Tighnari quando desmaiou e o levou nos braços, junto com todos os cúmplices que nem ousaram tentar escapar.

Tighnari acorda, pensou que era um sonho e então ouve o Cyno se aproximar com um jarro com água, copo e uma bandeja de cogumelos.

Antes do Cyno perguntar qualquer coisa, Tighnari se joga nos braços dele e o toca no rosto, braços e o puxa na cama pra tratar os ferimentos que estavam espalhados no corpo dele.

Cyno senta na cama e arrasta o Tighnari  na cintura, fica impressionado que conseguiu voltar antes do pequeno deles nascer e finalmente está em paz.
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1047 palavras

A estátua do generalOnde histórias criam vida. Descubra agora