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NÃO ESQUEÇA DE CURTIR E COMENTAR, ISSO ME MOTIVA A PROSSEGUIR COM A FIC.

Roberto Nascimento

Depois de mais um dia tenso, decidi que precisava agir para manter o controle. Não podia deixar que a situação fosse além dos meus limites, e se havia uma maneira de redirecionar minha raiva e frustração, seria através de uma maior intensidade nos treinamentos.

Se eu não conseguisse encontrar a verdade sobre o envolvimento de Mário com Aurora, pelo menos poderia redobrar meu esforço para garantir que ele e a equipe estivessem no máximo de sua capacidade.

No dia seguinte, ordenei que houvesse uma série de exercícios mais rigorosos. A equipe seria submetida a um treinamento extenuante, com foco em resistência, tática e simulação de combate. Mário, como responsável pelas rondas, estava diretamente envolvido.

Vamos lá, pessoal! — Eu gritei, me dirigindo aos soldados enquanto eles se preparavam para o treinamento. — Hoje é dia de mostrar que estamos prontos para qualquer coisa. Quero ver todo o potencial de vocês!

Mário estava no centro do grupo, e eu podia ver o suor já começando a aparecer na testa dele. Meu plano era simples: forçá-lo a se concentrar em seu trabalho e, ao mesmo tempo, aumentar a pressão. Se ele estava envolvido com Aurora, talvez a pressão o fizesse vacilar.

Durante as simulações, Quando Mário falhou em um exercício, mesmo que fosse por um detalhe pequeno, eu não hesitei em criticá-lo na frente dos outros.

Cabo Mário! — chamei, minha voz cortante enquanto ele lutava para terminar uma simulação de combate. — Se você não consegue nem executar uma simulação sem falhar, como espera lidar com uma operação real? O que está acontecendo com você?

Ele respirava com dificuldade, sua expressão mostrando o esforço e a frustração.

Desculpe, senhor. Vou melhorar. — ele respondeu, tentando recuperar a compostura.

Eu não dei margem para discussões. Forcei-o a repetir o exercício até que finalmente o completasse sem erros. Quando ele parecia estar no limite, eu o puxei para uma conversa rápida.

Cabo, você está com algum problema? — perguntei, minha voz mais baixa, quase num tom de desafio. — Porque, se tiver, é melhor resolver antes de nos colocar em risco.

Mário me olhou de volta, seus olhos refletindo cansaço e confusão.

Não, senhor. Estou apenas cansado. Vou me recuperar — ele disse, sua voz revelando um traço de frustração que não era apenas sobre o treinamento.

Com o passar do tempo, eu continuava a pressioná-lo, não apenas nos exercícios físicos, mas também na execução das tarefas diárias. A carga de trabalho de Mário aumentava, e eu passei a supervisioná-lo mais de perto, sempre buscando um deslize, um sinal que pudesse confirmar minhas suspeitas.

À noite, o quartel estava em um estado de exaustão. Todos estavam cansados, e o silêncio que se seguiu era um reflexo do peso do dia. Eu fui para o meu escritório, mas a inquietação não me deixava em paz. A dúvida ainda me consumia.

No final da semana, Mário finalmente desabafou com alguns colegas. Seus murmúrios chegaram até mim através de uma conversa casual entre soldados. Ele estava claramente desgastado, e parecia que a pressão estava começando a afetá-lo não apenas fisicamente, mas também emocionalmente.

Na manhã seguinte, decidi tomar uma ação mais direta. Eu precisava encontrar uma maneira de conversar com Mário sem que isso fosse visto como uma nova forma de intimidação. Decidi que precisava ser mais astuto.

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