Whispers of Power

~Chapter Two~

__________~Um mês depois~__________

05 de outubro de 1996

__________Lunae Nêmesis__________

Venho evitando Draco como o diabo foge da cruz e também me afastando de Mattheo Riddle, mesmo que estejamos praticamente mas mesmas aulas, mas consigo justificar meu comportamento com a desculpa das aulas intensas e do estudo necessário para os NIEMs. Contudo, hoje é fim de semana, e em particular, não há desculpas possíveis. Está prestes a acontecer a tradicional festa de volta às aulas na comunal da Sonserina, um evento que ocorre anualmente, onde cada casa de Hogwarts organiza sua própria celebração em uma das quatro semanas iniciais do ano letivo. Este ano, somos os anfitriões, e é o único dia em que as rivalidades entre as casas parecem, ao menos superficialmente, suspensas.

Antes disso, porém, tenho outro compromisso: o jantar com o professor Horácio Slughorn. Já estava inclinada a cursar Poções neste ano, mas a insistência do professor, que me abordou pessoalmente para elogiar meu talento e minhas qualidades, além de mencionar minha influência e poder, acabou por me convencer definitivamente. Slughorn é famoso por "colecionar" alunos com habilidades e status que ele considera valiosos, e parece que sou a mais nova adição à sua coleção.

Decidida a estar à altura do evento, planejei uma ida a Hogsmeade para comprar algo adequado para o jantar, mesmo sabendo que dificilmente encontraria algo de meu gosto nas lojas locais. Minhas roupas geralmente vêm de boutiques trouxas, e nunca me importei com o que os outros pensam a respeito. Meus irmãos, Antony e Patrick, se ofereceram para me acompanhar, e juntos passamos a tarde no Três Vassouras, bebendo cerveja amanteigada e passeando pelas ruas do vilarejo. Ao voltarmos para Hogwarts, percebemos uma agitação incomum entre os alunos.

Ao entrarmos na comunal da Sonserina, fomos surpreendidos pela notícia que circulava.

- É sério, dizem que Cátia Bell e sua amiga estavam no Três Vassouras. Ela estava com um colar que recebeu de alguém e, quando tocou nele, foi jogada violentamente pelo ar, caindo inconsciente e gravemente ferida. Ela foi levada às pressas para a ala hospitalar por Hagrid - relatou um primeiranista, claramente alarmado.

Troquei olhares preocupados com meus irmãos. Hogwarts sempre foi considerado um lugar seguro, exceto pelos eventos sombrios que ocorreram, como a morte de Cedrico Diggory no meu quarto ano. Agora, outra aluna estava em perigo, uma situação que poderia tê-la matado.

- Parece que nem aqui estamos a salvo de coisas assim - comentou Patrick, cruzando os braços, claramente pensativo.

Antony assentiu, mas seus olhos estavam voltados para mim, como se esperasse uma resposta.

- Sinceramente, viu... - murmurei, desânimo evidente na minha voz. - Hogwarts não tem sido a mesma.

- Lunae, você ainda vai ao jantar do Slughorn? - perguntou Antony, com um tom que misturava curiosidade e preocupação.

Dei de ombros, tentando não deixar transparecer a inquietação que sentia. - Vou sim. Já estava planejado, e ele não é do tipo que aceita bem desculpas.

- Só não deixa o professor te prender em uma conversa chata sobre os velhos tempos - provocou Patrick, tentando aliviar a tensão.

Sorri levemente. - Farei o possível. Agora, vou subir para me arrumar para o jantar. Nos vemos mais tarde na festa.

Com essas palavras, despedi-me dos meus irmãos e subi para o dormitório, onde esperava encontrar um momento de paz antes de enfrentar o jantar com Slughorn e, mais tarde, a festa na comunal, onde terei que lidar com a presença inevitável de Draco e Mattheo.

✧ Jantar do Professor Horácio Slughorn -- 20h30min ✧

Ocorreu tudo bem no jantar, me sentei ao lado de Blásio, não que eu fosse tímida ou algo assim, mas agradecia por ele estar ali. Houve assuntos sobre o quadribol - que pelo que soube, Mattheo havia conseguido entrar para o time -, sobre as aulas de Poções - assunto que o professor ficou bem a vontade -, ele também falou sobre seus ex alunos, tentando não citar Voldemort, e fez perguntas sobre nossos futuros, e cada resposta deixou óbvio que éramos todos muito diferentes e com ambições diferentes.

- Um legado familiar, que maravilha! - Foi o que o professor disse a Melinda Bobbin depois dela dizer que queria assumir a empresa da família dela e expandir a mesma internacionalmente. - E finalmente, Lunae, o que a futura herdeira dos Slytherin e Grindelwald pretende fazer?

- Bem, eu ainda não tenho nada como concreto, mas possivelmente assumirei os negócios da minha família em nossas empresas. - Respondi, optando pela verdade depois de pensar um pouco.

- Muito bem! Todos vocês têm caminhos notáveis à frente.

E assim o jantar se seguiu tranquilo, Gina Weasley chegou quando estávamos na sobremesa, olhos inchados e tudo o mais, eu não era de fofoca, mas era óbvio que havia brigado com Dino Thomas. Por fim o jantar se encerrou e saí junto com o Blásio para a nossa Comunal.

- Esse jantar foi... interessante, para dizer o mínimo. Slughorn sempre parece tão fascinado com o futuro de todos. É difícil dizer se ele realmente se importa ou se está apenas construindo seu próprio exército de contatos influentes. - Comentei despreocupadamente com o garoto ao meu lado.

- Slughorn é um mestre na arte de moldar suas conexões. Ele realmente tem uma queda pelos 'grandes feitos'. Como se nossa vida fosse um desfile constante de realizações para ele. - Afirmei com a cabeça com a fala dele.

- Sim, ele joga um jogo bem calculado. Mas é curioso como alguns ali já têm tudo tão bem planejado. - Observo Blásio de lado. - E você? Cooperação Internacional? Achei que tinha aversão a burocracia.

- É sobre saber onde o poder está, Lunae. E ali é onde as decisões importantes são feitas. Além disso, nunca se sabe. O jogo pode mudar. - Diz com um dar de ombros.

- Sempre um olho no tabuleiro, não é? - Sorrio levemente mexendo as sobrancelhas e arrancando um sorriso dele. - Bom, também preciso admitir que sua escolha faz sentido. Mas não sei se quero algo tão... restrito. Há um mundo inteiro de possibilidades lá fora.

- Isso é o bom de ter tempo. Ainda podemos mudar de ideia quantas vezes quisermos. Nada está gravado em pedra. - Ele diz a senha da Comunal da nossa casa e enquanto a porta se abre olha pra mim. - Falando nisso, hora de relaxar um pouco. Festa agora, planos depois.

Trocamos um olhar cúmplice antes de entrarmos e seguimos em direção ao balcão de bebidas ali. A música já ecoava pelas paredes de pedra, e as luzes flutuantes iluminavam o espaço com um brilho verde esmeralda, mesmo ainda estando cedo. A noite prometia muitas coisas.

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Possivelmente eu irei postar esse e mais um ou dois capítulos hoje e então só irei postar no próximo final de semana, pois essa semana estarei cheia de provas no colégio, caso eu ache algum tempo, eu posto durante a semana.

Obrigada! Espero que estejam gostando!🫶🏼😚