Conversa séria

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 Yoii Cúmplice, Beleza?

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Com o dia do nosso casamento batendo na porta.

O Ran apareceu do nada me chamando para conversar.

Ele parecia sério, então eu larguei tudo o que eu estava fazendo e dei total atenção para ele.

Ele disse que era um assunto sério e que ele e o Rindou não haviam falado sobre isso com ninguém.

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Quando o Rindou e o Ran eram crianças, seus pais acabaram falecendo em um acidente de carro.

O meu noivo e o cunhado ficaram em um orfanato por 4 anos, os dois já estavam em uma idade fora dos padrões de adoção, então as famílias que vinham adotar preferiam bebês e recém-nascidos.

Como o Ran tinha 11 e o Rindou 10, eles ficavam de lado.

Até que a irmã mais nova da mãe deles voltou do exterior, descobriu sobre o acidente e sobre os sobrinhos.

Ela assumiu a guarda dos dois e os criou.

O Ran disse que ela e a mãe deles brigaram feio e perderam o contado. É triste a forma como ela descobriu sobre a irmã e os sobrinhos.

Ela ainda havia voltado para tentar fazer as pazes, e...

Caralho, que vontade de chorar...

(A autora está pensando seriamente em fazer uma one-shot sobre isso em uma outra fic, o que vocês acham?)

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O Ran sempre se referia a tia dele como mãe.

Eu nunca cheguei a conhecer ela oficialmente, ela voltou pro exterior alguns meses depois que eu e o Ran começamos a namorar.

Pra mim, ela vai continuar sendo a minha sogrinha.

Espero poder vê-la no nosso casamento!

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Bom, deis de então, o meu noivo tem o sonho de adotar uma ou duas crianças que estejam fora da idade padrão de adoção.

Eu ainda não me sinto pronto para realizá-lo, não agora.

Isso é algo que pretendo trazer depois do casamento e de nos ajustarmos melhor a isso.

Ainda temos que terminar de fechar o orçamento de tudo, vamos fazer uma viagem na nossa lua de mel, reformar o nosso apartamento já que crianças precisam de espaço.

São gastos que precisamos resolver antes de dar mais esse passo.

E que é uma responsabilidade enorme...

Descobri que o Ran e o Rindou fazem doações para esse orfanato onde ambos cresceram.

Quando estivermos prontos, esse vai ser o primeiro orfanato que iremos visitar.

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Sempre que tocávamos no assunto sobre família, ele sempre falava sobre a mãe no exterior e sobre o Rindou.

Eu nunca fui mais afundo por sentir que poderia ser um tópico pessoal pra ele.

Eu fico feliz por ele ter se aberto comigo em relação a isso.

Ele disse que se sentia culpado por esconder essa parte do seu passado.

Eu não vejo assim.

Ele só não estava pronto para falar!

Vamos passar por tudo isso juntos a partir de hoje.

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Eu e o Ran ficamos no quarto, curtindo o silêncio e aproveitando a companhia um do outro.

Esses momentos são raros entre nós dois.

Acho que o Nahoya de 10 anos atrás não saberia o que é "silêncio".

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Até outro dia, Cúmplice!

(Atualização, a one-shot 'Como se Fossem Meus' já está publicada para quem tiver curiosidade sobre parte do passado dos Haitani)

Diário Cúmplice de Kawata NahoyaOnde histórias criam vida. Descubra agora