Adrian Giggs e o apóstolo de Jade

Extra: Feitiços, usos e origem

Olá, meu nome é Serena Colerian e esta é mais uma da série de capítulos explicando o sistema de poder deste universo. Infelizmente nossa caminhada já está para terminar, mas não fiquem tristes! Provavelmente o idiota do Maddison vai assumir alguma coisa quando eu terminar por aqui, ou não. No primeiro capítulo eu expliquei para vocês a biblioteca das raças, e então as funções e propriedades do éter. Agora vamos para a terceira, onde vou explicar para vocês o que são os feitiços.

O QUE É UM FEITIÇO?

Por essência, feitiços são evoluções do uso do éter num nível muito aprimorado. Ou seja: Se poucos conseguem dominar as formas do éter devidamente, logicamente poucos serão capazes de aprender um feitiço. Feitiços são de rara presença nas pessoas deste mundo, mas aqueles que dominam um feitiço normalmente estão entre os postos mais poderosos deste mundo, mas... Como surge um feitiço?

De acordo com os escritos de Edgon Onaryan, um pesquisador entre os observadores, nós nascemos com predisposições em nosso éter. Ele teoriza que essas predisposições venham de nossos antepassados e podem ser refinadas com as experiências do indivíduo. Para explicar de um jeito mais simples, vamos supor que o fato do Adrian ser muito bom na forma da transfiguração se deva ao fato de seu pai também ser muito bom, mas ambos foram bons de modos diferentes pela influência de suas experiências pessoas. Edgon, que estudou diversos cadáveres enquanto médico, acredita que no cérebro existe uma parte específica para as criaturas mágicas responsável pelo uso do éter, que é logicamente mais evoluída nas raças. Localizada provavelmente na parte que conecta tanto o lado esquerdo quanto o lado direito do cérebro, sendo uma diferença muito sutil para o cérebro dos outros seres. Ele acredita que essa pequena parte do nosso cérebro, chamada Entrocampo esteja gravada toda a herança do nosso uso e afinidades futuras em éter, tal qual ele possui talvez em sua parte mais profunda e de difícil acesso, os feitiços. Isso seria algo que então justificaria a raridade dos feitiços, afinal, são uma parte muito específica e de difícil acesso.

Certo, já expliquei o que é um feitiço e como muitos dizem ser a razão de sua dificuldade, mas e a sua origem?

ORIGEM DOS FEITIÇOS

Edgon ainda focado no estudo dos feitiços busca entender como eles surgem, acreditando que eles não vieram por acaso. Pelo fato de não terem surgido por acaso, poderiam ser explicados por algo simples, evolução: Ele acredita que raças foram sobrevivendo através do esforço gerado em seus cérebros, pelo uso do éter se forçando mais e mais, e alguns nasciam com esta parte mais desenvolvida do cérebro do que outros. Eventualmente os que evoluíram mais foram os que conseguiram se reproduzir e dar continuidade a sua linhagem, sendo essa talvez a grande diferença entre criaturas e raças. Afinal, as criaturas foram postas em dominação pelas raças, mas o que explica então os feitiços? Como bem dito, a crença popular se baseia que os usuários de éter que tinham feitiços foram se reproduzindo até que essa parte surgisse no cérebro para que isso se tornasse algo mais simples, tal qual uma adaptação natural.

No entanto, isso não é tudo. Existem dois tipos principais de feitiços: os feitiços simples e os feitiços complexos, mas como eles surgem, como funcionam? É isso que vou explicar. 

FEITIÇOS SIMPLES:

Feitiços simples são determinados pelo pouco tempo de duração e capacidade de ser reutilizado várias vezes, mas não é possível dizer que um feitiço simples é tão bom assim. Geralmente, mesmo que reutilizado inúmeras vezes, isso leva o corpo para picos de cansaço e exaustão, onde o corpo se torna incapaz de permanecer em atividade após o uso constante. Eles podem ter efeitos diversos, como afastamento, fortalecimento, resistência, amplificação de regeneração, dentre outros. Edgon fez um teste, analisou dois usuários de éter diferentes: Um que apenas sabia as formas, e um outro que sabia as formas e o feitiço simples. Edgon reparou que o entrocampo dos dois pacientes eram diferentes, o do primeiro paciente era menor enquanto o do segundo paciente além de maior era melhor desenvolvido. No entanto, o seu entrocampo também era danificado pela constância do uso de feitiços simples, danificado e prestes a entrar em colapso. Três meses depois o paciente morreu por um AVC ocasionado ao utilizar um feitiço simples.

Feitiços simples não tem um grau de complexidade muito alto em suas ativações, apenas em aprendizado em domínios, mas carrega consigo efeitos relativamente simples: Existem feitiços simples para fortalecimento em segundos, para "boost" de velocidade, para aumentar a resistência por um curto período de tempo e para melhorar a regeneração. No entanto, poucos usuários de feitiços simples são capazes de utilizar mais de um feitiço simples por vez, mas não só isso, feitiços simples podem ser mais poderosos do que isso, como por exemplo: Existe um feitiço simples responsável por criar um domo de éter que repele qualquer ataque, e que logicamente, não é de rápida ativação.

Existem estudos que indicam que feitiços simples não são rápidos por terem sido criados para serem rápidos, mas sim pela incapacidade de os manter ativos por muito tempo sem sobrecarregar o entrocampo, e Edgon defende que se alguém se tornasse capaz de fazer isso sem morrer no processo, se tornaria um dos mais poderosos seres que já pisaram neste mundo.

Mas bem, compreendemos agora a parte do feitiço simples, mas que tal conhecer outro dos grandes tipos de poder?

FEITIÇOS COMPLEXOS

Já os feitiços complexos estão em outro nível, além de serem mais raros. Para usuários de feitiços complexos, o seu entrocampo é naturalmente um pouco maior e mais desenvolvido, permitindo que essa parte do cérebro possa ser acessada mais facilmente. Além disso, quem usa feitiços complexos tem maior resistência aos efeitos dos feitiços simples.

Mas afinal, o que é um feitiço complexo?

Dizem que feitiços complexos nascem conosco, mas isso está errado. O que nasce conosco é a capacidade de realizar um feitiço complexo. Os feitiços complexos muitas vezes vão se formando ao longo do tempo, e eu não sei determinar como eles surgem, nem mesmo Edgon sabia, mas eles tem algo a ver com a liberação de éter do usuário, suas emoções e suas experiências de vida. Não é à toa que os feitiços complexos sejam tão únicos.

Ops, eu não falei isso? Pois é, feitiços complexos são únicos de pessoa pra pessoa. Existem feitiços que podem parecer muito, mas nunca vão ser a mesma coisa e nem podem ser comparados de maneira alguma. Um feitiço complexo por exemplo é o de Skoren, ele concentra muito éter em sua mão e então libera o golpe numa velocidade de soco supersônico onde acontecem dois efeitos: O soco em direção ao alvo atinge tão rápido que é como se estivesse sendo atingido por uma arma de destruição em massa, no entanto, cujo impacto e poder de destruição é reservado para um ponto específico de seu corpo, mas isso não se vale para o ambiente ao redor. Ao atacar com tanta força e em tão pouco tempo, todo o ar ao redor esquenta atingindo temperaturas de 1000 graus celsius. Lendo assim parece horrível ser atingido pelo feitiço de Skoren, e realmente é, mas ele fez pactos para que sua técnica se torne mais poderosa e menos destrutiva, apesar de ainda ser bem destrutiva.

Existem outros exemplos de feitiços complexos, e todos eles são absolutamente incríveis ao seu modo. Para facilitar o uso de feitiços complexos, muitas vezes os seus usuários utilizam pactos de ativação, ou seja, para o feitiço funcionar é necessário parar de batalhar por um período de tempo e realizar uma frase de ativação qualquer para que seu poder seja liberto. Estudos comprovam que ao realizar este ato, o entrocampo sobrecarrega menos e a eficiência do feitiço aumenta. Alguns, no entanto, não utilizam disso. Fazem pactos de restrição de poder. Ele se divide em dois, o feitiço pré pacto e o feitiço pós pacto, onde o feitiço pré pacto tem metade do seu poder original mas após a frase de ativação o poder do feitiço praticamente duplica.  

CONSIDERAÇÕES FINAIS!

Bom, agora eu terminei de enfim explicar tudo aquilo que o éter propõe, mas este não é o fim do nosso encontro. Vamos vislumbrar e compreender agora uma parte essencial para o nosso mundo: Energia negativa e positiva, e não tem como eu ser objetiva nesta parte. Após explicar isso, então nós iremos partir para o final de nossas aulas com a explicação sobre a magia em nosso mundo.

Bem, muito obrigada, e até logo!