Capítulo nove

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— Para um cara que não acredita, você pareceu bem assustado. — Drew fala sarcásticamente para o policial.

— Foi só um ventinho.

— Engraçado, um ventinho nunca me deixou com aquela cara. — Natalie diz enquanto rouba maça de Drew dando uma mordida e logo em seguida devolvendo.

— Acredito no relógio, são 3:08. — Brad falou sério enquanto dava uma olhada rápida no relógio.

A casa dos Perron novamente estava envolta em um silêncio opressivo. As sombras projetadas pelas luzes dançavam nas paredes, e o ambiente estava carregado de uma tensão palpável. Natalie, exausta e nervosa, por um momento não percebeu o que estava fazendo, ela apenas se levantou sem falar nada e se direcionou ao porão. Embora houvesse um risco claro, ela sentia uma necessidade quase irracional de entender o que estava acontecendo.

Ela desceu lentamente as escadas do porão, segurando uma lanterna com a mão trêmula. O ar estava frio e úmido, e o cheiro de mofo preenchia suas narinas. A cada passo, o som dos seus pés ecoava, criando uma sensação inquietante de estar sendo observada.Natalie se deteve em frente a uma porta enferrujada que parecia ter sido esquecida há muito tempo. Com uma respiração profunda, ela empurrou a porta, que se abriu com um rangido assustador. A sala estava escura e coberta de poeira, com móveis antigos e cobertores rasgados espalhados pelo chão.

Enquanto ela avançava, a lanterna começou a piscar, e o medo começou a se instalar em seu coração. — Não, agora não, por favor. — Natalie suplicou enquanto batia em sua lanterna para que ela voltasse a funcionar devidamente.
De repente, a luz da lanterna piscou uma última vez antes de se apagar completamente, mergulhando Natalie na escuridão absoluta. Ela parou, tentando controlar a respiração acelerada, e começou a tatear o ar na tentativa de reacender a luz. O silêncio ao redor era interrompido apenas pelo som de seu próprio coração batendo forte.

O pânico começou a tomar conta dela quando ela ouviu um som sutil, como uma respiração pesada, vindo de algum lugar perto dela. Natalie engoliu em seco, seus olhos se ajustando à escuridão, mas não conseguindo distinguir nada claramente. O medo a envolveu, e ela deu um passo para trás, só para sentir algo gelado tocar seu ombro.

Ela gritou, um grito agudo e desesperado que ecoou nas paredes do porão. No escuro, ela não podia ver o que havia tocado ela, mas a sensação de algo frio e hostil foi o suficiente para fazê-la recuar instintivamente. Com um esforço tremendo, ela conseguiu reacender a lanterna, e a luz revelou uma sombra escura na parede à sua frente. Era uma figura indistinta, mas com um contorno claramente ameaçador.

Natalie girou rapidamente e começou a subir as escadas com uma velocidade desesperada. O som de passos pesados atrás dela aumentava, como se algo estivesse perseguindo-a. Seu coração estava disparado, e cada degrau parecia uma eternidade.

Quando finalmente emergiu do porão, batendo a porta atrás de si com um estrondo, ela estava ofegante e coberta de suor. Seus pais, que estavam na cozinha, e Drew, que estavam no escitório de Roger, correram em direção a ela, alarmados com o grito que ecoara pela casa.

— Natalie! — Drew exclamou, seu rosto pálido ao vê-la em tal estado.Natalie não conseguiu falar imediatamente, apenas balançou a cabeça e tentou recuperar a compostura. — Algo... algo estava lá embaixo. Não sei o que era, mas era... terrível.

Lorraine, com um olhar de preocupação, a envolveu em um abraço reconfortante. — Vamos tomar um ar querida.

Natalie se agarrou a Lorraine, enquanto Ed e Drew ajudavam a conduzi-la para fora da casa. O alívio do ar fresco fora da casa era um contraste marcante com o terror que ela havia experimentado dentro.

𝐄𝐂𝐇𝐎𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐅𝐄𝐀𝐑, THE CONJURINGOnde histórias criam vida. Descubra agora