Capítulo dez

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Depois do breve momento tranquilo entre Natalie e Drew, ele e os Perrons finalmente voltaram para a casa todos visivelmente felizes conversando entre si sobre como a tarde tomando sorvete foi divertida e ansiosamente esperando pela próxima

─ Obrigada Drew. ─ Natalie agradece fazendo Drew olhar para ela com uma sombrancelha arqueada, como e tentasse descobrir o motivo do agradecimento. ─ Sabe, por ter me tirado um pouco desse caos. Eu me sinto até um pouco melhor por ter passado o dia fora dessa casa e com você, é claro. ─ Natalie sorri para o amigo.

Drew então deixa de lado sua expressão confusa e transforma seu rosto em um sorriso gentil. Ele estava feliz porém ainda estava preucupado por causa do acontecimento com Natalie, ele queria respostas, então decidiu finalmente perguntar depois de suspirar pesadamente: ─ Por que você entrou no porão sozinha, Natalie?

Natalie surpresa com a pergunta, altera seu olhar para Drew e seus dedos que ela mechia nervosamente como se encontrasse o jeito certo de dizer aquilo para ele.

─ Eu não sei ao certo. ─ Natalie suspirou. ─ Talvez eu nem desejasse ter entrado naquele maldito porão. Era como se algo estivesse me forçando a explorar aquele lugar mesmo que eu não queira, sooa como uma voz na minha cabeça, Drew, e eu não consigo controlar ela. Agora que minha clarividência está mais aguçada, estou me tornando um alvo fácil para as entidades que habitam esta casa.

─ Esse porão não tem nada de bom, Drew, e eu tenho a sensação de que ainda acontecerão coisas lá dentro. ─ Natalie explica para Drew que absorve cada palavra com um olhar preocupado. Ele sentia um desejo enorme de proteger Natalie, assim como a protegeu nos últimos anos em diversos casos, com medo de qualquer coisa ruim acontecer com ela.

─ Escute Natalie. ─ Drew levanta a cabeça de sua amiga fazendo ela olhar nos fundos dos olhos do mesmo. ─ Você não está sozinha nessa, eu mantive minha promessa de te manter segura por mêses, e isso vai continuar, você vai ter que lutar com esses demônios, mas você não vai estar lutando soinha, eu vou estar com você sempre que precisar, não importa o que aconteça.

Natalie sorri gentilmente para seu melhor amigo, as palavras dele fazendo suas bochechas esquentarem, seu coração também acelerando pela proximidade dos dois. ─ Eu admiro isso, Drew. ─ Natalie tira as mãos de Drew do seu rosto e aperta suas mãos como um gesto de afeto. ─ Eu admiro muito...

(...)

Lorraine, Ed e os demais agora estavam reunidos na sala, enquanto as meninas estavam deitadas nos colchões no chão. No escritório de Roger, que era ao lado, Drew estava sentado junto com Brad perto dos equipamentos, enquanto Carolyn, Roger, Lorraine, Ed e Natalie estavam sentados no sofá e nas poltronas dentro do escritório.

─ Preciso pegar mais café. ─ Brad diz olhando para sua xícara agora vazia. ─ Você quer?

─ Não, obrigado ─ Drew responde com desinteresse voltando a fazer o que estava lhe entretendo.

Brad então com um suspiro se levantou de seu assento e se direcionou para cozinha para pegar mais uma dose de café. A casa estava estranhamente silenciosa, nenhum barulho, nenhuma porta se fechando sozinha, nada. E isso era a pior coisa.

Brad despeja seu café em sua xícara, em seguida colocando a cafeteira no mesmo lugar que estava, vitando deixar bagunça na casa. De repente, enquanto Brad colocava o açúcar, Brad escutou o sino de vento de Cindy balançar fora da casa, Brad estranhou pois não havia vento aquela noite, caso houvesse, o sino estaria balançando a muito mais tempo.

Quando Brad foi até as janelas para dar uma olhada, a cadeira começou a desacelerar, finalmente parando de balançar.

"Olha o que ela me fez fazer", a voz de uma mulher sussurra fazendo Brad se arrepiar completamente. Brad franziu a testa e foi até a porta dos fundos, acendeu uma luz e abriu uma das duas portas com força para não encontrar nada. Em um instante, o sino de vento parou, e sem que Brad percebesse, a fechadura da porta começou a fazer movimento minúsculos, tentando trancar Brad para fora da casa. No entanto, Brad entrou para dentro antes que a ação fosse feita. Ele então fechou as duas portas antes de recuar, ainda de frente para porta. Ao fazer isso, ele passou pela lavanderia, que revelava uma mulher vestida de empregada, que levantava seus pulsos para mostrar os cortes profundos com um caminho de sangue que escorria de seus pulsos até a palma de suas mãos. Brad engasgou em choque com o aparecimento repentino da mulher que estava pálida, e parada na lavanderia.

𝐄𝐂𝐇𝐎𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐅𝐄𝐀𝐑, THE CONJURINGOnde histórias criam vida. Descubra agora