ℰ𝓈𝒸𝑜𝓁𝒽𝒶 𝒞𝑒𝓇𝓉𝒶

33.

EMMA CONWAY

Acordei, sentindo minha cabeça pesada, a ressaca por conta da bebedeira de ontem à noite cobrando o seu peso. Abracei o travesseiro que tinha um cheiro gostoso que reconheceu imediatamente.

Cheiro do James. Misturado com o meu.
E cheiro de sexo. Do sexo perfeito.
Do nosso sexo.
Que era definitivamente único e implacável.

Quando finalmente decidimos ir embora, viemos para a sua casa. Fizemos mais uma quantidade absurda de sexo e não paramos até sentirmos nossos corpos exaustos e destruídos.

Abri os olhos vagarosamente, sentindo um cheiro de café entrar pelo quarto e passos se aproximando de onde eu estava deitada. James se sentou meu lado, com uma caneca na mão e a outra passou pelo meu rosto, de onde tirou uma mecha do meu cabelo e acariciou minha bochecha.

Sentei-me corretamente, cobrindo meu corpo com o lençol e ajeitando minha postura. Ele estendeu a caneca na minha direção; aceitei.

— Obrigada — agradeci.

— Não precisa agradecer — disse, vendo eu assoprar o líquido fumegante, fazendo-me soltar uma risadinha.

— Por que está me olhando desse jeito? — perguntei, sorvendo um gole do café.

— Como consegue ficar ainda mais linda a cada vez que eu te vejo?

Senti minhas bochechas corarem, uma queimação no peito, se enchendo de felicidade e amor.
— Não diz essas coisas — falei após beber um pouco do café.

— E por que não?
— Me deixa com vergonha.
— É apenas a verdade.

Meu sorriso cresceu ainda mais. Era incrível como eu sempre estava sorrindo com ele por perto.
Terminei o café em poucos goles, estava uma delícia, bem do jeito que eu gostava, bem docinho.

James pegou a caneca das minhas mãos, colocando-a na cabeceira e se aproximando com as íris presas nas minhas, fazendo o ar se travar nos meus pulmões. Ele mexia tanto comigo que me deixava afetada com um mínimo gesto e uma troca de olhares.

Ele se colocou entre as minhas pernas, fazendo-me recuar e deitar na cama. Começou a beijar o meu pescoço, tirando o meu raciocínio. Passei a mão pelas suas costas, nuca e cabelo.

— Não sei o que quer com isso, mas não pare — sussurrei, prendendo-o mais a mim.

— Sinto em te decepcionar e a mim mesmo, afinal, queria continuar com isso tanto quanto você, mas temos um compromisso hoje — falou, abafado contra a minha pele.

Aquilo chamou a minha atenção. Empurrei seu corpo um pouquinho para longe para que olhasse nos meus olhos.

— Qual compromisso? — queria saber.

Ele se posicionou nos antebraços, ajeitando os fios que caíram no meu rosto.
— Lembra da supresa que disse ontem?

— Não esqueceria por nada, dã — ri, fazendo carinho na sua barba por fazer.

— É claro que não — deu um selinho na minha boca. — Então, com fome? Fiz café da manhã.

Resmunguei quando saiu de cima de mim. Tanto pela falta do calor do seu corpo quanto pela sua falta de informações sobre essa tal surpresa.