¹⁴𝗗𝗲𝗰𝗹𝗮𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗥𝗲𝗷𝗲𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼

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O tempo passava, e a tensão entre Emma e Snape continuava a crescer. Snape, cada vez mais ciente de seus sentimentos e de como suas ações passadas haviam afetado Emma, decidiu que era hora de se abrir completamente. Ele sabia que não poderia mais adiar a necessidade de confessar seus sentimentos e buscar um tipo de resolução.

Em uma noite calma, quando a escola estava silenciosa e apenas o som ocasional de passos nos corredores podia ser ouvido, Snape encontrou Emma em seu quarto. O ambiente estava imerso em uma luz suave, criando uma atmosfera de introspecção e quietude.

— Emma, — começou Snape, sua voz carregada de um tom solene e vulnerável, — há algo que preciso dizer a você.

Emma olhou para ele com um olhar cansado. As palavras de Snape, já esperadas e temidas, causavam uma sensação de tensão em seu interior. — O que é? — perguntou ela, tentando manter uma expressão neutra.

Snape se aproximou, seu olhar fixo e intenso. — Eu... eu preciso pedir perdão. Sinto muito por ter te manipulado e controlado. Meu comportamento foi injusto, e eu entendo a dor e a amargura que causei. Eu quero que você saiba que, apesar de tudo, o que eu sinto por você é real. Eu... eu amo você.

Ele esperou pela reação de Emma, seu coração batendo mais rápido com a vulnerabilidade de sua confissão. Para ele, essa era uma tentativa de buscar não apenas o perdão, mas também a chance de mostrar a ela que seus sentimentos eram verdadeiros.

Emma, no entanto, ouviu as palavras de Snape com um olhar frio e distante. O impacto das palavras de Snape era evidente em sua expressão, mas não da maneira que ele esperava. A resposta dela era uma mistura de frieza e desilusão, seu coração fechado para qualquer tipo de sentimento.

— Amor? — Emma respondeu com um tom de incredulidade e ceticismo. — Não há mais espaço para o amor na minha vida. Eu não consigo mais acreditar nisso. O que você sente pode ser real para você, mas não pode mudar o que eu passei.

Ela se levantou, sua postura rígida e determinada. — O amor... é uma ilusão para mim agora. É apenas uma palavra vazia. Não posso e não quero acreditar nele novamente. Nunca mais.

Snape ficou em silêncio, a dor e o arrependimento claros em seu rosto. O que ele esperava ser um passo em direção à redenção se transformou em uma rejeição direta e dolorosa. A frieza nas palavras de Emma era um reflexo da barreira emocional que ela havia construído ao longo dos meses.

— Entendo, — disse Snape finalmente, sua voz carregada de uma tristeza silenciosa. — Se isso é o que você sente, eu não posso forçá-la a sentir o contrário. Só quero que saiba que, mesmo que não possamos mudar o passado, eu estou aqui para fazer o que posso para ajudar você a encontrar algum tipo de paz.

Emma deu um último olhar para ele, a expressão firme e implacável. — Paz? Talvez. Mas não será encontrada através de ilusões ou palavras vazias. Não há espaço para amor na minha vida. Nunca mais.

Com essas palavras finais, Emma se afastou, voltando para seus próprios pensamentos e solidão. Snape, apesar da dor que sentia, percebeu que, apesar de seus sentimentos sinceros, a barreira que Emma havia erguido era impenetrável. A ideia de reconstruir o que havia sido quebrado parecia quase impossível.

Enquanto a noite avançava, Snape deixou o quarto de Emma com um sentimento de derrota e uma compreensão dolorosa da profundidade da desilusão dela. Ele sabia que o caminho para redimir sua relação e curar as feridas que causou era mais longo e complexo do que ele havia imaginado.

Emma, por sua vez, se sentou sozinha em seu quarto, mergulhada em um silêncio introspectivo. A rejeição de Snape e a intensidade de seus sentimentos só serviram para reafirmar sua convicção de que o amor não tinha lugar em sua vida. O vazio que ela sentia era profundo, e as palavras de Snape, embora sinceras, não conseguiram penetrar a camada de frieza que ela havia criado como proteção.

A jornada de Emma e Snape continuava, marcada por uma luta constante entre o desejo de conexão e a dura realidade das feridas emocionais. O futuro estava cheio de incertezas, e o caminho para a recuperação e o entendimento parecia ser um desafio longo e árduo.




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