⁰¹𝗝𝗮𝗿𝗱𝗶𝗺 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼

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A tarde estava cinza e úmida, mas isso não impediu Emma Carter de se dirigir ao portão dos fundos de Hogwarts com um ar decidido. A Grifinória sempre tivera seu quinhão de alvissareiras e bravura, mas Emma, com sua franja castanha desarrumada e o brilho no olhar, era um tanto diferente. Sua paixão era a Poção, uma paixão que a fazia se destacar, especialmente por seu interesse e dedicação para com o Professor Severus Snape.

Emma havia sido uma das poucas alunas a passar horas a mais no laboratório, misturando ingredientes e estudando os antigos manuscritos de poções. Snape tinha notado sua dedicação e, com um misto de surpresa e desconfiança, começou a permitir que ela o acompanhasse em alguns dos seus projetos mais secretos.

Hoje, ela estava em uma missão especial. O Professor Snape lhe havia dado uma tarefa: encontrar uma erva rara que só crescia em uma parte esquecida dos jardins de Hogwarts. Era uma tarefa arriscada e desafiadora, algo que poderia ser facilmente negado a uma aluna comum. Mas Emma não era uma aluna comum.

O jardim secreto, como era conhecido, estava escondido por uma série de feitiços de camuflagem e proteção. Era uma área que poucos conheciam e menos ainda haviam explorado. Ao atravessar o portão enferrujado e se deparar com o labirinto de vegetação densa e folhas úmidas, Emma se sentiu como se estivesse pisando em um território mágico e misterioso.

Ela avançava com cuidado, lembrando-se das instruções detalhadas de Snape sobre como reconhecer a erva. A busca a levou a um canto do jardim onde a vegetação estava mais selvagem e os caminhos mais estreitos. A erva era um tipo de musgo com propriedades poderosas, usado em uma poção de cura antiga. Snape precisava dela para um experimento crucial, e Emma queria mostrar a ele que era digna de sua confiança.

Após um longo tempo de busca, Emma finalmente encontrou o musgo escondido sob uma camada de folhas secas e galhos. Sentindo uma onda de satisfação, ela cuidadosamente colheu a erva e a colocou em um pequeno frasco encantado para garantir sua preservação.

Quando voltou ao laboratório de Snape, estava ansiosa para mostrar seu sucesso. O Professor Snape estava em seu lugar habitual, atrás de uma mesa coberta por frascos e pergaminhos. Ao ver Emma entrar com um sorriso triunfante, seu olhar de aprovação foi quase imperceptível, mas Emma percebeu.

— Excelente trabalho, Srta. Carter — disse Snape, seu tom formal, mas com uma nota de reconhecimento. — Parece que sua dedicação realmente valeu a pena.

Emma sentiu um calor de orgulho se espalhando por ela. Sabia que, para muitos, Snape era um enigma, um professor temido e enigmático. Mas para ela, ele era alguém que via além das aparências, que reconhecia a verdadeira paixão e dedicação.

— Obrigada, Professor. — Emma respondeu, seus olhos brilhando com um misto de alívio e alegria. — Espero que o musgo seja útil para o experimento.

Snape olhou para ela com um olhar que misturava avaliação e algo que se assemelhava à gratidão. Emma sabia que seu esforço tinha sido reconhecido e que, de alguma forma, havia criado um laço especial com o professor.

— Certamente — disse ele, começando a examinar o frasco com a erva. — Sua habilidade e comprometimento são exatamente o que este laboratório precisa. Continue assim, e talvez você tenha um futuro brilhante na arte das poções.

Emma saiu do laboratório com um sentimento de realização, não apenas por ter cumprido a tarefa, mas por ter conquistado algo ainda mais valioso: o respeito e a confiança de um dos bruxos mais complexos de Hogwarts.

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