⁰⁴𝗗𝘂𝘃𝗶́𝗱𝗮𝘀 𝗥𝗲𝘃𝗲𝗹𝗮𝗱𝗼𝗿𝗮𝘀

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O dia seguinte à missão no portal foi marcado por uma tensão desconfortável para Emma. Ela havia retornado a Hogwarts exausta, mas ainda com a sensação de realização por ter ajudado Snape em sua tarefa. No entanto, seu entusiasmo logo se escondeu quando encontrou Rony e Hermione esperando-a no refeitório, suas expressões preocupadas.

— Emma, precisamos conversar — disse Hermione, o tom grave. — Não gostamos nada do que aconteceu ontem à noite. O Professor Snape não é quem você pensa que é.

Emma, que estava de volta ao ambiente acolhedor do refeitório, tentou ignorar a inquietação. Sua felicidade estava em alta, e a última coisa que queria era ouvir críticas sobre Snape. Mas ao ver a expressão sincera de preocupação nos rostos dos amigos, sua atitude mudou.

— O que vocês querem dizer? — perguntou Emma, tentando manter a calma. — Snape me ajudou a fazer algo importante. Eu confio nele.

Rony olhou para ela com frustração. — Confia nele? Emma, você não percebe que ele está usando você? Aquela tarefa foi perigosa, e ele não estava nem um pouco interessado na sua segurança. Só queria o artefato para seus próprios planos.

— Não é verdade! — Emma respondeu, a voz elevada. — Snape é um grande professor e ele viu algo em mim. Ele me confia para tarefas importantes. Eu só estou tentando fazer o melhor para ele, e vocês não têm ideia do que estão falando.

Hermione suspirou e tentou uma abordagem mais calma. — Emma, sabemos que você está apaixonada por ele, mas isso está ofuscando seu julgamento. Há coisas estranhas acontecendo, e a forma como ele te trata não é normal. Você precisa olhar com mais clareza.

Emma sentiu uma onda de raiva e desilusão. O que seus amigos estavam sugerindo era quase uma traição à sua própria crença e sentimentos. Ela se levantou, os olhos brilhando de lágrimas de frustração.

— Vocês não entendem nada! — exclamou. — Eu amo Snape, e ele me mostrou um lado de si que vocês nunca verão. Eu confio nele mais do que confio em qualquer um de vocês. Não posso simplesmente ignorar isso!

Rony e Hermione trocaram olhares preocupados, vendo que suas palavras não estavam surtindo efeito. Hermione tentou mais uma vez, sua voz carregada de preocupação.

— Emma, não estamos tentando te afastar de Snape, mas estamos com medo por você. Por favor, tome um tempo para refletir e considere o que estamos dizendo. Não é só sobre o que você sente, mas sobre sua segurança e bem-estar.

Emma balançou a cabeça, recusando-se a ouvir mais. — Eu preciso ir — disse ela, sua voz fria e decidida. — Vou seguir o que meu coração me diz.

Com isso, ela se afastou, deixando Rony e Hermione para trás, ainda preocupados e sem saber como ajudar sua amiga. Emma estava determinada a ignorar as preocupações deles, agarrando-se à sua fé inabalável em Snape e na conexão que acreditava ter com ele.

À medida que os dias passavam, Emma continuava a se dedicar às tarefas que Snape lhe dava, cada vez mais envolvida em seus planos. Sua relação com os amigos se deteriorava à medida que ela se afastava, mais imersa em sua própria ilusão.

Snape, por sua vez, parecia ainda mais distante e focado em seus próprios objetivos. Emma não via que, ao se afastar dos amigos e ignorar suas advertências, estava se colocando em um caminho cada vez mais perigoso. Sua devoção a Snape a cegava para a verdadeira natureza de seus atos e intenções.



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