Três meses haviam se passado desde o incidente com a poção da morte. A rotina de Emma continuava a ser marcada pela submissão, mas havia uma mudança sutil no comportamento de Snape. Ele parecia começar a desenvolver uma afeição complexa por Emma, um sentimento misturado de preocupação e respeito. No entanto, essa mudança não tinha o efeito desejado sobre Emma, que se tornava cada vez mais amarga e emocionalmente desolada.
No laboratório, Snape frequentemente oferecia elogios sinceros sobre o trabalho de Emma, embora seu tom ainda mantivesse a característica autoridade. Ele fazia um esforço consciente para ser mais justo e compreensivo, e havia momentos em que seu olhar mostrava uma expressão de preocupação genuína.
— O trabalho na poção de ontem foi particularmente bom — disse Snape em uma tarde, seu tom um pouco mais caloroso do que o habitual. — Continue assim.
Emma, no entanto, não reagiu com o entusiasmo que ele esperava. Seu olhar era vazio, e a resposta foi um mero aceno de cabeça. A satisfação que um dia ela poderia ter sentido com um elogio estava desaparecida, substituída por uma sensação profunda de apatia.
Snape notou que Emma estava se tornando cada vez mais silenciosa e reservada. Ela passava grande parte do tempo em um estado de introspecção, sua atitude amarga e distante se tornando uma constante em sua vida diária. Ele tentava conectar-se com ela de maneiras diferentes, oferecendo uma conversa ocasional e permitindo momentos de descanso um pouco mais longos, mas nada parecia penetrar a camada de desânimo que envolvia Emma.
Uma tarde, enquanto Snape observava Emma trabalhando, ele a viu hesitar diante de um pergaminho de pesquisa. Seus olhos, que antes brilhavam com curiosidade e entusiasmo, estavam agora opacos e desinteressados.
— O que há de errado? — Snape perguntou, aproximando-se com uma expressão de preocupação.
Emma levantou os olhos, um olhar frio e desolado no rosto. — Nada, professor. Só estou tentando entender por que continuo fazendo isso. Nada parece ter sentido.
Snape, sem saber como responder, sentiu um pang de culpa. Ele estava começando a perceber que sua própria abordagem havia contribuído para a amargura crescente de Emma. Embora ele não pudesse mudar o passado, tentava encontrar uma maneira de alcançar algo positivo a partir da situação atual.
No entanto, a tristeza de Emma não se limitava apenas ao laboratório. Seus momentos de liberdade, que uma vez ofereceram uma pequena fuga, estavam se tornando igualmente vazios. Em suas visitas à biblioteca ou ao jardim, ela se via incapaz de encontrar prazer nas coisas que antes a fascinavam.
Durante uma das suas sessões em que Snape permitia que ela passasse algum tempo fora do laboratório, Emma se sentou sozinha no jardim, observando o ambiente ao seu redor sem realmente ver. As cores das flores e o canto dos pássaros, que um dia poderiam ter despertado uma sensação de paz, agora pareciam irreais e distantes.
Em uma tarde chuvosa, quando Snape entrou no jardim para ver como Emma estava, ele encontrou-a encolhida sob um pequeno abrigo, o olhar perdido e distante. Ele se aproximou, com a intenção de oferecer algum tipo de conforto.
— Emma, você não parece bem. — O tom de Snape estava carregado de uma preocupação que ele não havia demonstrado com tanta clareza antes. — Alguma coisa está te incomodando?
Emma olhou para ele, a frieza em seu olhar quase palpável. — Eu não sei mais o que estou fazendo aqui. Nada tem importância. Não há mais sentimento, só uma sensação de vazio.
Snape ficou em silêncio, lutando para encontrar as palavras certas. Ele se sentou ao lado dela, tentando transmitir uma presença de apoio sem pressioná-la para falar mais do que estava disposta. A afeição que ele estava começando a sentir por Emma estava se tornando uma preocupação constante. Embora ele tivesse tentado ser mais gentil, parecia que isso não era suficiente para curar o profundo desespero que ela sentia.
Emma se recostou na cadeira, seu corpo e mente parecendo estar em um estado de desolação total. A amargura que havia desenvolvido ao longo dos meses tornou-se uma parte dominante de sua personalidade, e qualquer tentativa de Snape de suavizar sua situação parecia quase fútil diante da profundidade de sua desilusão.
Com o tempo, Snape percebeu que, apesar de suas tentativas de ser mais compreensivo e amável, o impacto de sua manipulação e controle não poderia ser facilmente desfeito. A relação entre eles, marcada por um misto de afeição e amargura, refletia um conflito interno crescente em Emma e uma luta desesperada de Snape para encontrar uma solução que pudesse trazer alguma forma de alívio para sua protegida.
Enquanto os dias se passavam, a situação de Emma continuava a ser um ciclo de tristeza e resignação, com Snape lutando para entender como poderia efetivamente alcançar uma mudança positiva. O caminho à frente era incerto, mas tanto Emma quanto Snape estavam à mercê das complexas emoções e desafios que se desenrolavam entre eles.
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Espero que tenham gostado 🤭
Beijinhos da autora 😘
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𝐓𝐄𝐀𝐂𝐇𝐄𝐑'𝐒 𝐏𝐄𝐓
FanficEmma Carter foi transferida para hogwarts em seu 6⁰ ano sendo uma dedicada aluna da grifinória, emma começa a ver seu professor com outros olhos, e ele aproveita dessa situação também para manipular os sentimentos dela. 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎: Todos os person...