XV. Lar

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Não tenho medo de viver em uma linha de falha, porque nada nunca me abala, nada me faz chorar, nem um avião caindo em um oceano e me afogando, assistia o mundo do lado de fora, não tinha nada a provar até que você entrou na minha vida dando-me alg...

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Não tenho medo de viver em uma linha de falha, porque nada nunca me abala, nada me faz chorar, nem um avião caindo em um oceano e me afogando, assistia o mundo do lado de fora, não tinha nada a provar até que você entrou na minha vida dando-me algo a perder

~ Phoebe Bridgers












— Oi pai — Disse assim que notou que ele estava acordando.

Ela não havia se preparado para esse momento de modo algum e ela não tinha certeza se melhorava ou piorava estar de fato sozinha com ele naquele quarto já que havia convencido Jordan há não muito tempo para ir descansar um pouco na casa dela, o que custou muito esforço e muitas orientações sobre o que fazer se alguém na portaria causasse problemas ou Maria e Phillip, mas por fim conseguiu convencer.

— Oi Rhiannon,  eu não achei que estaria aqui — Ele declarou.

— Eu sou a única pessoa que você tem, é claro que eu estaria aqui — Respondeu como se fosse óbvio.

— Você me salvou.

Ele claramente não achava que isso era algo que pudesse fazer e ela não se sentiu ofendida porque também não esperava ter feito, ele era a última pessoa que ela salvaria se realmente fosse uma escolha.

— Não exatamente, eu me vinguei e isso é muito diferente, meus poderes são muito mais sobre atacar do que ser capaz de salvar alguém você sabe disso — Ela pontuou.

— Eu devo ser realmente um merda pra você achar que me salvar te faz uma pessoa ruim — Ele comentou com resignação — Não faz — Ele acrescentou por último. 

Era ridículo o quanto tinham uma relação fodida o suficiente para que nem mesmo num momento como aquele existisse espaço para sentimentos genuínos, viviam nessa eterna postura passivo agressiva ou de falsa calmaria onde tudo que na verdade queria ser capaz de dizer é que teve medo de perdê-lo, apesar de tudo. Mas ela jamais diria.

— Mas se servir de alguma coisa Evelyn não era nenhum anjo eu juro, se minha palavra valer alguma coisa pra você.

Ela não demonstrou qualquer reação a fala.

— Talvez você devesse ter me deixado morrer eu não vou discutir isso, mas ela teve o final que merecia — Ele declarou e pareceu realmente sincero na fala.

Mas ela percebeu que ele não estava disposto a contar o que aconteceu para ele ter sido atacado daquela maneira, ela sabia que poderia tentar obriga-lo a contar e que naquela equação ele provavelmente era um elemento pior do que Evelyn supostamente era, mas talvez ficasse mais suportável se não buscasse respostas.

— Sua mãe disse alguma coisa? Entrou em contato? 

Era algo raro, realmente raro, mas naquele momento pôde sentir humanidade nele pela maneira que perguntou pela ex-mulher e foi só por isso que ela decidiu mentir, nem mesmo ele merecia saber que ela não dava a mínima.

𝐏𝐚𝐫𝐭𝐧𝐞𝐫𝐬 𝐢𝐧 𝐂𝐫𝐢𝐦𝐞 || 𝐉𝐨𝐫𝐝𝐚𝐧 𝐋𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora