Capitulo quarenta.

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Richard's Pov

── Você está se escutando Jordana? — eu perguntei novamente com os olhos cheio de lágrimas.

── Nesse exato momento eu não estou amando nem a minha própria vida. Como que eu posso amar alguém se eu não me amo? — ela perguntou e eu neguei com a cabeça. Aos poucos as pessoas que estavam ali iam nos deixando sozinhos para que pudéssemos conversar. ── A única coisa que eu penso agora é que eu estou ficando maluca, eu estou louca Richard!

── É o meu sonho ter um filho com você, eu queria que você estivesse tão animada quanto eu fiquei quando vi. É uma criança Jordana! — falei mais baixo, me aproximando dela aos poucos para tentar entender.

── Acha que eu não quero a amar? Acha que eu estou feliz por não sentir nada por um ser tão pequeno? Você mais do que ninguém sabe que eu amo crianças... além disso, eu vim dizer que vou começar a fazer terapia e...

── Terapia? Jordana o que você está falando? — perguntei enquanto levava as mãos até o rosto dela.

── Eu tô ficando maluca, o Lucas me perturba todos os dias, todos os dias eu lembro... todos os dias eu sinto as mesmas dores. Eu não posso fazer isso com você. — ela respondeu e eu a olhei sem entender.

── Por favor, explica devagar! Vamos sentar mas preciso que fique calma. — pedi enquanto ela se sentava na mesa, levando as mãos até a caixinha com o anúncio da gravidez, essa qual eu desejei desde que percebi minha paixão por ela. Coloquei um pouco de água em um copo e levei a ela.

── Eu pensei muito e pedi conselhos. Eu vou ter sim esse filho porque quero aprender a amar ele, então assim que descobri eu disse que queria ajuda psicológica, eu não perdoaria nada do que ele me fez e eu tenho medo. Eu amo você, mas você desconfia de mim e as vezes fala igual o Lucas. — eu paralisei, ela estava chorando sem parar enquanto eu tentava a acalmar.

── Deixa eu te ajudar também, eu amo tanto você que... eu não posso te deixar ainda mais sabendo que carrega um filho meu. — respondi.

── Eu estou com medo, estou assustada. Me desculpa por falar com você desse jeito, me desculpa se eu fiz algo errado por favor, me desculpa. Eu só quero ser sincera com você! — ela respondeu e eu senti meu coração acelerar, ela estava diferente e eu também estava.

Sem falar nada, eu à abracei e deixei que ela chorasse em meu peito, senti suas lágrimas molhando minha camiseta branca e eu ao menos reclamei daquilo, eu estava disposto a cuidar dela e daquela criança, não iria os deixar e até mesmo iria a acompanhar nas consultas, tanto sobre a gravidez quanto a terapia.

── Olha pra mim! Eu te amo, deixa eu cuidar de vocês dois? Deixa eu te ajudar? — pedi e ela olhou em meus olhos ainda chorando.

── Como vai me ajudar? — ela perguntou e eu soltei um sorriso fraco.

── Primeiro de tudo não vou te deixar sozinha, você é o meu sonho. Vocês dois são o meu sonho, eu sei que é a pessoa certa e eu sei o que eu quero com você, eu só preciso de vocês! — meus olhos estavam fixos nos dela, deixei um selar em seus lábios e sequei suas lágrimas com o polegar. ── Quer começar do começo?

── Começar do começo? — ela perguntou e eu sorri para ela.

── Namora comigo que eu te mostro o que é o começo! — ela me olhou com os olhos arregalados enquanto fungava e soluçava por causa do choro.

── Namorar com você?

── Isso, namora comigo? Eu quero te fazer bem, quero te ajudar porque eu te amo e eu queria ser pai de um filho seu. Tem noção do quanto me fez feliz com essa gravidez? Você só precisa me dizer um sim e eu prometo sorrir para você todos os dias, desde quando acordarmos até quando formos dormir. Eu prometo te amar todos os dias e prometo te fazer uma mulher feliz. Não vamos deixar nosso amor acabar, eu morreria se isso acontecesse. — meus olhos estavam presos nela e eu suspirei acariciando seu rosto enquanto ela ainda se recuperava daquele choro enquanto com toda certeza as pessoas do lado de fora se mordiam de curiosidade.

Convite de casamento  | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora