Capítulo cinquenta e quatro.

164 25 38
                                    

Mariana's pov

── Pelo amor de Deus toma cuidado. — pedi ao ver ela subir no caixote. Eu e Amanda estávamos ali em volta para que ela se apoiasse na gente de alguma maneira.

── Não está achando nada de sinal. Essa janela vai para algum lugar? — Jordana perguntou, era uma janela pequena mas que passaria facilmente uma mulher grávida por ali.

── Eu não sei, minha mãe que mexe nessas coisas do porão, eu quase nunca venho aqui. — respondi e Amanda ajudou Jordana a descer.

── A gente vai ter que descobrir, não tem como a gente ficar aqui. — Amanda falou e escutamos barulhos de passos. Escondemos o celular no fundo de um dos caixotes e Jordana se sentou no chão, fazendo eu e Amanda nos sentar junto com ela.

── Eu vim trazer uma água pra vocês, a Jordana não pode ficar sem se hidratar se não o nosso Caio ou nossa Isabella não sobrevive. — ele dizia se aproximando da jogadora de vôlei, enquanto eu e Amanda ficávamos caladas. ── Mais tarde eu venho trazer um lanche, meus amores.

Esperamos Lucas sair e ficamos sentadas por um tempo, respirando fundo como se tivéssemos acabado de passar por uma blitz e uma de nós estivesse bebada. Amanda foi a primeira a se levantar, andando até a janela.

── Tem um lago atrás da sua casa? — ela perguntou baixo.

── É uma piscina, acho que você precisa de óculos urgente. — eu disse a Amanda mostrou o dedo do meio para mim.

── Vocês compraram essa casa? — Jordana me perguntou com a sobrancelha arqueada, me fazendo relembrar da época da construção.

── Na verdade não, minha mãe mandou construir, ela disse que queria casa estilo americana, ela não brincou nesse quesito, fez até porão. — expliquei e vi Amanda ali mexendo na janela.

── Eu quero saber se vocês realmente vão querer sair por aqui. — ela falou e eu e Jordana nos entreolhamos.

── Óbvio que vamos, não podemos ficar aqui. — respondi e me aproximei, tínhamos que pensar bem como iríamos passar por ali e seguir um rumo, eu estava com raiva de ter que sair da minha própria casa por causa de um maluco.

── Espera, eu consegui, consegui sinal. — ela dizia mexendo no celular enquanto tinha os braços para fora por meio daquela janelinha, eu estava com sede mas me recusava a beber algo vindo de Lucas.

Ficamos apreensivas enquanto Amanda tentava algum contato, ela parecia mandar mensagem a James e também a outras pessoas, mas nada adiantava, até que Jordana pediu para que ela descesse e entregasse o celular a ela. Novamente Jordana subia naqueles caixotes e eu e Amanda ficávamos apreensivas, precisávamos ficar de olho caso Lucas aparecesse ali.

── Que merda... — Jordana reclamou. ── Amanda, o James, ele conseguiu responder... posso escrever a mensagem? — Jordana perguntou eufórica enquanto Amanda logo afirmava.

Ela escreveu rápido, talvez não com mínimos detalhes. Ficamos esperando ela ali em baixo, e assim ela desceu entregando o celular para a colombiana, que guardou ele na cintura após colocar no silencioso e cobrindo com a camiseta mais larga. Agora estávamos andando de um lado a outro, Jordana respirava fundo e acariciava a barriga grande enquanto esperávamos um sinal de algo que nos fizesse ter esperanças, mais do que já estávamos tendo.

── É menino ou menina? — perguntei olhando para Jordana, ela deu um sorriso fracos

── Eu ainda não sei... nós chamamos ele ou ela de sementinha. A sementinha se recusa a abrir as perninhas para vermos o sexo. — ela respondeu olhando para a própria barriga. ── Sabe, quando eu descobri que estava grávida, o James estava lá comigo... eu sempre olhei para ele como um irmão, ele me levou ao médico e quando eu soube... — Jordana suspirou, dessa vez se sentando em um dos caixotes. ── Quando eu soube eu quis morrer. Eu e Richard havíamos acabado de discutir por causa do James e de gabigol.

Convite de casamento  | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora