Convite de casamento | Richard Ríos

Capitulo sessenta e sete.

Jordana's pov

── Por que está tão nervosa assim? — Gabi me perguntou enquanto eu terminava de arrumar minhas malas. Eu estava me preparando para voltar para o Rio de Janeiro.

── Eu estou ansiosa para voltar a jogar! — comentei, vendo Endrick brincando com Gaston, enquanto Richard entrava e saía do closet, arrumando as coisas dele para ir comigo.

── E por que o Richard vai também? — Endrick perguntou. A única coisa que eu sabia era que aquele assunto havia rendido uma pequena discussão entre nós dois. Eu não podia obrigá-lo a ficar no Palmeiras, e já não sabia se ele estava saindo porque queria ou se era por não querer ficar longe de mim.

── Porque vou ficar longe da minha mulher por um tempo. Quero aproveitar meus dias de folga com ela no Rio. — Richard respondeu, e eu suspirei.

── Tem certeza de que é só isso? — Endrick perguntou novamente.

── E o que mais seria? — foi a vez do colombiano responder com outra pergunta.

── Não sei... Vai que você aceitou a proposta da urubuzada. — Eu fiquei calada, querendo me afastar de toda aquela conversa.

── Eu não vou mentir para você, estou indo e vai ter uma conversa... Vocês têm que entender que eu não posso deixar a Jordana sozinha com a sementinha. Eu não quero perder a infância dele. — Ríos fechou sua mala, e eu suspirei, esboçando um sorriso.

── Maldita hora que você foi aparecer, hein? Lambisgoia, megera, biscate, baranga, patife.

── Já acabou ou tem mais algum xingamento? — Eu ri, vendo Richard pegar Gaston de volta.

── Eu não estou lembrando do resto, mas uma hora eu lembro. — Ele comentou, e rimos. O voo seria naquele mesmo dia, e Richard estava bem animado para voltar ao Rio de Janeiro.

O dia se passou de forma tranquila. Recebemos outras visitas, incluindo Cecília e Joaquín, e também Veiga e Maitê. Raphael parecia triste ao ver as malas arrumadas, os sapatos de Richard separados e outras coisas. Ele era o que menos queria que Richard fosse para o Rio. Na cabeça dele, o colombiano iria aceitar a proposta feita pelo meu time, enquanto na minha cabeça eu já tinha total certeza disso.

── Richard, está na hora! — comentei, e ele suspirou, levantando-se e cumprimentando Veiga com um sorriso reconfortante.

── Tem certeza de que vai voltar, não é, Colômbia? — o brasileiro perguntou, fazendo Richard suspirar.

── Eu não posso prometer nada. — Ele disse em voz baixa e abraçou o amigo.

── Obriga ele a ficar no Palmeiras, Jordana. — Eu ri baixinho, colocando o bebê conforto no chão para poder me despedir de Maitê e Veiga.

── Ele é teimoso, não vai desistir disso. — comentei. Raphael e Maitê foram embora, e eu e Richard nos olhamos. Ele sorriu levemente, deixou um beijo em minha testa, e eu suspirei.

── Tem certeza de que quer ir? — perguntei de novo.

── Tenho certeza absoluta. — Ele respondeu, e eu suspirei, esboçando um sorriso. Estávamos prontos.

Eu e Richard estávamos a caminho. Já estávamos no avião, ansiosos para descer e sentir a brisa do clima carioca. Caio, que não tinha muitas notícias minhas, iria cair da cadeira quando soubesse que provavelmente eu não iria mais sair do Rio de Janeiro. Mas eu ainda tinha um pequeno impasse: seria estranho para mim ver aquele homem vestido de vermelho e preto. Eu o vi vestindo verde, e pensei que o veria assim para o resto da vida. Estava com sua cabeça apoiada em meu ombro enquanto o acariciava. Gastón dormia em seu colo, como se nada pudesse abalá-lo, nem mesmo o clima diferente.