Capitulo cinquenta e nove.

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Jordana's pov

Noiva. Eu estava noiva de Richard Ríos! Aquilo ainda parecia um sonho. Eu realmente não sabia se estava ficando maluca ou se ele realmente tinha me pedido em casamento. Mas quando o puxei para se levantar e o abracei, tive certeza de que ele havia se ajoelhado com uma aliança de noivado naquela caixinha de veludo. Quando aceitei o pedido, os gritos ao redor eram eufóricos, e eu estava como uma criança, pulando, olhando para o meu dedo anelar da mão esquerda, sorrindo, rindo e chorando ao mesmo tempo. Ainda estava desacreditada.

— Jordana, pelo amor de Deus, fica calma! — ele disse, e eu ri, dessa vez me acalmando de verdade, puxando Richard para um beijo, enquanto os aplausos soavam ao fundo.

— Eu estou calma! — disse após me afastar e dar um sorriso enorme.

— Agora tem uma galera que quer falar uma coisa muito importante — ele falou, e eu observei Gabi e Cecília pegarem o microfone, juntando-se a Abel e até Veiga.

— Jordana, a gente te ama muito e sabemos que é um momento lindo... — Gabi começou, e logo Cecília pegou o microfone das mãos dela, nos fazendo rir.

— Eu avisei! — Cecília disse e entregou o microfone, me fazendo rir e esconder o rosto com as mãos.

— Tudo bem, tudo bem! Eu convivo com vocês jogando na minha cara que avisaram que eu iria acabar me casando com o Richard — falei entre sorrisos, e saímos dali da frente.

— Você tinha que ter confiado em mim, eu sabia o que estava falando — Cecília disse, e eu ri junto com ela, abraçando-a de lado enquanto andávamos para a mesa.

Ficamos mais alguns momentos ali. Gabi, enfim, foi para sua noite de núpcias com Endrick, e eu e Richard? Bom, ele disse que estava calor demais e queria tomar sorvete naquela hora da noite, então fomos eu e ele. Richard estava radiante, e eu ainda estava com todas as suas palavras presas na minha cabeça. Ele contava como planejou o pedido como uma criança contando como foi o dia na escolinha, enquanto eu estava com o cotovelo direito apoiado na mesa e o queixo apoiado na mão, olhando para ele com um sorrisinho e suspirando de vez em quando. Era impossível alguém ser tão amado quanto aquele colombiano. Eu o amava tanto que parecia que eu iria explodir. Talvez, durante a gravidez, esse amor tenha dobrado de tamanho.

— Por que está me olhando assim? — ele perguntou, e eu pisquei os olhos.

— Assim como? — perguntei, vendo ele sorrir e virar um pouco o corpo para mim, já que estava sentado ao meu lado naquele estofado.

— Assim, como se eu fosse uma criança — ele respondeu, levando a mão ao meu rosto, tirando os fios de cabelo e colocando-os atrás da minha orelha. Já estávamos praticamente desmontados: eu estava de chinelos, sem brincos e colar, e Richard estava sem o blazer do paletó e sem a gravata, apenas com a camisa social branca, com os dois primeiros botões abertos. Ele ficava ótimo de camisa social.

— Estou imaginando como vai ser a sementinha... Se ele vai ser assim, com a sua marra e sua implicância, ou se vai ser teimoso e cabeça dura — comentei, e ele sorriu, ainda acariciando meu rosto.

— Acho que ele vai ser bem teimoso e cabeça dura.

— Pra depois você dizer: "Você é assim porque puxou à família da sua mãe" — comentei, e ele riu.

— Pra começo de conversa, a família da mãe dele é a nossa família: eu, você e ele. E até que dá pra conviver com um mini Jordana — ele deixou um selinho em meus lábios, e eu estreitei os olhos.

— Até que dá pra conviver? O que aconteceu com o "eu não viveria em um mundo sem Jordana Piquerez"? — ele riu enquanto os pedidos chegavam, mas o atendente pediu uma foto conosco antes de sair. Com um sorriso gentil, eu e Richard nos levantamos para tirar a foto, e vimos o atendente sair correndo de felicidade.

Convite de casamento  | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora