Capítulo sessenta.

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Richard's pov

Com as mãos na parede e o pensamento naquela mulher que deixei sentada em frente à penteadeira do quarto, precisei acalmar meus nervos enquanto tentava tirar da mente sua voz doce e gostosa chamando meu nome. Aquele dia, Jordana tinha resolvido me fazer desejá-la e quase subir pelas paredes, mesmo que eu já ficasse daquele jeito desde que a conheci. Apoiei as mãos na parede gelada e abaixei a cabeça enquanto deixava a água fria cair pelas minhas costas, tentando tirar um pouco da tensão, ou melhor, do tesão. Ela mal podia imaginar que eu estava louco para vê-la sem aquela roupa. Depois de tanto pensar em Jordana, desliguei o chuveiro e peguei a toalha para enrolar na cintura, pegando outra menor para secar os cabelos enquanto voltava para o quarto com passos lentos. Ela ainda estava sentada em frente à penteadeira, dessa vez penteava os cabelos escuros com mechas claras, mantendo os olhos fixos em sua imagem no espelho enquanto eu a observava. Fui direto para o closet e me sentei no estofado que havia ali, respirando fundo enquanto ainda secava os cabelos.

── Está pensando em quê? — ela perguntou, e eu levei um susto, vendo-a se aproximar com as mãos para trás enquanto acompanhava cada passo seu.

── Pensando em... qual cor serão as flores do seu buquê! — disse, fechando os olhos e passando as mãos no rosto, vendo-a parar na minha frente enquanto eu ainda tentava esquecê-la.

── Não pense nisso... pense em como eu vou te agradecer agora. — Ela se abaixou e eu suspirei, abrindo os olhos. Ela me olhava, e eu tinha certeza de que aquele olhar iria me matar a qualquer momento.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Jordana tirou a toalha e eu suspirei, satisfeito por aquele pano não estar mais me prendendo. Eu estava a ponto de explodir enquanto ela passava as mãos devagar por minhas coxas. Jordana tinha o dom de fazer qualquer um enlouquecer, mas eu estava ali, enlouquecendo por desejá-la, ou melhor, por querer sentir sua boca. Ela segurou meu membro com cuidado, com olhos de leoa, e, sem aviso prévio, o abocanhou, me fazendo revirar os olhos e deixar a cabeça pender para o lado, soltando suspiros baixos ao longo dos movimentos da boca e das mãos dela. Ela não precisava de muito para me levar ao céu e voltar, apenas sua boca e língua já eram suficientes. Eu estava inerte, ainda de olhos fechados, enquanto meu corpo dava espasmos, indicando que estava adorando aquela sensação maravilhosa. Meus olhos focaram diretamente nos dela, me fazendo tremer por ter seu olhar tão penetrante em mim enquanto ela subia e descia com a cabeça. Ela era uma maldita. Maldita e gostosa Jordana Piquerez.

O contato das unhas dela com a pele da minha coxa era ainda melhor. Ela não arranhava, mas, vez ou outra, apertava e me fazia arrepiar. Ela estava em um ritmo rápido e delicioso, e suas mãos ajudavam no trabalho. Levei a mão aos seus cabelos e fiz um rabo de cavalo para ajudá-la, ou melhor, para me ajudar. Sua boca era quente e macia, suas mãos delicadas e pequenas ajudavam no trabalho, e eu me contentava em gemer somente com o ritmo de suas mãos, enquanto ela respirava para voltar a me mostrar o que eu tanto gostava de ver. No calor do momento, me peguei empurrando sua cabeça para que fosse mais fundo, e ela não parou. Continuou e voltou como se nada estivesse acontecendo. Jordana era a melhor, e ela sabia disso. Como se tivesse a situação totalmente sob controle, ela determinou que aquele seria o momento em que eu me desmancharia em sua boca, e assim seguiu com movimentos rápidos e profundos, arrancando de mim gemidos mais altos. Dessa vez, eu apenas segurei seus cabelos para não atrapalhá-la, e, quando ela conseguiu o que tanto queria, eu me desmanchei, gemendo rouco e alto enquanto estava de olhos fechados. Ela continuava agachada à minha frente, me fazendo sorrir enquanto "limpava" tudo e engolia, se levantando e aproximando o rosto do meu enquanto eu tentava me recuperar, com o corpo trêmulo. Ela era a culpada por isso.

── Gostoso! — ela disse antes de me beijar, me fazendo sorrir entre o beijo e retribuir da mesma forma intensa com que ela havia começado. Quando ela se afastou, dei um tapa em sua bunda e a vi se afastar com um sorrisinho no rosto, me deixando sozinho no closet.

Ainda sentado, esperei meu corpo se recuperar, levantei e procurei uma roupa confortável, ou melhor, um short confortável, já que eu nunca dormia de camisa. Arrumei meu cabelo ali mesmo e saí após alguns minutos, com a toalha nas mãos, colocando-a no cesto de roupas sujas e reparando que Jordana já estava com outro short, sentada na cama, enquanto comia algo.

── O que é isso? — perguntei, e ela tirou a colher da boca, engolindo o que quer que fosse antes de falar.

── Doce de leite. O Joaquín me deu quando meus pais vieram para o Brasil e trouxeram para ele. Quer? — me aproximei e me sentei ao seu lado.

── Não sei, acho que não quero doce agora. — comentei e deitei a cabeça em suas pernas, desbloqueando o celular para responder algumas mensagens.

── Tem certeza? Você iria adorar! — ela disse, e eu a olhei, ficando calado por um tempo enquanto meu paladar decidia se queria ou não.

── Tá, mas só um pouco! — levantei a cabeça e peguei a colher de sua mão, provando um pouco do doce e sentindo uma explosão de sabor. Era maravilhoso. Olhei para Jordana e peguei mais um pouco, sentindo meu corpo agradecer, como se aquilo tivesse sido um energético para me recuperar.

── Gostou? — ela perguntou, rindo, e eu fiquei um tempo calado, ainda analisando aquele doce maravilhoso.

── Amei. Fala para ele que vou querer mais desse doce. — voltei a deitar com a cabeça em sua coxa, recebendo uma enxurrada de marcações em vídeos dos fãs-clubes e afins.

── Ah, não. Agora perdi meu doce para você. — ela brincou, e eu dei uma mordida em sua perna, sem deixar marca. ── Ai! Maluco.

── Sou maluco por você, amor. Agora para de comer isso aí, você é diabética. Tomou seu remédio? — perguntei, e a vi balançar a cabeça afirmativamente, colocando o pote no criado-mudo.

── Deita aqui mais para cima, eu quero mexer no seu cabelo. — ela falou, e eu ri, me levantando para que ela se deitasse direito. Aproximei-me, sendo puxado para deitar com a cabeça em seu peito.

── Por que você gosta tanto de mexer no meu cabelo?

── Porque é bom, seu cabelo é macio e gostoso de mexer. — ela disse, e eu a vi ligar a TV, colocando em um desenho.

── Pica-Pau? — perguntei, lembrando da vez que ela lesionou e passou a tarde assistindo aquele desenho.

── Tem alguma coisa contra? Eu te empurro dessa cama.

── Não, amor, eu até gosto! — disse, rindo.

Continuamos em silêncio, dessa vez prestando atenção ao desenho, enquanto eu sentia as carícias de Jordana. Deixei o celular de lado e suspirei, sentindo o sono chegar aos poucos. Me ajeitei na cama e a vi se virar para mim, voltando com sua mãozinha delicada e pequena para meus cabelos, me fazendo adormecer de forma calma e rápida.

Convite de casamento  | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora