Capitulo sessenta e um.

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Jordana's pov.

O tempo passava rápido quando estávamos em dezembro. Passamos o Natal com a família de Richard e o Ano Novo com a minha. Era maravilhoso estar naquele clima de paz, e ficava melhor ainda conforme se aproximava o nascimento da nossa sementinha. Passamos os outros meses apenas ansiosos, enquanto as semanas iam se encerrando e nos obrigando a fazer uma contagem regressiva para a chegada do tão esperado Gaston. Eu estava mais carinhosa ultimamente, e Richard até estranhou no começo, mas se acostumou rápido com aquele excesso de carinho, enquanto eu sentia necessidade de ter Richard ao meu lado o tempo todo.

Estávamos no mês de maio, no último dia, aguardando virar para junho, enquanto o colombiano já preparava uma grande festa de aniversário, da qual eu não iria aproveitar tanto, por estar parecendo um balão. Ele me contava, animado, todos os dias em que chegava em casa, que não via a hora de chegar logo. Estava ansioso para a surpresa que eu disse que faria e também para a visita de seus pais. Era um dia importante, e eu nunca tinha visto alguém gostar tanto de aniversário quanto Richard.

── Então eu pensei... lembra daquele local que a Cecília alugou para fazer a festa de casamento? — ele comentou, e eu levei a colher de doce de leite até a boca, olhando para o queijo e simplesmente aproveitando para comer junto. Era uma ótima combinação.

── O local onde você me engravidou? Claro que eu lembro. Tem como esquecer? — perguntei, e ele me olhou, sorrindo, enquanto negava com a cabeça.

── Esse mesmo! Pensei em alugar lá para fazer minha festa de aniversário e... também pensei, sei lá, em contratar um DJ ou algum cantor. — ele disse, e eu senti um chute de Gaston. Talvez ele tenha gostado da combinação de queijo com doce de leite, assim como eu adorava todas as vezes que Cecília voltava de Minas Gerais com um queijo para que eu experimentasse.

── Ok, meu bem, mas está pensando em chamar quantas pessoas, só para eu ter uma ideia... — falei, e meus olhos foram para o seu celular, vendo que já estava tarde e que, no dia seguinte, ele teria treino à tarde. Ele ainda me acompanhava nas sessões de terapia.

── Bom... vem minha família, a sua, o Endrick com a Gabi... os meninos do Palmeiras, tem o Abel... pensei em chamar o Arrascaeta! — eu engasguei, precisando que ele desse alguns tapinhas leves nas minhas costas para eu voltar ao normal.

── Arrascaeta? Como assim? O que deu em você? Aceitou a proposta do Flamengo? Diz que sim, por favor! — falei, e ele me olhou, fazendo careta, enquanto eu juntava as mãos como se estivesse implorando.

── ¿Me estás deseando el mal? (Está me desejando o mal?) — ele perguntou, e eu fiz bico. ── Não, amor, eu não aceitei a proposta e renovei meu contrato. E sobre o Arrascaeta, eu respeito muito ele e gosto bastante dele. Ele foi uma peça importante para mim quando eu estava no Flamengo, assim como o João Gomes também foi. Ainda tenho saudades do Pit.

Ele comentou, e eu o olhei. Sabia que ele tinha um respeito pelo time rubro-negro, mas também sabia que não era por todos os que jogavam ali. Me surpreendeu ver ele falar com carinho que respeitava e gostava do uruguaio.

── Vai ser ótimo! Você deveria mesmo chamá-lo. Pelo que vejo outros jogadores falando, ele é uma pessoa incrível e, claro, o melhor meia do Brasil. Desculpa, amor, eu precisava enaltecer meu time! — brinquei, e o vi rir.

── Já me acostumei com o fato de você ser minha rival. Mas voltando ao meu aniversário...

── Você tem que lembrar que o seu aniversário pode ser interrompido a qualquer momento por causa dessa pequena sementinha aqui! — comentei, e Richard arregalou os olhos, como se tivesse se lembrado disso.

Convite de casamento  | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora