CAP.: 14 - NOSSO LAR

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"Não há lugar como a nossa casa!"

(O Mágico de Oz)


*Por Patric

— Pode colocar suas coisas ali! – indico o local onde Eduardo prontamente coloca suas coisas, que nada mais era do uma sacola pequena de viagem.

— Não quero incomodar você! Se achar que tô te incomodando, é só falar que eu vou embora! – o cowboy fala com sua voz rouca e um pouco envergonhada.

— Claro que não! Fique a vontade! Se quiser tomar um banho o banheiro fica naquela direção, logo depois do meu escritório. – Aponto o caminho, ele não fala nada, apenas meneia com a cabeça, deixando claro que ele havia entendido. – Cozinha, bom aqui é um apartamento pequeno, então ela fica integrada a sala de estar... já a área de serviços fica logo ali, próximo da cozinha... se precisar lavar alguma roupa só me avisar que falo com minha diarista e ela lava para você! Tudo bem!

— Tudo! – ele falava muito pouco, desde a fazenda dos pais dele, percebi que Eduardo era um cara reservado, na dele.

— Você quer comer alguma coisa?! – pergunto preocupado, já que já se passavam das oito horas da noite e ele ficou na sede empresa até agora e não o vi comendo nada. E um homem daquele tamanho deveria precisar fazer pelos menos umas sete refeições por dia.

— Tô de boa!

— Como não tem nada nessa casa para você comer.... – Mal eu termino de falar e percebo ele olhando para mim, dando a entender outra coisa. – Pode ir tirando o seu jumento – aponto em direção a sua virilha – da minha chuva! Estou me guardando para o homem certo!

Viro de costas e pegando meu iPhone, abro o app de comida e começo a fazer os pedidos, deduzindo que Eduardo não comeria aquele pouquinho que é servido nos restaurantes que costumo pedir comida, e tampouco as coisas cheia de frescura que as vezes peço. Resolvo buscar por alguns bons restaurantes e churrascarias que vendiam comidas típicas do interior paulista.

Faço os pedidos e sem dizer muita coisa me retiro.

— Vou tomar um banho! E, como disse antes... fique a vontade!

Tomo uma banho demorado e bastante relaxante, pois estava pegando fogo por dentro. Saber que o Eduardo ficaria uns dias aqui em casa simplesmente me deixava maluco. Eu não vou ser hipócrita de dizer que ele não é atraente, porque ele é muito. Ele é alto, bronzeado pelo sol da lida diária, forte, tem aquele jeito rústico de homem da roça, tem o pau mais bonito que já vi na vida... Se bem que, ao vivo, nessa vida toda, eu só vi o dele. Os dos vídeos da internet não contavam.

A coisa foi muito rápida, pois ao lembrar da noite que passei na casa do grosseirão, bem já vi ele pelado, do jeito que veio ao mundo e, naquele dia eu constatei uma coisa... Ele faria sucesso em filmes de amor forte, pois como Nando disse uma vez: "aquele dali, só perde pro jumento, na força e na carreira!"- morro de rir ao lembrar disso.

Me peguei pensando em Eduardo sem camisa, suado, me laçando com seu laço de peão, me colocando em seus braços, me possuindo em cima do feno. Os pensamentos foram tão longe, que nem percebi que estava a me tocar, só me dei conta disso quando meu corpo vibrou todo e eu me desabei no melhor orgasmo da minha vida, até aquele dia.

Fiquei jogado ali no chão do banheiro, completamente incendiado, esperando que a água gelada apagasse meu fogo, pois, sabia que se eu saísse daquele jeito do banheiro, eu acabaria abusando do cowboy e não o contrário. E que Deus me perdoe... mas, depois que eu montasse nele nem Deus me tiraria de cima. Acabo caindo na gargalhada, pois sabia que Eduardo podia até ser bonitão, gostosão, sexy para um caralho...mas, não era o homem certo para mim. Eu estou me guardando para um homem igual a ele, só que romântico, carinhoso, que me peça em casamento no meio de um jantar romântico num restaurante chique para que todos ao redor batam palmas. Eduardo era o contrário de tudo isso, ele é um chucro, grosso, ignorante, rabugento e fedorento.

A DAMA E O PEÃO®Onde histórias criam vida. Descubra agora