"Uma vez uma personagem famosa chamada Dorothy falou: 'Não há lugar melhor que o nosso lar.' E de fato ela estava certa, pois é complicado ficar longe do lugar onde crescemos, brincamos e onde provavelmente nossa família, amigos e amores vivem, pois nosso lar, representa aquilo que muitas vezes temos de melhor... as nossas lembranças e memórias..."
(Kaius Cruz)
* Por Isabella
Bom é noite e aqui estamos nós, a caminho do interior de São Paulo, Nando dirige como se fosse o um louco, ele parecia saber dirigir bem, e mesmo cansando, seu intento era mais forte. Ver sua avó, que o criou como se fosse seu próprio filho, era tudo que ele mais queria naquele momento.
Seus músculos estavam retesados e ele parecia pensar muito, coisa que raramente, o via fazendo. Tudo ficou nublado e meio sombrio com o telefonema que ele recebera quando chegamos hoje em casa, do seu amigo do interior, o Eduardo.
E aqui estou eu, dentro do meu carro com Nando ao volante, meu Nando, meu meninão, um homem com alma de menino, mas que estou muito ligada, ou melhor completamente apaixonada. Sei que vai ser difícil, pois somos de mundos e o principal, de idades diferentes. Eu sou uma importante empresaria e jornalista e ele, bom, ele é só um garoto, que nem sabe quem foi, ou quem é o verdadeiro pai... e que ele é um dos maiores herdeiros do Brasil. E que tudo poderia ser diferente, se eu ou se sua mãe estivéssemos vivido de perto, o desenvolvimento de Luiz Fernando, meu peão.
Estava muito preocupada com Nando, pois Dona Luiza é a única parente viva dele e o único elo família que ele tem, além de ser ela a única família ou o que ele teve de mais próximo de uma imagem materna.
Olho para ele, que muito concentrado olhava para a estrada de chão, que cortávamos indo em direção ao complexo de fazendas que existia naquela região, já estávamos próximos de chegar na cidadezinha onde ficava o hospital que sua vó estava internada.
- Olha Nando... vai ficar tudo bem... ok?! – passo a mão pelo seu ombro forte e ele me olha.
- Será que ela vai morrer Bella? – ele estava inseguro e pela primeira vez, vi sinais de choro vindo dele.
- É claro que não meu amor... você vai ver... ela vai ficar e está bem... – falo sem muita certeza.
- Eu não devia ter deixado ela sozinha Bella... não devia.... – fala angustiado apertando com força o volante.
- Ai você e eu não estaríamos mais juntos... não teríamos nos conhecido! – Nando me olha sério, respira fundo e fala meio lacônico:
- É verdade... você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida... – pega na minha mão firme e sorri para mim... Aquele sorriso que sempre amei, gentil e sincero.
- Falta muito ainda?! Para chegarmos lá?! – pergunto.
- Dentro de alguns minutos estaremos entrando na área da cidade Bella e de lá iremos direto para o hospital!
- Ah sim! E não se esqueça do que lhe falei... Vai ficar tudo bem... ok?!
- Obrigado por vir comigo... por não me deixar sozinho... por não... por não me abandonar...
- Tudo bem... vai ficar tudo bem Nando... e eu vou sempre está aqui... ao seu lado...
- Lar doce lar.... – Nando fala pensativo, quando finalmente chegamos a cidade que ele cresceu.
- É... parece que nada mudou nesses mais de vinte anos...
Nando segue com um carro até o centro da pequena cidade, onde ficava o hospital local. Ele estaciona o carro e logo olha para frente, pensa um pouco, suspira fundo e fala:
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A DAMA E O PEÃO®
Roman d'amourA DAMA & O PEÃO A história que vai ser contada aqui fala de um amor quase impossível entre uma mulher um jovem peão, não uma mulher qualquer, mas uma mulher determinada, rica, bem sucedida, elegante, dona e herdeira de um patrimônio muito grande no...