"Quem põe ponto final numa paixão com o ódio, ou ainda ama, ou não consegue deixar de sofrer."
(Ovídio)
*Por Patric
Tendo um sono muito leve, acordo durante a madrugada e percebo que não estava mais no sofá da sala, estava deitado na minha cama. Sem abrir os olhos, não mas sentindo o calor do corpo quente de Eduardo, passo um dos braços no outro lado da cama e para minha tristeza, eu estava sozinho. Ele não estava deitado comigo.
Olho para o relógio e percebo que ainda era por volta de duas e quinze da manhã. Levanto-me da cama, e saindo do quarto, sigo para a sala, onde encontro aquele homenzarrão espremido naquele sofá minúsculo. Ele claramente estava desconfortável e amanhã ele estaria acabado.
Sigo até ele, toco em seu ombro desnudo. Era uma noite muito fria na capital São Paulo e Eduardo estava dormindo no meu sofá sem camisa, ele claramente estava tremendo e, naquele momento, meu coração ficou pequeno.
— Edu!! Edu?! – o chamo e ele meio que se assusta.
— O celeiro tá pegando fogo!!! – o peão dar um pulo do sofá exaltado.
— Ei... shiii... fica calmo... o celeiro está bem... Anda! Venha comigo para nosso quarto... – saio puxando o vaqueiro que meio que andava dormindo.
Entramos no meu quarto e ele claramente vai para o lado da cama que ele achou mais conveniente, e como que para me irritar, ele se deitou logo do meu lado preferido. Fico olhando para ele, que de olhos fechados, resmunga:
— Vem logo se deitar... quero dormir! Tenho que acordar cedo para ordenhar as vacas e levar o leite para os compradores!
Eu resolvo não contestar, deito-me ao seu lado e uso o edredom para cobrir a nós dois. Rapidamente sinto um peso sobre o meu corpo, era o peso das pernas e braços de Eduardo. E com isso, o frio foi embora, pois meu corpo estava em chamas, principalmente porque estava sentindo sua ereção roçando minha bunda.
Eu não me fiz de rogado, e me aninhei completamente em seus braços quentes e fortes e, por fim, sentir a quentura de sua respiração na minha nuca, já que Eduardo havia colocado seu rosto próximo da minha nuca.
Eu não resistir e relaxando, finalmente voltei a dormir.
****
Acordei na hora de sempre, meu corpo estava leve e deveras descansado. Dou uma boa espreguiçada e passando as mãos pelo lado onde Eduardo tinha dormido, percebo que ele não estava mais lá. O procuro pelo quarto, mas não o acho. Me levanto e logo sou atingido pelo frio daquela manhã supergelada de São Paulo e um cheiro de café fresquinho que só tinha sentido quando estava hospedado na casa dos pais de Eduardo.
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A DAMA E O PEÃO®
RomanceA DAMA & O PEÃO A história que vai ser contada aqui fala de um amor quase impossível entre uma mulher um jovem peão, não uma mulher qualquer, mas uma mulher determinada, rica, bem sucedida, elegante, dona e herdeira de um patrimônio muito grande no...