CAP.: 18 - UMA VIDA NO CAMPO

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"Há uma estrada de pedra que passa na fazenda

É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções

As tempestades do tempo que marcam tua história

Fogo que queima na memória e acende os corações...

Sim, dos teus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar...


Sim, dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas ondas, águas do teu mar..."


(Paula Fernandes e Almir Sater – Jeito de Mato)


*Por Patric

— Patrick! O que aconteceu aqui?! Por que você disse não!? Você o ama! – eis que Bella se pronuncia, um tanto quanto preocupada e confusa.

— Não é isso amiga! É que não quero me casar com Eduardo... só porque fiquei grávido! Não estamos mais no Século XIX! Eu posso criar meus filhos sozinhos! Ele não precisa me pedir em casamento só por causa disso! – explico com lágrimas escorrendo pelos olhos.

— Eu entendo... – Bella suspira fundo. — Mas, ele saiu daqui bem chateado! E esses filhos... não são só seus Patrick... Ele também é o pai deles!

Assim que minha amiga termina de falar, eis que a porta do meu quarto se abre de forma abrupta com um Eduardo carregando um buquê de rosas. Ele olha firme para mim e meio que jogando as flores em cima de mim, dispara:

— Não estamos no século XIX! E eu nem sei o que isso significa! Mas, dane-se também! Não tô nem ai para isso! Esses bebês que você está carregando são meus também! E eu não vou abrir mão deles ou do pai deles! Porque eu o amo e mesmo sem conhecê-los, já amo muito nossos filhos! Então, você querendo ou não... Vai ter que aceitar meu pedido de casamento! Então... meus parabéns! Assim que você Patrick sair desse hospital... nos casaremos! E eu serei seu marido e pai dessas crianças que você carrega! Porque filho meu vai ter os dois pais morando juntos! Você gostando ou não! Então estende logo a porra dessa mão..., que eu preciso colocar esse anel para torná-lo meu noivo! Anda porra! – Eduardo falou tão firme, que todos ali ficaram abismado e meio que com medo. Estendo a minha mão direito e ele enfia o anel no meu dedo.

— Agora sim! Tô satisfeito! Ah... e caso alguém aqui dentro tenha alguma dúvida... Saibam... Eu pedir Patrick em casamento... porque ele é o homem da minha vida! O único homem por quem já me apaixonei! E não pelo fato de ele está grávido! – ele se vira para mim e conclui:

— Você me entendeu!?

Eu apenas meneio com a cabeça de forma positiva, pois estava completamente sem palavras.

— Ah... e já que você consegue ter filhos.... Se for de sua vontade também... quero um montão de filho! Pelo menos uns cinco ou seis gurizinhos! Tá me ouvindo!?

Novamente meneio a cabeça positivamente. Ele beija o topo de minha cabeça e retirando uma carteira de cigarros do bolso, sai pisando duro para fora do quarto.

— Uau amigo... ele é bem intenso! Isso é que homem! – Malu fala.

— O que acabou de acontecer aqui?! – Dra. Larissa estava confusa.

— Arre! Meu amigo Dudu sempre foi opinioso! Tem para quem puxar... afinal, ele é filho do rabugento do seu Antônio. Pense num homem ignorante! – Nando comenta. — Ah... e se prepara viu homem fruta... pois, se conheço bem meu amigo... todo ano você vai embuchar dele!

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⏰ Última atualização: Oct 24 ⏰

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