Capítulo 12

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JIMIN 

O passeio foi bem interessante e pude conhecê-lo, mas a presença do seu amigo me irrita ao ponto de querer arrancar seu pescoço, mas eu não farei, pois sou o submisso dessa relação.

Desejo que me defenda, cuide de mim e me proteja, não seu lobo, mas ele.

— Fizemos uma fogueira para comemorar a iniciação das crianças, deseja participar? — Ele me perguntou, agia com cautela diante da minha atitude fria. — Será que se eu me transformar aceitará o convite do lobo?

Finalmente ergui a cabeça para ele, era um homem bonito e charmoso, não podia negar.

— Será que terei que pedir para o lobo me proteger das suas relações de “amizade"? — O rancor deslizou pelos meus lábios como veneno.

— Não, Jimin. — Respondeu carrancudo. — Vista-se, vou te esperar na sala.

Não queria ir, me sentia fraco e desorientado, mas disse para mim que tentaria me aproximar dele.

Então apenas saí atras dele, vi nos seus olhos que julgava minhas roupas, pois era uma noite fria.

— Se você não fosse um alfa seria mais fácil.

— Digo o mesmo. — Respondi entre os dentes e passei por ele indo para fora.

A fogueira era na frente da sua casa.

Eles se licenciaram com minha presença, me arrepiei ao sentir sua mão meio tímida na minha cintura me guiando para um tronco de madeira, me sentei próximo à fogueira e ele fez o mesmo ao meu lado, mantendo sua mão na minha cintura, protetoramente.

— Jimin, para você. — Uma pequena princesa se pôs na minha frente e me entregou a flor.

Fiquei analisando as pétalas rosadas.

— Nos conte um pouco sobre sua vida, Jimin? — O feiticeiro pediu e todos me encararam. — Sobre o seu povo?

— Não vivem tão reclusos quanto vocês, gostam dos prazeres da cidade e de tudo que ela possa oferecer, desde a tecnologia à alimentação. Nem todos vivem na mesma comunidade, alguns moram na cidade ou em outros estados, mas se for necessário eles vêm para lutar pelo seu clã. A alimentação se resume em sangue de animal, troca de sangue entre os companheiros e de pessoas comuns, pois alguns preferem o sangue humano. — Eu falava observando as chamas da fogueira ao narrar.

— E você prefere qual? — Yuta gentilmente ofereceu uma tigela de carne ao seu líder, mostrando o quanto zelava pelo bem-estar de JungKook.

Eu amargamente assisti o meu lobo se alimentar daquilo que fora providenciado por outro.

Era evidente o ciúmes que me consumiam por não ser a pessoa a cuidar do JungKook.

Entretando, permaneci com uma fisionomia tranquila, não me restava outra outra saída, especialmente dada as circustâncias.

— Meu corpo rejeitou o sangue de outras éspecies, me alimentava de coelhos e agora do meu companheiro.

— A ligação de almas foi dolorosa com você criança. — O ancião evidenciou.

— Bom, você é mesmo fraco tanto quanto um coelho, devo admitir. — Yuta ridicularizou.

— Chega, Yuta, respeite o Jimin. — Senti toda a ira do seu amigo ao ser repreendido na frente de todos. — Hoje não é dia de histórias, vão se divertir. — Ordenou aos seus irmãos.

— Todos eles sentem sua arrogância, Jimin. — Sussurrou e observei os seus irmãos que se divertiam uns com os outros.

— Me tornaste arrogante, JungKook. Me tornaste tolo para os seus irmãos. — Se ele fizesse a ligação, sua alcateia me aceitaria e me respeitaria.

Predestined for the WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora