Capítulo 15

481 89 6
                                    

JIMIN 

Foi como se meu corpo renascesse, nunca antes experimentei uma dor tão intensa quanto aquela que vivi ao tomar seu sangue.

— VOCÊ O MATOU! — Yuta me acusou e vi o corpo desfalecido do meu lobo, seu coração estava fraco e o corpo desnudo e machucado.

Seus irmãos me acusavam em silêncio.

—  Saiam. — Mandei o tomando nos meus braços. — Cuidarei de você.

Rasguei o meu pulso e pus o sangue nos seus lábios, seu coração mal batia e tudo que fez foi para me salvar, ele não necessitava, poderia ter seguido, mas preferiu se por em risco para me salvar.

— Você deseja ser o meu salvador, meu alfa, é da sua natureza. — Tirei um cabelo da sua bochecha. — Mas creio que não será possível. — Com carinho o pus na cama e limpei o sangue dos seus lábios. — Não me importava em me tornar seu submisso, desde que ele fosse meu também. Terminarei a ligação, mesmo que existam chances de me odiar pela nossa eternidade. 

Com o meu sangue nos tornaremos um único ser e com o seu sangue me tornarei seu.

Inspecionei seu corpo para deixar a marca, descansei a mão no seu peito esquerdo, seu coração batia tão devagar.

— Será em seu coração para que os espíritos da floresta tenham misericórdia de mim e me entreguem o seu coração de vez.

Escolhi o lugar e enfiei as presas no seu peito, ele se agitou para cima aos gritos e seus olhos brilharam num amarelo intenso.

Soltei-o e deixei que a cicatriz se curasse, ficariam apenas as marcas dos meus dentes, a minha marca sobre o seu corpo e espirito.

Ele respirou fundo como se voltasse à vida e seus olhos mudaram de cor, uma parte amarela e a outra verde.

— Jimin... — Caí de costas quando avançou em mim, era metade lobo e metade homem. — Jimin, meu doce Jimin.

Não conseguia identificar quem falava, fera ou homem, quais os desejos, mas me arrepiei todo quando encostou seu nariz no meu rosto, suas ações eram semelhantes a sua fera, mesmo que estivesse ainda como humano, cheirou meu pescoço e desceu para o meu corpo, não produzi um único som quando com suas garras arrancou minha camisa, cheirou meu peito e foi descendo pelo meu abdomem.

Ele procurava um lugar para me marcar, meu peito subia e descia com a maneira como passava seu nariz pela minha pele.

Endureci quando cheirou o meu membro, eu o desejava, não controlei o início da ereção, era mais forte que eu.

Ele percebeu ao desviar a cabeça para o meu rosto que se encontrava vermelho pela timidez diante dos seus atos, seu sorriso não foi sexy, foi predatório, sentia extremo prazer ao me ver naquele estado.

— Faça. — Ordenei.

Ele rosnou.

— Acalme-se, meu atrevido alfa, estamos procurando onde deixaremos a nossa marca. — Seu tom saiu rouco e feroz, denotando que ali existiam duas espécies: a humana e o lupina.

Ele veio para cima de mim e tomou minhas mãos nas suas as pondo acima da minha cabeça, seu rosto era tenebroso, mas não me assustava.

Seus olhos estavam multicoloridos e havia uma força nas suas expressões misturada com desejo.

Ele deslizou seu nariz pela minha bochecha e fechei os olhos quase perdendo o ar quando pousou seus lábios próximos aos meus.

— Um lugar onde todos saibam que você é meu, somente meu.

Predestined for the WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora