CAP°40- Perdão?

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Sem revisão...

Félix Caccini

_Como eles estão!?- pergunto pra médica responsável.

_ Estão bem!- responde e fico aliviado_ A senhora Caccini teve um princípio de aborto... Mas graças a Deus conseguimos reverter a situação e os bebés se encontram bem. Agora ela se encontra estável assim como as crianças. Recomendo repouso absoluto e nada de estresse... Esses meses são críticos para gestação então a senhora Caccini deve descansar e ficar longe de estresse e esforços.

_ Posso vê-la?- pergunto.

_ Sim, quarto 233!- responde e vou em direção do quarto mas encontro Flora no caminho._ Eu sabia que não seria boa ideia trazer você pra ver minha mulher.

Falo com raiva olhando para a versão mais velha da Molly.

_ Antes dela ser sua mulher ela é minha filha!- diz me olhando com raiva. _ Você é um monstro! Como você teve coragem de engravidar a minha filha,seu desgraçado.

_ Isso não te interessa,agora vaza daqui antes que eu perca a pouca paciência que eu tenho.

_ Você é um monstro sem escrúpulos!- diz alterada_ Espero que você morra da pior forma possível,junto daqueles monstros que estão na barriga da minha filha.

Me aproximo dela com rapidez e agarro seu pescoço o pressionando com força apertando sua traquéia.

_ Dá próxima vez que você falar dos meus filhos juro que vou cortar sua língua e dar para os porcos.!- tiro minhas mãos do seu pescoço e ela caí no chão tossindo freneticamente tentando recuperar o ar perdido. _ Agora desapareça antes que mude de ideias e mate você agora.

Volto a fazer a minha caminhada e entro no quarto da minha pequena, Molly está deitada na cama  dormindo me aproximo e me sento na beirada da cama observando melhor seu rosto pálido e cansado.

Suspiro de raiva e toco seu rosto pequeno.

Tenho tantas saudades dos seus lábios nos meus.

Mas a porra do orgulho não me deixa.

Tiro minhas mãos do seu rosto assim que sinto Molly se mexer lentamente, suas pálpebras abrem levemente e depois são fechadas com força.

_ Oi!- digo assim que seus grandes  olhos castanhos se abrem completamente.

_ Onde eu estou ?- pergunta confusa mexendo os braços.

Pego seus braços e faço que ela pare de se mexer.

_ Você está no hospital!- Molly me olha assustada e rapidamente suas mãos vão parar na barriga grande.

_ Meus filhos! Aconteceu alguma coisa? Eles estão bem?- pergunta

_ Não se preocupe, vocês estão bem!- digo fazendo Molly dar um suspiro e ficar calma.

_ Minha mãe...! Onde está?- pergunta.

_ Já foi !- respondo.

_ Foi pra onde? Eu quero ela aqui, comigo.

_ Chega de perguntas e se acalme, esse estresse todo pode fazer mal pra vocês.

_ Quando poderei ir pra casa?- pergunta.

_ Provavelmente amanhã!- respondo e ela dá um suspiro cansado.

_ Eu tô cansada de hospitais!- diz resmungando.

_ Entendo.!- respondo e me sento na poltrona.

_ O que vai acontecer?- Molly pergunta depois de vários minutos de silêncio.

_ O quê?-pergunto confuso.

_ O que vai acontecer quando os bebés nascerem? Você vai tirar eles de mim?- pergunta.

_ Não, eu não vou separar vocês!- respondo.

_ E nós?- mais uma pergunta e dessa vez eu não sei a resposta mas uma coisa tenho certeza, Molly é e sempre será minha.

_ Descobriremos com o tempo!- respondo.

Molly olha pra mim e vejo seus olhos se encherem de lágrimas.

_ Se você não me quer mais me deixa ir... Por favor! Eu já não aguento mais viver com seu desprezo! Eu te amo Félix.- diz e chora_ Eu te amo tanto que chegar a doer, eu entendo... Eu fiz merda mas eu me arrependi...- soluços_ Me desculpa, desculpa.

Me levanto e me sento na cama a puxando para o meu colo.

_ Não é preciso chorar,meu amor!- digo e limpo suas lágrimas_ Sei que você está arrependida mas eu ainda não consigo perdoar você!- digo com sinceridade e mais uma vez seus soluços altos escoam pelo quarto.

_ Então me deixa ir!- diz baixando a cabeça.

_ Não posso!- respondo.

_ Porquê?- pergunta.

_ Não consigo!- mais uma vez respondo._ Você é minha, e nada nem ninguém dirá o contrário.

_ Você vai me perdoar?

Suspiro.

_ Vamos dar tempo ao tempo!- respondo com sinceridade.

Levo minha mão para sua barriga e fico acariciando. Molly dá um sorriso triste e mete sua mão pequena em cima da minha.

_ É a primeira vez que você toca na minha barriga!- diz dando um sorriso espontâneo.

Não, não é.

_ Eles estão mexendo!- digo assim que sinto uma pequena movimentação a baixo da minha mão.

_ Sim!- Molly da uma suspiro cansado e deita sua cabeça em meu ombro._ Tive saudades.

_ Eu também.

°°°

_Pronta?- pergunto assim que seus pés tocam no chão.

_ Sim!- pego sua mão e saímos(finalmente) do quarto de hospital._ Posso pedir uma coisa.

_ Depende!- respondo, chegamos no elevador e adentramos. Apertei o botão do térreo e as portas fecharam.

_ Podemos passar na praia?- pergunta e olha pra cima pra conseguir ver meus olhos.

_ Sim pequena!- respondo e Molly da um sorriso._ Posso pedir mais uma coisa?

_ Sim!- digo, as portas do elevador se abrem e saímos indo em direção ao estacionamento.

_ Você poderia me beijar?- pergunta tímida.

Dou um sorriso sincero e paro em sua frente. Abaixo meu rosto olhando seu lindo rosto esculpido pelos anjos, Molly fica na ponta dos pés assim que meus lábios tocam os seus em um selinho inocente, depois mais um é depositado até se tornar em um beijo molhado e ardente cheio de saudades e significados.

_ Te amo!- diz assim que nós separamos por falta de ar.

_ Vamos!- pego sua mão e voltamos a caminhar até ao carro.



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⏰ Última atualização: Sep 23 ⏰

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