Diana Martinez
Final da modalidade surf nas olimpíadas de Paris.
segunda-feira
Taiti, Ilha na
Polinésia Francesa.Finalmente o último dia, e também o mais esperado. O clima entre as pessoas do Brasil era de esperança e alegria, afinal todos estão sonhando com o ouro tanto no feminino quanto no masculino.
Ou seja, que venha o tão esperado ouro da Tati e do Medina.
A competição já iria começar para Medina avançar em busca do primeiro lugar, eu e Pedro estávamos a postos para qualquer chamado da equipe local.
— Vai Gabriel, traz esse ouro para nós! — ouço Pedro falar enquanto olhava para o mar com a cabeça encostada nas mãos que estavam juntas em forma de oração.
Eu apenas observava tudo, a bateria começou e o meu coração parecia que tinha acabado de iniciar também. Minhas pernas tremiam, meu olhar não conseguia sair dos dois surfistas no mar.
O australiano havia conseguido pegar uma onda, relativamente pequena para a maioria do que já havíamos tido em toda a competição.
E logo depois de um tempo, aos 22 minutos o Australiano conseguiu pegar mais uma onda. Mas assim que terminou, Medina começou a sua.
O que foi motivo de alegria já que estávamos há alguns minutos esperando.
6.33, foi a nota de Medina e ele assumiu a liderança.
Eu e Pedro nos entreolhamos várias vezes, nós sabíamos que o mar não estava bom e que poderíamos ter surpresas.
Mas também acreditamos e confiamos no filho de Poseidon.
Aos 17:45, o australiano consegue mais uma onda e também uma ótima nota. Com a somatória de 12.33, assumiu a liderança e deixou Medina para trás.
O mar está calmo, quase desanimado. As ondas são pequenas e difíceis, e Gabriel, conhecido por sua habilidade em surfar ondas grandes e desafiadoras, parece estar lutando para encontrar seu ritmo.
— Vai lá Gabriel! Você consegue! — sussurro para mim mesma apoiada com meu queixo nos meus joelhos, desanimada mas ainda sim um pouco confiante.
Já estávamos com nove minutos e meio no relógio. A tensão aumenta à medida que o tempo passa. Gabriel tenta várias manobras, mas as ondas não aparecem. Ele olha para o horizonte, buscando qualquer sinal de movimento na água.
— Ele é o melhor! Não pode acabar assim… Não é justo! — uma pessoa da nossa equipe solta e vejo Pedro sentar ao meu lado.
Eu estendo minha mão para ele que sorri e estende a sua também, entrelaçando nossas mãos. Por mais que ele tenha dado aquele sorriso, eu sentia seu nervosismo.
Afinal, ele estava vendo o sonho do melhor amigo ir praticamente embora…
E infelizmente foi isso que aconteceu! O tempo acabou e não veio nenhuma onda mais, o australiano venceu e avançou para a final em busca do ouro, já Gabriel, iria lutar pelo bronze agora.
Pedro me puxa ao ouvir o sinal de fim da bateria, e nós dois nos levantamos.
— Tá tudo bem… ele é incrível, ele foi incrível e sempre será incrível! — dou um abraço forte nele e nós ficamos encarando o Gabriel indo para fora do mar.
Iríamos acompanhar a semifinal feminina agora, com a Tati. Nem tudo estava perdido para os brasileiros.
…
Gabriel já estava no mar novamente em busca de seu bronze. Tínhamos acabado de acompanhar a Tati que estava na final, e estávamos todos felizes e animados novamente.
Ou era agora ou era agora. Não havia outra possibilidade.
Aos 30 minutos Gabriel já havia conseguido uma boa onda mas ainda não era o suficiente.
Foram ondas do adversário também que conseguiu ficar na frente de Medina por um tempo.
Aos 16 minutos Gabriel conseguiu uma boa onda, ultrapassando o Peruano na somatória e assumindo a liderança.
Eu só conseguia ficar andando de um lado para o outro ansiosa.
E novamente aos 8 minutos, Gabriel faz mais uma onda. Pedro e eu nos abraçamos de lado, e ficamos encarando o mar.
— É nossa, Di… É nossa. — Pedro sussurra no meu ouvido com a voz embargada e eu encaro ele que estava sorrindo igual um maluco e com os olhos marejados.
E realmente foi nossa. O tempo acabou, o sinal tocou, e o bronze era nosso.
Por mais que a natureza não tenha colaborado tanto como esperávamos, ela ajudou o Gabriel a conseguir sua primeira medalha olímpica.
E ele era tão incrível, que ele conseguia fazer bronze virar ouro.
De onde estávamos no barco, dava para ver bem os surfistas. Ouço todos atrás de mim, comemorarem e eu vou um pouco mais para frente ainda olhando o mar.
Vejo Medina olhando em nossa direção. Parecia até que ele olhava para mim.
Vejo o sorriso dele estampado no rosto, os olhos pareciam brilhar mesmo tão de longe.
Mas eu tinha certeza agora que ele estava me encarando.
Ele continua sorrindo e manda um tchauzinho com as mãos. Eu sorrio e faço o mesmo de volta, e dou uma piscada para ele.
Ele tinha que sair do mar para começar a final, mas antes ele pisca para mim de volta e faz um coração com as mãos.
É… eu faleci aqui mesmo.
Demorei mas voltei
Tive que reviver esse momento triste, mas pelo menos aqui vai ter muitaaaa alegria no pós... ainda mais para a nossa amiga Diana né.
Tá aberta as portas para começar a temporada deles em Paris e as emoções, algo que tanto esperamos...
Aliás, postei algo no tiktok que é mais um spoiler de lançamento, só tô arrumando tudo para já arrumar uma data.
Vão comentando aí, que se tiver uma troca boa, eu posto o capítulo 10 logo logo!
Espero que tenham gostado do capítulo, votem e comentem para a autora aqui saber se vocês gostaram.
beijosssssss 🤍
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MARÉS TRAIÇOEIRAS - Gabriel Medina
FanfictionEm meio à agitação das Olimpíadas no Tahiti, Diana, uma influente repórter conhecida por seu trabalho nas mídias sociais do Palmeiras, recebe um convite inesperado da Cazé TV para cobrir a modalidade de surfe ao lado do carismático Pedro Scooby. Ani...