MARÉS TRAIÇOEIRAS - Gabriel Medina

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Diana Martinez

Paris, França
madrugada de terça-feira

— COMO ASSIM 15 MIL? — Pedro contou para o pessoal que ele conseguiu ganhar uma aposta comigo e com o Gabriel e juntou mais de 15 mil reais.

Mas até parece que eu realmente iria pagar alguma coisa para ele.

— Pois é, nunca consegui tanto dinheiro tão fácil assim! — Scooby comenta e o pessoal ri na mesa com ele.

— Quem disse que você conseguiu? — pergunto com a sobrancelha arqueada e com os braços cruzando, encarando Pedro.

— Sua palhaça… eu ganhei de vocês dois ainda, é o mínimo pensando que se não fosse por mim, vocês nem teriam se beijado! — ele aponta o dedo para Gabriel e em mim.

— Por um lado você tem razão… — concordo com ele — mas, depois nós acertamos isso aí, direitinho.

— Não quero saber, só quero meus 15 mil na conta. Ninguém mandou apostar e perder. — ele dá de ombros e Gabriel revira os olhos.

— Então vocês dois tão de casal? — um dos amigos deles perguntou apontando para mim e Gabriel que está ao meu lado.

— Casal? — eu pergunto um pouco confusa. Nem eu sabia o que seríamos daqui pra frente.

— A gente só tá aproveitando, sem pressão. — Gabriel fala e eles concordam.

Inclusive a menina que antes estava conversando com ele, agora estava mais quieta em seu canto. Pois se ela tinha planos com o Gabriel essa noite, posso ter certeza que eles foram por água abaixo.

Gabriel e eu decidimos ir para fora novamente, com a intenção de aproveitarmos um pouco mais juntos.

— Se eu disser que eu viciei nessa sua boca, você acredita? — ele pergunta me encurralando no corredor antes de sair do local.

Ele encarou minha boca e antes que eu pudesse responder, juntou nossos lábios, em um beijo rápido e quente. Suas mãos foram para a minha cintura e as minhas passeavam pelo peitoral dele.

Meu Deus, que homem!

Fico pensando que Deus cria uma benção dessa, e infelizmente não são todas que tem a oportunidade de ter. Isso era maldade, mas eu pelo menos estava tendo.

— No meio do corredor? Não consegue mais esperar, não? — pergunto parando o beijo e subindo minhas mãos para o pescoço dele.

— Já esperei demais, agora eu quero aproveitar! — e ele volta a me beijar novamente.

Depois de mais uns beijos, nós finalmente fomos para a parte de fora sentando um pouco mais afastados do movimento das pessoas.

— E agora? — ele pergunta assim que nos sentamos — A gente vai fazer o que?

— Não sei — rio sem graça — por mim poderíamos aproveitar, afinal somos dois solteiros!

— E para você tá de boa a Internet, em público? — ele pergunta colocando sua mão em cima da minha coxa fazendo carinho.

— Você não tá conseguindo se segurar nem em um corredor, então… — brinco com ele — mas tudo bem sim, acho que a gente não precisa fingir ser um casal mas também não precisa ficar postando e mostrando tudo.

— Perfeito! — ele concorda e me puxou pelo queixo me dando um selinho — Você é linda!

Sorrio sem graça, vendo ele analisar meu rosto enquanto continuava a fazer carinho na minha coxa.