cap.4 - O ENIGMA

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O relógio marcava quase meia-noite quando finalmente consegui adormecer. Mas o sono foi breve e inquieto, com sonhos perturbadores que se misturavam à realidade de maneira confusa. A figura no poste, as mensagens ameaçadoras, e a sensação crescente de que algo estava prestes a acontecer eram como ecos em minha mente.

Quando o despertador tocou, eu já estava exausta. Levantei-me com dificuldade, o peso da noite ainda pairando sobre meus ombros. Olhei para a carta sobre a mesa, a escrita ainda fresca em minha memória. A sensação de urgência se intensificava, e eu sabia que não podia ignorar mais.

Vesti-me rapidamente e desci para a cozinha, onde encontrei minha mãe preparando o café da manhã. Seus olhos se iluminaram ao me ver, mas logo perceberam que algo estava errado.

— Aria, você parece cansada. Não dormiu bem? — Ela perguntou, preocupada.

— Só um pouco de insônia — menti, forçando um sorriso. — Nada demais.

Ela parecia disposta a insistir, mas o toque do telefone a fez desviar a atenção. Aproveitei a oportunidade para pegar um pedaço de pão e sair, alegando que tinha um compromisso.

Saí de casa e fui para um café próximo, tentando clarear a mente. O aroma do café fresco e o som suave das conversas ao redor eram reconfortantes, mas não consegui relaxar. O pensamento sobre a figura misteriosa e as mensagens continuava me assombrando.

Decidi que precisava saber mais. Peguei meu celular e comecei a pesquisar o número desconhecido que havia me enviado a mensagem. No entanto, as buscas não trouxeram resultados concretos. Era como se o número não existisse, ou talvez estivesse sendo mascarado de alguma forma.

Enquanto me perdia na pesquisa, uma nova mensagem chegou. Meu coração pulou ao ver a notificação.

"Eu sei que você está procurando. Não seja ingênua. A verdade está na sua própria história."

Fui interrompida por uma ligação. Era Louis . Meu coração deu um salto, mas me forcei a responder com uma voz calma.

— Oi, Louis.

— Oi, Ari. Eu estava pensando em te ver mais tarde. Queria saber como você está.

O tom carinhoso dele me fez sentir um pouco mais tranquila, mesmo que apenas por um momento. Conversei com ele sobre assuntos cotidianos, tentando não mencionar o que estava acontecendo. Sua presença sempre foi um refúgio, e eu queria manter isso assim.

— Que tal nos encontrarmos no parque mais tarde? — Sugeri, tentando esconder minha inquietação.

— Claro, parece ótimo. — Ele respondeu, um pouco aliviado. — Nos vemos às três?

— Combinado.

Após desligar, olhei para a carta novamente. Algo me dizia que eu precisava começar a desvendar o enigma que estava se formando ao meu redor. Decidi então ir ao parque mais cedo, tentar entender melhor o que estava acontecendo.

 Decidi então ir ao parque mais cedo, tentar entender melhor o que estava acontecendo

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