cap.7 - O ENIGMA DA ESCOLA

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O dia na escola foi uma tentativa frustrada de normalidade. A aula passou em um borrão de distração, com meus pensamentos constantemente voltando à carta e à ameaça implícita nela. Cada vez que olhava ao redor, me perguntava se alguém poderia estar observando, planejando o próximo movimento.

Durante o intervalo, sentei-me sozinha em um canto da biblioteca, tentando me concentrar no conteúdo dos livros, mas a mente estava longe. A imagem do encapuzado e as palavras ameaçadoras da carta não me davam paz. Eu precisava de respostas, e para isso, tinha que encontrar uma maneira de descobrir o que estava acontecendo.

A biblioteca era um lugar tranquilo e escondido, perfeito para quem procurava um pouco de privacidade. Decidi que seria o melhor local para investigar mais sobre a história da escola e as alunas que haviam sido mencionadas nas reportagens. Comecei a folhear antigos anuários e arquivos disponíveis, procurando qualquer pista que pudesse conectar os eventos recentes.

Enquanto estava imersa na pesquisa, a porta da biblioteca se abriu com um rangido. Levantei a cabeça, esperando ver algum colega ou professor, mas a figura que entrou fez meu coração disparar. Era Alex, o mesmo Alex que eu tinha visto nas imagens antigas. Ele estava com um olhar pensativo, quase preocupado, e parecia estar à procura de algo ou alguém.

Alex me viu e hesitou por um momento antes de se aproximar. Seu olhar era tenso, mas tentou manter uma expressão amigável.

— Ei, posso me sentar? — perguntou ele, sinalizando para a cadeira ao meu lado.

Fiquei surpresa, mas acenei com a cabeça. Alex se sentou e começou a folhear um livro ao acaso, mas eu podia sentir que ele estava em alerta, como se estivesse esperando por algo. O silêncio entre nós era pesado, carregado de uma tensão que eu não sabia como quebrar.

— Você já ouviu sobre o que aconteceu aqui há alguns anos? — perguntei finalmente, tentando parecer casual. — Algo sobre mortes de alunas?

Alex ergueu uma sobrancelha, parecendo surpreso. A inquietação em seus olhos me fez perceber que ele sabia mais do que estava disposto a revelar.

— Sim, ouvi alguns rumores — disse ele, finalmente. — Mas essas coisas nunca são completamente claras. Muitos preferem não falar sobre isso.

Eu sabia que estava tocando em algo delicado, mas precisava de mais informações.

— E o que você sabe sobre as vítimas? — continuei, tentando manter a voz firme. — Havia alguma conexão entre elas? Algo que pudesse nos dar uma pista sobre quem ou o que está por trás disso?

Alex parecia hesitar, seu olhar passando de mim para o livro em suas mãos. Após um momento de silêncio, ele falou baixo, quase como se estivesse compartilhando um segredo.

— Há uma teoria... algo sobre um grupo que fazia parte de uma sociedade secreta na escola. Dizem que eles estavam envolvidos em coisas sombrias. Mas é só um boato, não há evidências concretas.

Senti um frio na espinha. Uma sociedade secreta? Isso parecia uma peça-chave que faltava na grande engrenagem. Eu precisava explorar mais a fundo.

— Onde eu posso encontrar mais informações sobre isso? — perguntei, tentando controlar a ansiedade.

Alex olhou ao redor, como se tivesse certeza de que alguém pudesse estar ouvindo. Finalmente, ele se inclinou mais perto e sussurrou:

— A antiga sala de arquivos, no porão. Muitos documentos antigos estão lá, mas a área foi fechada há algum tempo. Se você puder encontrar uma maneira de entrar, talvez encontre o que está procurando.

A indicação de Alex foi um alívio e um desafio. Eu sabia que teria que ser cuidadosa, mas estava determinada a encontrar respostas. A conversa foi interrompida por um sinal, indicando o fim do intervalo. Alex levantou-se e deu-me um último olhar antes de se afastar.

Fright Nights Where stories live. Discover now