Mudar para uma nova cidade foi o primeiro passo para transformar minha vida em um turbilhão de emoções e perigos. Sempre busquei adrenalina, algo que fizesse meu coração disparar, mas nada se comparava ao que eu sentiria aos 19 anos. Logo de cara, m...
Estou no meu quarto, deitada na cama, cercada por cartas espalhadas por todos os lados. Meu olhar percorre cada uma delas, como se, de repente, a solução pudesse surgir magicamente diante de mim. Pego a última carta que recebi, a mais recente, e pela milésima vez, leio suas palavras, tentando desesperadamente decifrar o que está escrito ali. Algo não faz sentido, mas eu ainda não sei o que é.
Uma ideia me atinge como um raio. Pego o notebook ao meu lado e começo a pesquisar sobre a minha escola. Talvez, apenas talvez, eu consiga encontrar um atalho para acessar as câmeras de segurança. Uma chance remota, mas é tudo o que tenho agora.
Consigo entrar em um site da escola que eu nem sabia que existia. O que encontro lá me deixa paralisada. Artigos e reportagens sobre ex- alunas brutalmente assassinadas, imagens perturbadoras de corpos desmembrados. Sinto meu estômago revirar. A última vítima? Três anos atrás. Isso não é algo do passado distante; é recente demais.
Meu coração dispara. Um serial killer entre nós? As cartas, os corpos, tudo começa a se conectar de uma forma sombria e assustadora. Mas o que me aterroriza mais é a possibilidade que ecoa na minha mente: será que tudo isso está de alguma forma ligado a Alex?
O que mais me deixa em dúvida é: por que ninguém ficou sabendo? Por que a escola encobriu tudo isso? Não consigo parar de pensar que não é só o Alex que tem segredos; tem mais alguém naquela escola escondendo alguma coisa.
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No dia seguinte, um sábado tranquilo sem aulas, decidi que era o momento perfeito para me dedicar à minha aula de dança. Com todos os recentes acontecimentos na minha vida, não tinha conseguido ensaiar como gostaria. Quando cheguei ao estúdio, notei que estava vazio. Aproveitei a oportunidade para colocar uma música envolvente e comecei a dançar.
Cada movimento era calculado com precisão, e por um momento, todas as preocupações desapareceram. Não estava pensando nas cartas misteriosas nem em Alex, o suspeito que ronda nossa escola. Tudo o que eu sentia eram as vibrações da música e o ritmo do meu coração acompanhando cada passo. A música finalmente chegou ao fim, e eu experimentei uma sensação de paz e conforto. No meio de todo o caos que me envolvia, aquele instante trouxe um alívio que eu não havia sentido em dias.
Voltei para minha casa, agora renovada, e por um momento, senti como se todos os meus problemas tivessem desaparecido. Sabia que essa sensação seria temporária, mas hoje decidi ignorar isso, pelo menos por esta noite. Então, resolvi me distrair assistindo a um filme.
Tomei um banho relaxante,troquei de roupa, colocando algo confortável, e desci para preparar uma pipoca. Enquanto a pipoca estava no fogo, notei que a chuva começava a cair. Adorava a chuva, especialmente porque atrás do sofá havia uma grande parede de vidro que proporcionava uma vista deslumbrante da paisagem lá fora.
Quando a pipoca ficou pronta, me acomodei no sofá e comecei a procurar um filme para assistir. Meus pais tinham saído para jantar, então eu estava sozinha naquela enorme mansão. Escolhi um filme de suspense, meu gênero favorito, pois filmes de terror não eram minha praia. Suspense, por outro lado, sempre me encantou.
