cap.12 - PRONTOS PARA A NOITE?

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No dia seguinte, o som insistente do despertador me tira do sono pesado

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No dia seguinte, o som insistente do despertador me tira do sono pesado. São 10 horas. Ainda de calça de moletom preta e sem camisa, arrasto-me até o banheiro. Me olho no espelho, o rosto amassado pelo sono, os cabelos desgrenhados, e dou de ombros. Após escovar os dentes, desço para a cozinha, sentindo o cheiro de café fresco invadir o ambiente antes mesmo de chegar lá.

Ao entrar, encontro Hagan e Tieran no balcão da cozinha minimalista, ambos tomando café. A luz suave da manhã ilumina os traços sérios de Hagan, que está concentrado no laptop à sua frente. Tieran, por outro lado, parece mais relaxado, rindo de algo que provavelmente só ele achou graça.

- Bom dia, murmuro, pegando uma caneca no armário. Hagan levanta os olhos, dá um leve aceno de cabeça, enquanto Tieran me lança um sorriso despreocupado.

- Finalmente acordou, hein? O grande show de ontem cansou?, ele provoca, os olhos brilhando em desafio.

Dou de ombros.
- Alguém tem que ser a estrela do show não acha ? - respondo de maneira casual, mas com um leve sorriso. Tieran balança a cabeça e ri, enquanto Hagan continua focado no que quer que esteja fazendo no computador.

O aroma do café fresco pairava no ar enquanto observava Dylan descer as escadas. Sua expressão era sombria, e eu sabia que não estava em um bom dia.

— Bom dia — ele disse, a voz grave ressoando na cozinha.

— Bom dia. Não dormiu bem? — provoquei, tentando quebrar o clima tenso. — Você tá com cara de quem teve pesadelos.

Dylan apenas balançou a cabeça.

— Não é nada disso. Tive insônia. A noite passada foi intensa, especialmente por causa do que aquele cara disse.

Olhei para ele, notando a seriedade no seu semblante.

— Também achei estranho. O que ele quis dizer com "achar nossos pontos fracos"? Quem será esse "ele"? — Hagan perguntou, o olhar curioso.

— Será que é... — começou Tieran, mas Dylan o interrompeu.

— Não, não fale esse nome. — Sua voz estava tensa, quase um sussurro. — Não é ele. Nós o tiramos do mapa; não pode ser ele.

— Mas e se for? — eu disse, sentindo a pressão aumentar. — No ano passado, tivemos pistas de que ele está vivo. E se isso for verdade?

— Mas não é! Nós o matamos! — Dylan retrucou, sua frustração evidente.

— Explodimos ele dentro de uma fábrica, Não temos certeza se ele morreu mesmo.— conclui, a dúvida pairando no ar.

— Então, Adam, você não acha que depois de um ano ele já não teria nos procurado? Ele morreu. Não quero ouvir vocês falarem sobre isso, entenderam? — A determinação de Dylan era palpável.

— Mas, Dylan...

Ele avançou em minha direção, e a tensão entre nós tornou-se quase elétrica. Nossos olhares se encontraram, e eu sabia que estava em território perigoso.

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