'' THIS I LOVE '' - Michael Afton X OC

0.7

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> Hurricane ,   1997 ▪︎▪︎▪︎

Capítulo 7

SOMBRAS DO PASSADO

Depois de mais encontros, Michael se sentiu confortável em pedir Michelle em namoro; ela aceitou imediatamente. E, a partir daquele dia, os dois sempre estavam juntos.

Havia passado um ano desde que começaram a namorar e suas vidas mudaram drasticamente. Agora, todos os dias eram uma surpresa. Ambos acordaram sempre no mesmo horário, seis da manhã. Michael sempre levava  Michelle para o trabalho e a buscava, às sete da noite.

— Tchau, amor. — falou a loira pegando sua bolsa, prestes a sair do carro.

— Ei, não se esqueceu de nada?

Ela apenas deu uma risadinha e o segurou pela gola da camisa, trazendo-o para perto e, por fim, deixando um beijo em seus lábios e outros milhares em suas bochechas. Ao se afastarem, Michelle caiu na gargalhada ao vê-lo cheio de marcas de batom.

— Bom trabalho, loirinha. Até mais tarde.

— Até mais tarde!

Etodas as manhãs eram sempre assim, muito calorosas. 

Michelle e Michael eram um casal apaixonado, que trocavam carinhos e juras de amor todos os dias. Eles se amavam. Eram duas almas, perdidas em suas próprias dores, que enfim, se econtraram. A única coisa que fazia o Afton não desfrutar daquele amor em paz, eram as mentiras.

Ele mentia sobre seu nome, sobre a cidade em que morava, sobre a família dele, sobre o  assassinato de seu irmão, o desaparecimento de sua irmã, o acidente de sua mãe e o pai detestável que ele tinha. Como conseguiria continuar mentindo para alguém que ele amava? Se ela soubesse da verdade, soubesse o que aconteceu com ele e o que ele fez, iria embora, e esse era o maior medo de Michael, a solidão.

Sem ela, não teria mais ninguém. Não teria mais motivo para viver a não ser procurar seu pai incansavelmente. Mas, e depois de encontrá-lo? O que restaria para Michael? Apenas um vazio, escuro, frio, sem nada além de dor.

O homem passou o dia inteiro pensativo. Continuaria com a farsa.

Chegou a noite, e ele foi buscar sua namorada no trabalho. Michael parou o carro no estacionamento, estava aguardando no lugar costumeiro. Ouvia uma música aleatória que estava tocando no rádio, então, ouviu alguns passos. Olhando pela janela, viu Michelle, mas ,ao lado dela, um homem alto, magro, pálido, vestindo um terno roxo. Michael sentiu seu sangue gelar, e um arrepio percorrer-lhe a espinha.

A loira acenou para o homem estranho e logo foi em direção ao carro de Michael.

— Oi, amor!

— Oi — ele engoliu em seco. — Quem era aquele?

— Ah, um dos donos da franquia. Ele estava até agora resolvendo uns problemas da pizzaria. Estão começando a reclamar dos animatronics.

— Sim, claro. . .

— Parece nervoso, Mike. O que houve?
— perguntou.

— Não é nada, amor. — ele sorriu.

— Se você diz. — ela travou o cinto de segurança e ajeitou a bolsa em seu colo.
— Ah, estou morta! Fiz muitos relatórios hoje.

— Então, o que acha de assistirmos um filme na minha casa? Aluguei alguns na locadora ontem.

— Perfeito! Vamos comprar pipoca, não existe seção cinema sem pipoca.
— ela disse animada.

— Você quem manda, gatinha.

Michael deu a partida e os dois foram em direção ao mercado.

[ . . . ]

Michelle estava distraída vendo alguns salgadinhos e bebidas para levar, que mal percebeu que seu bloco de notas tinha caído de sua bolsa. Quando Michael ia se agachar para pegá-lo, alguém já havia pego.

— Obrigado. — falou o moreno.

— Não há de quê. — disse o estranho.

Era um homem de estatura média, tinha cabelos loiros e uma curta barba. O que mais chamou a atenção de Michael foram os olhos castanhos, que transmitiam uma certa paz. Michael o conhecia.

— Espere. . . Micha-

— Henry, eu prometo que irei falar com você, mas. . . Outra hora. Tenho coisas muito importantes à fazer. — ele olhou em direção à Michelle.

— Estou vendo.

— Aqui — ele escreveu um número de telefone numa das páginas do bloco de notas. — , é meu número. Pode me ligar depois.

— Eu irei. Boa sorte com a sua namorada, Mike. — ele deu um sorriso gentil e deu as costas, indo embora.

— Vamos? — perguntou Michelle, voltando com o carrinho cheia de guloseimas.

— Sim. . . Mas vamos comer isso tudo?

— Claro que sim! Agora vamos logo, estou com fome.

Enquanto Michelle, animada, estava no caixa embalando as compras, Michael permanecia pensativo. Encontrou sombras de seu passado. O homem de roxo, Henry Emily. . . Cada vez mais, seu passado parecia querer sair das sombras de sua mente e arrastá-lo para longe da luz, para longe de Michelle.