1.8

23 4 0
                                    

||||||||||||||||||||||||||||||||||||

Capítulo 18
TRAUMA

Em algumas horas, Michael estava na delegacia, o corpo de Michelle foi levado ao necrotério e Amy estava sentada num canto, quieta e com aquele mesmo olhar sem vida que estava quando foi encontrada.

- A única testemunha foi a menina?
- perguntou o policial à Michael.

- Sim.

- Quantos anos ela tem?

- Fez cinco hoje.

- Senhor Schmidt, sabemos que ela é apenas uma criança, mas vamos ter que interrogá-la.

- Façam o que achar melhor, mas por favor, não deixem ela mais assustada do que já está.

- Confie em nós, tudo dará certo.

[ . . . ]

Um policial levou Amy até uma sala, lá, estava uma mulher de cabelos negros, que tinha por volta dos quarenta anos. Ela a esperava, seria aquela mulher que interrogaria a criança.

- Olá, você deve ser a Amy. Sou a Agatha.

A menina não respondeu.

- Venha, pode se sentar. - ela apontou para una cadeira. - Sinta-se a vontade, não precisa ficar com medo.

Elas se sentaram, una de frente para outra. Amy mantinha a cabeça baixa.

- Então, gostaria de conversar sobre como se sente? Sei que tem muita coisa acontecendo, mas o melhor a se fazer é conversar com alguém.

- Eu não devia ter seguido ele. . .

— Como?


- Eu. . .Eu segui o moço. Ele disse que tinha sorvetes, e que eu poderia pegar quantos eu quisesse. - a menina se encolheu na cadeira. - Ele me enganou, não tinham sorvetes. Apenas eu e ele. E ele pegou uma faca, eu não sei o por quê, mas ele queria me machucar.

Então, mamãe apareceu, ela tinha uma arma. Eles começaram a brigar. O moço bateu na mamãe, ele machucou ela, várias vezes. Então, sangue, por todo o lado. A mamãe olhou para mim, cheia de sangue, e morreu. É estranho ver alguém morrer, parece que está caindo no sono. . . O moço olhou para mim, ele sorria, também estava sujo de sangue. Ele pegou a faca e a limpou na manga da minha camisa. Disse que iria vir me buscar. . .E foi embora.

- Você se lembra de como ele era?

- Não. - a menina disse, tremendo.
- William Afton. . .

- Como?

- O nome dele, mamãe chamou ele assim . . . Ele vai vir atrás de mim, estou com medo, ele vai vir me matar!

- Não, querida, você está segura.

- Ele vai vir, ele vai vir! Eu não quero morrer, eu não quero morrer, eu não quero morrer! — ela começou a chorar e escondeu o rosto com suas mãos.

— Amy, querida, não precisa ter medo. Está tudo bem, ninguém vai te machucar.
— disse Agatha, que se levantou e abraçou a menina. — Relaxe, respire fundo e depois solte o ar.

Amy fez o que a mulher pediu e secou as lágrimas. Conseguiu ficar um pouco mais calma.

— Você gosta de desenhar?
— a menina concordou com a cabeça.
— Então pode fazer um desenho bem bonito para mim?

— Posso. . .

—Eu já volto, quando eu voltar, quero ver o que desenhou.

A mulher saiu da sala e deu de cara com Henry,Michael e um policial, os três em busca de respostas. Agatha os levou para longe da sala onde Amy estava e começou a falar com os dois homens.

— Ela está traumatizada com tudo o que viu. Disse que foi atraída para a mata por um homem, e disse que ele se chamava William Afton.

— Então, devemos procurar por esse homem. Vamos iniciar buscas, e iremos interrogá-lo, pois é nosso maior suspeito.
— disse o policial.

— Eu. . .Posso ver a Amy?
— perguntou Michael.

— Sim, ela precisa de muito apoio agora.

Michael foi até a sala onde sua filha estava, abriu a porta, e a encontrou desenhando. Ela tinha os olhos vermelhos, esteve chorando. Ele se aproximou, ela parou de desenhar.

— Oi, pequena.

— Oi.

— O que está desenhando?

— O céu.

— Está lindo.

— Obrigada. — ela continuou a pintar, sem se importar com a presença se seu pai ao seu lado.

— Está com fome ou com sede?

— Não.

— Está com sono?

— Não.

— Quer alguma coisa?

— Sim.

— O que?

— Ficar sozinha.

Michael sentiu como se tivesse recebido uma facada em seu coração. Ele se afastou, ainda sem jeito, e caminhou até a porta da sala. Virou-se para dar uma última olhada na menina, ela nem se importava com ele ali. O que aconteceu com ela? Por que está tão fria? Por que essa mudança? Ela, que era sempre sorridente, estava séria, triste. Realmente, ela estava mudada, tudo o que viu a fez ficar assim.

— Se precisar de mim, eu estarei por perto.

— Tá.

E aquele era apenas o início de uma mudança drástica na vida de Michael e Amy.

''  THIS I LOVE  '' - Michael Afton X OCOnde histórias criam vida. Descubra agora